quinta-feira, 20 de março de 2008

IDÉIAS 2 : NOVOS TIPOS DE MADEIRA ECOLÓGICA

Continuando a divulgação de idéias que preservem o meio-ambiente, nesta semana duas notícias chamaram a atenção, mostrando que soluções não faltam para preservar (e poupar) as árvores nativas. O que falta é mudança de mentalidade do consumidor e apoio por parte de investidores e governos.

Na Quarta-feira, 19 março de 2008, na coluna semanal do ambientalista Marcos Sá Corrêa (editor do site O Eco - www.oeco.com.br) no Estadão, intitulada "A maçaranduba é um problema ambiental" (título curioso) ele comenta a dificuldade que o industrial Geraldo Pilz, do Rio de Janeiro, está tendo para "emplacar" seu produto e também para conseguir matéria-prima para fabricá-lo. Trata-se de uma madeira plástica feita a partir de restos de garrafas descartáveis, sacos plásticos e outros suvenires recicláveis. Tais produtos parecem abundantes pelo Brasil afora, dada a falta de consciência de grande parte dos cidadãos, que os descartam em vias públicas, cursos d´água ou mesmo em lixões saturados. Pois bem, por incrível que pareça o empresário encontra dificuldades para comprar estes "insumos" em quantidades industriais, apesar de ter feito convênios com prefeituras, parques, etc.! Fora esta falta de matéria-prima, Pilz não consegue emplacar grandes vendas do produto devido à cultura arraigada na população brasileira, de só querer comprar "madeira maciça". Pois bem,
a "madeira plástica" além de ter aspecto bastante semelhante à natural, não apodrece, podendo ser enterrada, deixada ao relento e é fácil de ser cortada, pregada, etc. Ideal para bancos de praças e até barcos. Agora, está difícil concorrer com a maçaranduba e outras madeiras nativas. Enquanto for mais "fácil e barato" desmatar a Amazônia e a mentalidade do consumidor não mudar, não conseguiremos introduzir novas tecnologias que poupam as florestas nativas. É uma mentalidade que vêm do século XVI, quando os descobridores encontraram "matas infinitas" aqui por estas bandas. Será que ninguém percebe que estas matas estão perto do fim, no ritmo que estamos destruindo-as? Fica o alerta..

Outra grande idéia, dentro da mesma filosofia, saiu no caderno Agrícola, do mesmo jornal O Estado de São Paulo. Um casal de empresários da região de Curitiba (PR) desenvolveu uma placa de madeira feita com a 'grimpa' da araucária (ramos secos que caem das árvores e em geral degradam-se no meio-ambiente ou são queimados por proprietários de terras). A grimpa cai naturalmente do pé e não há necessidade de cortar a árvore. Moreira cita que, entre as vantagens do produto, está o menor gasto de energia para secar, triturar e transportar. Enquanto o processo de transformação do pinus (Pinus elliotis) leva 30 dias, a Produção de Madeira de Grimpa do Pinheiro (PMGP) está pronta em uma semana, pois a umidade é de só 11%. A economia de energia no processo é de 50%. Na compactação do material triturado usa-se também menos resina. Testes certificaram que o produto suportou peso de até 10 mil quilos. Os inventores ainda não definiram qual a linha de trabalho, mas estudam produtos que possam servir para decks de piscina, esquadrias, pisos e paredes. É um produto fantástico, pois além de seu amplo uso, incentivará, após colocado em larga produção, o plantio e a preservação da araucaria angustifolia, árvore ameaçada de extinção devido à ampla exploração de sua madeira durante todo o século XX. Justamente por exigir que as árvores permaneçam "em pé", é um produto ambientalmente sustentável, agregando valor à floresta viva e, com isso, seqüestrando carbono da atmosfera. Desdejo longa vida a esta iniciativa e tomo a liberdade de publicar aqui o email de contato dos inventores da PMGP, o casal Silvio Sepkca Moreira e Marli Bosquet : marli.bosquet@yahoo.com.br

Conseguindo o email também do outro empresário (Geraldo Pilz) colocarei-o aqui!
OBS.: LINK PARA A REPORTAGEM SOBRE A MADEIRA DE PLÁSTICO RECICLADO:
http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=77&textCode=26645

domingo, 16 de março de 2008

SEM-TERRA: GRANDES DESMATADORES

É notória a preferência do governo atual pelos "movimentos sociais", os quais são incentivados e financiados com nossos recursos. Isso se deve à sinergia de pensamentos, que vem de longa data, do PT e seus comparsas com todos os tipos de "revolucionários", como FARC, MST, PCC e outras instituições voltadas à depredação da propriedade privada, à lavagem cerebral das grandes massas de manobra e a práticas ilícitas, tais como seqüestro e expropriação de bens e pessoas.

Dentre estes pseudo-movimentos "sociais", destaca-se o MST e seus assemelhados. A luta dos mesmos não é pela terra, e sim por um projeto político de longo prazo, aos moldes do que está sendo aplicado por Hugo Chávez na Venezuela, o qual visa a extinção da propriedade privada e das liberdades civis e de imprensa. O governo do PT simplesmente tolera do MST, não aplicando medidas legais cabíveis (até porque o MST não existe como figura jurídica), fazendo "vista grossa" aos absurdos que cometem Brasil afora.

Um destes absurdos do MST é a invasão da Floresta Amazônica, que se dá há décadas, até por deficiências na aplicação da "reforma agrária", que desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, se faz erroneamente em meio a áreas florestais, por serem monetariamente mais "baratas" que outras (embora o MST também invada muitas fazendas ditas "produtivas"). Porém o barato para a farsa da "reforma" custa muito caro ao meio-ambiente : é preciso mudar o conceito de "terra produtiva". Na visão tanto de ruralistas quanto de sem-terra, áreas com matas nativas são "improdutivas", fazendo com que os ocupantes das mesmas (que na maior parte das vezes não são donos, em se tratando de Amazônia) ponham fogo e desmatem as mesmas o mais rápido possível. Aí inicia-se uma tragédia que já corrói 15% da Amazônia : a ocupação das mesmas pelos sem-terra.

Baseado nisso, coloca-se os sem-terra na vala comum do agronegócio, que eles tanto combatem : ambos desmatam, e muito, nossas florestas. Os sem-terra largados nos confins da hiléia amazônica fazem acordo com madeireiros "sem tora", os quais, com isso, não têm os custos da terra nem o ônus de suas regularização : simplesmente retiram o que querem de madeira dos assentamentos e vendem tudo ilegalmente. Os sem-terra recebem por isso e ficam com a terra arrasada para logo abandoná-la, porque quase nada pode ser plantado lá, iniciando novas invasões e o ciclo vicioso que acaba com a maior diversidade do planeta.

Agora o cinismo desses pseudo "movimentos sociais" é dizerem que praticam agricultura ambientalmente sustentável e preservam o meio-ambiente, em sua luta contra o agronegócio. É uma incoerência total : eles mesmos combatem o plantio de eucaliptos para produção de celulose no Sul e Sudeste do Brasil (plantio este que poupa milhares de árvores nativas) e ao mesmo tempo, os mesmos movimentos destróem a Amazônia! Eles destróem laboratórios de pesquisa, que trazem inovações na produção de madeira que auxiliam na preservação, mas eles mesmos não produzem nenhum conhecimento na área agrícola. Seus membros nem agricultores são, muito menos são pessoas necessitadas, pois vê-se carros novos estacionados em invasões, de moradores de áreas urbanas que servem como massa de manobra e estão lá para tentarem "conseguir uma terrinha", a qual vendem imediatamente, pois não têm o mínimo interesse e conhecimento para plantar.

Então, ao mesmo tempo que o agronegócio da soja e do gado destrói a Amazônia, pois nunca deveria ter chegado lá, os sem-terra praticam o mesmo tipo de crime. Por isso são dois lados de uma mesma moeda. Moeda esta que faz o Brasil e o mundo perderem cada dia mais.

Onde vamos parar com tudo isso?? Estamos sendo roubados por todos os lados!

sábado, 8 de março de 2008

VELHO NOVO PLANO PARA A AMAZÔNIA

Nas últimas duas semanas, após a divulgação dos já tão comentados números sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, o (des)governo federal lançou um novo plano de ações para conter o câncer, que o lulla fez questão de dizer que é apenas "uma feridinha".

Chamaram a TV para mostrar a polícia federal junto com a "força naciona" (até hoje não sei o que é isso) em ação, junto com o Ibama, contra as madeireiras em Tailândia (PA). Viu-se a população incitada pelos bandidos madeireiros para atacar as autoridades, o que demonstra que a tarefa não será fácil, mas convenhamos, ao menos algum esforço foi feito. A pressão da sociedade, da imprensa e da comunidade internacional fez o (des)governo "acordar" para o que estava ocorrendo. Junto com o fechamento das madeireiras vieram ações para coibir crédito para fazendeiros da região e também para recadastramento fundiário, medidas fundamentais, que deveriam ter sido feitas há tempos.

Como já dito, são medidas fundamentais. Mas já esbarram em dois empecilhos: grande parte das terras da região amazônica são públicas, o que faz com que o tal "recadastramento" seja nulo em muitas áreas, pois as mesmas são desmatadas e abandonadas pelos bandidos responsáveis. Outro ponto é que o tal recadastramento não recairá sobre os "cumpanheiros" sem-terra, os mesmos responsáveis por 15% do desmatamento na Amazônia (http://opiniaoenoticia.com.br/interna.php?id=11049). Mas não adianta, os mesmos são "protegidos" pelo (des)governo do PT e em nada serão punidos.

Devemos, de qualquer forma, por mais que sejamos contra o governo atual, apoiar ações como estas, pois por menores que sejam, são mais que necessárias e vêm atrasadas. Mas temos que, ao mesmo tempo, vigiar para que haja continuidade, para que não seja mais um "espetáculo de crescimento da propaganda", como todas as ações já mostradas por lulla e seus comparsas: é muito alarde para poucas realizações. Um exemplo bem claro é o "PAC", o qual não saiu da propaganda. Tivemos também a farsa do "Fome Zero" e assim vai, a lista não caberia aqui.

É bom lembrar que, quatro anos atrás, a Amazônia foi alvo de um outro plano de ações semelhante a este atual, anunciado com muito alarde. De acordo com um levantamento da ONG Greenpeace, divulgado nesta quinta-feira (06 de março de 2008), menos de um terço (10) das 32 ações estratégicas previstas em 2004, quando o plano foi lançado, foi implementado até julho de 2006 - entre elas, apenas três dentro do cronograma. Onze foram parcialmente executadas e 11 nem saíram do papel. Eram novos parques, programas de fomento às atividades sustentáveis, zoneamento econômico-ecológico, plano de gestão da BR-163, etc. que não foram cumpridas, conforme reportagem na seção Vida &, do jornal O Estado de São Paulo de ontem (07/03/08).

Como eu já mencionei, ótimas idéias. Mas precisam ser implementadas. Este é o temor em torno das medidas atuais... Não seria bom, também, revisarem as medidas de quatro anos atrás?

Citando uma outra propaganda do (des)governo na TV: NÓS ESTAMOS DE OLHO!

sábado, 1 de março de 2008

SOLUÇÕES 1: Plantio de árvores em Itu pode entrar no "Guinness Book"

Ao invés de ficarmos apenas reclamando da destruição da natureza que não pára em nosso país
, vamos utilizar também este espaço para comentarmos soluções viáveis para a preservação e recuperação do meio-ambiente, pois afinal se os órgãos públicos raramente fazem sua parte, a população precisa tomar as rédeas e conscientizar-se de que precisa fazer alguma coisa!

Selecionei esta notícia, que saiu na imprensa nesta semana, por ser um exemplo relevante, ocorrido na cidade de Itu (SP), do que pode ser feito pelas comunidades, em pequena escala, mas podendo ampliar-se por toda parte. Leiam a notícia abaixo, da Folha On Line, e voltaremos a comentá-la:

28/02/2008 - 17h40

Plantio de árvores em Itu pode entrar no "Guinness Book"

MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Itu

Milhares de pessoas fizeram um mutirão na quarta-feira (dia 27/02) para plantar, em 45 minutos, 30.550 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica em duas áreas predeterminadas em Itu (103 km de SP), em um total de 11 hectares (cerca de 11 campos de futebol).

Com a ação, a prefeitura anunciou ter quebrado o recorde mundial de plantio de mudas de árvores no período --o objetivo era plantar 25 mil mudas em uma hora.

O pedido de oficialização do recorde será encaminhado à sede do "Guinness Book" ("Livro dos Recordes"), na Inglaterra.

Itu quer superar Huntly, na Escócia, que plantou 18.124 árvores em 40 minutos. Cerca de 10 mil voluntários participaram, segundo estimativa da prefeitura --eram esperados 5.000. "


Estão de parabéns os habitantes de Itu, bem como as organizações que promoveram este grande evento! Precisamos espalhar por todos os municípios do País iniciativas como esta. Temos tantas áreas livres que podem ser reflorestadas, diversas cidades que ocupam áreas outrora pertencentes à mata-atlântica hoje em dia apresentam aspectos tão áridos, que parecem situar-se no Oriente Médio, em pleno deserto, dada a falta de consciência da população brasileira! É um grande desperdício de espaço, tantas residências que possuem quintais, jardins e até calçadas espaçosas, onde não se planta nenhuma árvore, pelo contrário, elas são sumariamente destruídas muitas vezes.. Isso é triste, no país com maior biodiversidade do planeta as pessoas deveriam valorizar mais nossa flora nativa e, efetivamente, plantá-la! As árvores trazem muitas vantagens às cidades, embelezando-as com folhas e flores, trazendo pássaros, dando conforto ambiental aos moradores e pedestres com suas sombras, melhorando o clima em geral, protegendo as casas contra os ventos, etc.

Isso sem contar os parques, cada vez mais necessários como "ilhas" em meio ao concreto. Então por quê ao invés da cidade apenas possuir parques, os parques não poderiam "possuir as cidades"? Ou seja, a natureza precisa estar presente por toda parte, formando corredores ecológicos que se integram. Assim os parques ficam conectados uns aos outros por uma rede de "bairros-jardim", solução aliás que traz grande qualidade de vida às cidades americanas e inglesas, por exemplo. Mora-se na cidade como se estivesse no campo! Tudo bem, não podemos esquecer do grande nível de poluição que os "países desenvolvidos" trazem ao planeta. Mas ao menos tecnologia para isso ser revertido existe, e as árvores dão grande contribuição. Portanto temos sim que adotar soluções ambientalmente corretas que deram certo lá fora, e o passo inicial para isso é mudando nossa consciência!

O exemplo de Itu é um ótimo começo. Vamos levá-lo adiante em nossas cidades também, e competirmos por quem planta mais árvores! Esta é uma competição em que todos ganham!