terça-feira, 28 de julho de 2009

Prêmio "COMPROMETIDOS 2009"


Em homenagem às pessoas COMUNS do Brasil e da América Latina sofrida e corrompida pelo bolivarianismo, gostaria de compartilhar o selo "COMPROMETIDOS" recebido através do FUSCA BRASIL . É um selo que muito nos honra. Este é um selo concedido àqueles que lutam pela democracia no mundo. Os indicados, por sua vez, indicam outros blogs (recomendo aos amigos darem uma lida neles):

http://sustentabilidadeurbana.blogspot.com/
http://apatotadopitaco.blogspot.com/
http://estradadobem.blogspot.com/
http://fuscabrasil.blogspot.com/
http://ra-bugio.blogspot.com/
http://carlosrobertomeioambiente.blogspot.com/
http://movimentoordemvigilia.blogspot.com/
http://mundodobem.blogspot.com/
http://pensareco.blogspot.com/
http://por1brasilmelhor.blogspot.com/
http://salveolitoralnorte.blogspot.com/
http://socito-sociedadecivil.blogspot.com/
http://ecocidades.blogspot.com
http://pindamonhangabapedesocorro.blogspot.com/
http://ecoeantigos.blogspot.com/

sábado, 25 de julho de 2009

O lixo inglês "importado" para o Brasil

Falou-se muito nestas últimas semanas sobre a imensa carga de lixo "importado" da Inglaterra que chegou aos portos brasileiros de Santos (SP) e Rio Grande (RS). Não vou me ater aos detalhes do ocorrido, que todos aqui devem ter lido exaustivamente nos jornais e também visto na televisão. O que eu gostaria de debater aqui é a falta de foco de todas estas reportagens e da visão que a população em geral tem. Ouviu-se manifestações calorosas, como "lixo imperialista" ou "é assim que os países desenvolvidos tratam o terceiro mundo", etc.

Bem, talvez nem a mais ampla investigação da Scotland Yard chegue aos culpados ou desvende os reais motivos desta estranhíssima importação. O fato é que todos nós (e a imprensa incluída) devem parar de taxar o lixo como meramente lixo, ou coisas imprestáveis, que não sirvam a nada mais. E também parar de culpar os países desenvolvidos por todos os males que atingem este mudno. Não que eles não tenham culpa. Têm e muito! Mas o Brasil produz muito, mas muito lixo. E em sua maioria estas montanhas de lixo não são dispostas adequadamente. Aliás, nem deveriam ser dispostas da forma como estão. Isso ocorre tanto por descaso de nossas autoridades quanto por falta de consciência da população; que não separa nem limpa o lixo que pode ser reaproveitado, não exige das autoridades soluções e, em muitas vezes, essa população joga lixo dentro de rios e matas! Depois, quando as enchentes de verão chegam, essa mesma população vem reclamar dos "governantes", que esqueceram deles! Claro, eles esquecem, mas se cada um não colaborar, as tragédias continuarão a acontecer.

Vivemos um sistema extremamente irracional em relação ao lixo. O homem simplesmente estoca toneladas destes materiais em locais inadequados, ficando ali para servir apenas a... poluir mais e mais o meio-ambiente! E acreditem, esse sistema perverso com certeza enriquece muita gente, e muitas empresas (por que será que as coletoras de lixo ganham por tonelada das prefeituras? com isso vai haver um interesse, por parte delas, em reduzir este lixo? fica a pergunta no ar..).

O lixo é a matéria-prima que mais aumenta no planeta (cerca de 10% ao ano, segundo algumas estimativas). Todas as outras matérias primas estão se exaurindo rapidamente da superfície terrestre. É fácil reparar na qualidade de certas embalagens de alimentos ou quaisquer outros produtos que compramos em supermercados. Sejam plásticas, metálicas ou de papel, nota-se serem extremamente resistentes, pergunta-se por que elas precisam servir apenas àquele momento efêmero entre a compra e o consumo do que está dentro dela? Quantas outras utilidades ela poderia ter, seja utilizando-a em sua integridade para outro fim ou mesmo triturando-a e processando-a quimicamente para formar outro produto?

Em primeiro lugar, ao fazermos uma compra, temos que pensar se todas estas embalagens que envolvem o produto que optamos são necessárias. Algumas estão lá por mero marketing. E nós pagamos por isso! E pagamos para que isto seja descartado em poucas horas? E depois esta embalagem fique lá, no depósito, junto com milhões de outras, demorando séculos para se degradar? É uma perda incomensurável de espaço e até de tempo!

Em diversas grandes cidades (e em algumas pequenas e médias também) os aterros sanitários estão além do limite. A cidade de Curitiba, por exemplo, já deu prazo para encerrar o aterro da Caximba. E não encontra novas áreas na região metropolitana para destinar o lixo de 4 milhões de habitantes. Nem deveria procurar! A solução única é a reciclagem, o reaproveitamento de todo o lixo possível. O orgânico serve para adubação e geração de energia. O não-orgânico possui múltiplas utilizações através da reciclagem.

Um grande exemplo de solução amplamente viável, que eu sugiro aos leitores deste blog conhecerem, foi proposto pelos arquitetos Márcia Macul e Sérgio Prado, de São Paulo, através do projeto de lei "Programa Lixo Zero, Arquitetura Sustentável, Energia Renovável". É um programa bastante abrangente, que desenvolveu excelentes materiais para construção a partir do lixo. É algo totalmente exeqüível, que deveria entrar em produção agora, pois além de baratear custos habitacionais, dá uma destinação ao lixo gerado pelas cidades, diminuindo, ainda, as emissões de gás carbônico e despoluindo a terra, os mananciais, etc - que se livrarão de toneladas de detritos. O site onde vocês encontram este projeto é o :
http://www.curadoresdaterra.com.br/projetos-de-lei.html

Precisamos ajudar a divulgar idéias como estas e fomentá-las para que se tornem realidade!

Voltando ao "lixo inglês", se já tivéssemos um amplo sistema de processamento de lixo, como proposto acima, receberíamos de braços abertos o lixo de qualquer lugar do mundo, transformando-o em renda para milhões de pessoas! Agora realmente, se isto estiver sendo trazido ao Brasil para ser simplesmente armazenado aqui... não há realmente motivo para aceitá-lo.

Poderíamos, com um programa como este, dar exemplo ao mundo. Exportarmos, além dos produtos, as tecnologias do lixo! Uma imensa oportunidade de crescimento econômico está aí, parada nas periferias das cidades. Isto aliado à limpeza do meio-ambiente, é o melhor dos mundos. Geração de renda e redução da poluição. É nesta direção que o mundo precisa caminhar. E já estamos atrasadíssimos. O lixo é de todos nós. O planeta é um só!

domingo, 12 de julho de 2009

Não são as licenças ambientais que travam os investimentos

Gostaria de mencionar aqui esta reportagem que saiu no caderno de Economia do Estadão de domingo passado (05/07/09), intitulada "Máquina federal trava investimentos", a qual menciona estudo do economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Tal estudo constata que as restrições ambientais são um dos fatores que menos pesam no fato dos investimentos do famoso "pac" da Ministra Dilma não decolarem!

Ou seja, todo este discurso do lulla, culpando "bagres" e "pererecas" para que as obras do (des)governo não andem é balela. Discurso este endossado por algumas emissoras de TV e pela bancada ruralista no congresso, bem como pelos falsos desenvolvimentistas de plantão.

A questão é meramente administrativa. Grande parte das obras do tal "pac" não passam de placas anunciando as mesmas, além de caríssimos comerciais em TVs, jornais, etc.

Claro que algumas obras absurdas em meio à Amazônia, como duplicações/pavimentações de rodovias, como a BR 319 e a BR 163, não deveriam nem ser cogitadas, devido à ameaça às últimas áreas preservadas da maior floresta tropical do mundo (investimentos em transportes ferroviário e aquaviário - bem menos impactantes em suas margens - sequer são cogitados e está comprovado que rodovias em meio à Amazônia são sentenças de morte à floresta). Mas creio isto ser assunto para outro tópico.

Mas fica aí o alerta desta reportagem, que "botar a culpa de tudo no meio-ambiente" é um grande erro. Só serve para desmoralizar o trabalho sério de algumas instituições ambientalistas, que nada fazem além de alertar-nos que chegamos ao limite e precisamos repensar o modo de nos "desenvolvermos".

P.S.:caso alguém não tenha conseguido clicar no link acima, copie e cole conforme abaixo, para ler a notícia:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090705/not_imp397949,0.php

Caros amigos,
Para continuar a ler este e outros textos, gostaria que vocês conhecessem este livro.
Ele possui todos os TEXTOS deste blog REVISADOS E AMPLIADOS , bem como TEXTOS INÉDITOS também!
O livro "REFLEXÕES ECOLÓGICAS EM UM MUNDO INSUSTENTÁVEL" vocês podem adquirir clicando na imagem acima, no site CLUBE DE LEITORES.

Os leitores que quiserem guardar este conteúdo em sua biblioteca ou mesmo dá-lo de presente a amigos, eu ficarei bastante honrado!

A luta do BLOG TREES FOREVER por um mundo mais sustentável e por governos mais sérios e atuantes na área ambiental vocês já conhecem. Esta luta é de todos nós e eu agradeço muito por estes quase dois anos de convivência aqui neste ambiente virtual!

Se possível, por favor ajudem-nos a divulgar este livro, enviando o site abaixo a seus amigos, conhecidos, colegas de trabalho, familiares, etc.:

http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS

Um forte abraço a todos e muito obrigado!!

Gabriel Bertran

Elétricas contra a arborização urbana




Não é de hoje que as árvores e os fios elétricos não vêm convivendo bem em nossas cidades, na maioria das vezes por ignorância e intolerância por parte de população e autoridades. Agora, achei o cúmulo o fato abordado por reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo no último dia 24 de junho, intitulada "Companhias elétricas barram arborização de cidades em SP". Absurdo dos absurdos, estas companhias estão impedindo um amplo programa de arborização urbana (tão raro no Brasil que só destrói) da Secretaria do Meio-Ambiente do Estado de SP! Elas alegam que as árvores ameaçam os fios de transmissão de energia. Detalhe que estas árvores, das quais nossas cidades tanto necessitam, sequer foram plantadas ainda!

Ridiculamente, o que as companhias elétricas propõe é o plantio de - pasmem - ARBUSTOS! O que elas não mencionam é que tais arbustos em nada contribuem para nossas cidades, pois não atraem pássaros, não melhoram o microclima, não fertilizam a terra e nem mesmo fornecem sombras aos transeuntes! Ainda por cima, tais espécimes vegetais de pequeno porte ainda atrapalham os pedestres, que podem acidentalmente tropeçar nas mesmas.

Por outro lado, as companhias elétricas também não mencionam que existem tecnologias que permitem a convivência pacífica entre árvores de grande porte e a fiação elétrica. É possível a compactação de fios e até o enterramento da rede em alguns casos, que além de tudo tornam as cidades bem mais bonitas, como ocorre em diversos países desenvolvidos, onde as ruas pertencem às árvores, e não aos horrendos fios de luz!

Só que estas companhias parecem não querer investir. Além de cobrarem valores absurdos nas contas de luz e depredarem o patrimônio ambiental das cidades, não querem devolver estes valores em forma de qualidade de vida, qualidade ambiental às populações por elas servidas!


Nós, cidadãos, não podemos deixar que isso aconteça. Eu digo e repito: existem técnicas para que os fios não atrapalhem o crescimento das árvores e vice-versa. Bem como existem espécies vegetais adequadas às nossas ruas. E foi a isto que a Secretaria de Meio-Ambiente se propôs, plantar de acordo com tais normas, de forma a melhorar a qualidade ambiental das ruas das cidades paulistas. É um programa que deveria aplicar-se a todo o país.

Além do mais, nossas companhias elétricas utilizam métodos de eletrificação antiquados, do final do século XIX, começo do século XX. É um excesso de fios nas ruas que, além de tudo, causam grande poluição visual e arquitetônica. Agora parece que existem mais "sociedades protetoras dos fios" do que protetoras das árvores, que tanto nos beneficiam quanto embelezam a paisagem!

Não podemos aceitar mais tais desculpas (por demais esfarrapadas!) para que nossas árvores sejam cada vez mais depredadas. Já basta a população, que, em grande parte, infelizmente não têm consciência frequentemente depredam, por conta própria, as pobres árvores que restam nas ruas, além de nem mesmo plantá-las quando têm espaço em seus imóveis ou calçadas. Fora que, quando as prefeituras plantam novas mudas nas calçadas, a maior parte delas são vandalizadas antes de atingirem um ano, ou seja, nem têm chance de crescer... É triste isso. Deveria haver mais educação ambiental. Mas se nem as empresas prestadoras de serviços contribuem...