sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Município símbolo de desmatamento agora preserva

Em meio a esta profusão de más notícias que assola nosso país, onde ruralistas lutam para aprovar leis que os permitam desmatar ainda mais do que já o fizeram (quando precisaríamos de mais preservação); ao mesmo tempo que tempestades fora do comum assolam a área mais desmatada do sul do Brasil e ninguém associa uma coisa a outra (isso para ficar só no plano ambiental, que é tema deste blog - nem comentarei helicópteros derrubados enquanto a vida dos traficantes é facilitada pelas leis, etc.) eis que encontrei no site O ECO um fato interessante, que gostaria de compartilhar com vocês: o município de Paragominas, no Pará, que já foi símbolo do desmatamento em décadas passadas, hoje é um dos que menos desmata, devido as ações da prefeitura!

Os detalhes sobre estas ações estão na entrevista abaixo. O que é importante deixar registrado é que é possível conciliar desenvolvimento sem desmatar a Amazônia. Esta economia de ganhos fáceis, mas extremamente predatória, que só deixa terra arrasada e pobreza, precisa acabar. Gostaria de parabenizar o prefeito Adnan Demachki (PSDB) por conseguir conciliar as causas ambientais com o desenvolvimento social, em meio a um território altamente dominado por madeireiros, grileiros de terra, pecuaristas ilegais, etc.

Vamos à entrevista, retirada do site O ECO:


Mudança na fronteira PDF Imprimir E-mail
Andreia Fanzeres
29/10/2009, 14:50
Paragominas, município paraense quase do tamanho de Sergipe que desde a abertura da estrada Belém-Brasília, nos anos 70, virou sinônimo de desmatamento desenfreado na Amazônia, respirou mais uma vez aliviada. No dia 23 de outubro saíram os números do desflorestamento auferidos pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente na Amazônia (Imazon) referentes a agosto de 2009. Dos 1.100.000 hectares que restaram florestados houve desmatamento em apenas 72 hectares em pleno auge da seca. Especificamente em cinco pontos. No comando do município desde 2005, o prefeito Adnan Demachki (PSDB) comemora quase dois anos do pacto ambiental que firmou com empresários e associações de classe no município de 100 mil habitantes para frear o desmatamento, e sabe que seu sucesso não estaria se confirmando agora sem parcerias estratégicas com o Imazon e a TNC (The Nature Conservancy), que colaboram com dados, capacitação e assistência.

Por isso, Demachki virou vitrine, e concilia a agenda na prefeitura com os diversos pedidos de palestras em tudo quanto é evento ambiental no Pará. “Já temos 45% de nossa área desmatada. A conversa da época em que o governo federal estimulava o desmate é coisa do passado. Estamos em outro momento”, diz.

Segundo o prefeito, Pargominas tem hoje 70 mil hectares protegidos por parte da Terra Indígena Alto Rio/Guamá, 80 mil hectares de florestas certificadas pelo FSC Brasil (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal), além de mais 200 mil hectares de planos de manejo em vigor. O resto são áreas de reserva legal. Ainda está longe de viver um mar de rosas no quesito ambiental, mas o prefeito pontua, nesta entrevista a O Eco, que é preciso mais do que boa vontade para ver os primeiros resultados concretos de compromissos ambientais que, na boca da maioria dos políticos, são tratados como promessas abstratas.

O Eco: O senhor firmou o pacto ambiental no município em fevereiro de 2008 e em outubro foi reeleito. A bandeira ambiental, que costuma atrapalhar os gestores do arco do desmatamento, desta vez ajudou?

AD: Quando o prefeito se mexe para evitar desmatamento, demonstra preocupação ambiental, geralmente não tem sucesso político. Não quer que isso cause desgaste eleitoral. Em outubro de 2008 tivemos eleições. E eu comecei a monitorar o desmatamento desde fevereiro. Era para eu não ter sido reeleito. Eu tive a maior votação do Pará, com 82% dos votos do município. O segredo foi não empurrar a questão ambiental goela abaixo.

O Eco: Como?

AD: Começamos a conversar, a mostrar que essa história de produzir em área recém desmatada não tem futuro, o mercado quer produto de origem responsável, ninguém vai comprar boi nem madeira de desmatamento. Vamos sair desta confusão. Vamos fazer uma ilha em Paragominas, e conversando conseguimos convencer a sociedade. O projeto não é meu, é de todos. Há anos estamos criando certa consciência ambiental. Quando eu assumi, uma das primeiras ações foi criar uma secretaria municipal de meio ambiente, que aqui existia, mas era junto da pasta de saúde. Agora temos 30 mil crianças nas escolas tendo aulas de educação ambiental. Chamei a sociedade civil, os 10 vereadores, 51 entidades representativas, entre maçonaria, comerciantes, sindicato de trabalhadores, etc. e fizemos um pacto. Isso aconteceu no dia 28 de fevereiro de 2008.

O Eco: Qual é a estrutura da secretaria de meio ambiente de Paragominas?

AD: Temos dois engenheiros ambientais, uma advogada, um engenheiro agrônomo e três ou quatro fiscais. Isso não é suficiente para o município de 100 mil habitantes, mas são os recursos dos quais a prefeitura dispõe. Temos ainda um veículo, e estou pedindo através de um projeto ao Fundo Amazônia para que nossa estrutura melhore. O treinamento dos funcionários foi feito com ajuda do Imazon. Além disso, temos conselho municipal de meio ambiente. Estamos com vários projetos de replantio na zona urbana e na zona rural. Uma meta de 100 milhões de árvores plantadas, e já conseguimos 50 milhões. Nove prefeituras vizinhas vieram conhecer nossa experiência – Município verde – e me parece que o Imazon está preparando algo semelhante para esses municípios. Desde abril deste ano a TNC está nos ajudando com o diagnóstico das propriedades rurais, para conhecermos o passivo ambiental de cada uma. E também queremos ter todas as pessoas incluídas no nosso Cadastro Ambiental Rural (CAR), que começou a funcionar há apenas três meses no estado.

O Eco: Como essa parceria é operada mês a mês?

AD: Todo mês o Imazon manda o relatório Transparência Florestal, exclusivamente para Paragominas. Manda foto de satélite, informando se houve desmatamento, o tamanho e a coordenada. Eu chamo meus técnicos, eles vão a campo validar ou não o desmatamento. Se o desmatamento de fato ocorreu, chamamos o responsável, o sindicato rural ou madeireiro na prefeitura e depois encaminhamos a denúncia ao Ibama ou à Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente).

O Eco: E isso é suficiente para frear o desmatamento?

AD: O SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento, mecanismo trabalhado pelo Imazon) mexe com imagens recentes. Pega o desmatamento no início. O Ibama quando vai multar aparece na área um ano depois. A gente vai logo em seguida. Desde que começamos esse trabalho temos tido resultados interessantes, com redução do desmate em 43% no primeiro ano, depois 76% no segundo ano. O que temos agora são pequenos focos, em assentamentos e invasões. Não temos mais o médio nem o grande produtor desmatando.

O Eco: O que o faz acreditar que a sociedade está mais consciente agora, que isso não é uma contingência do mercado, que não é passageiro?

Laboratório da Amazônia



Paragominas reúne características que tornam o desafio da adequação ambiental peculiar. Segundo explica Paulo Amaral, pesquisador do Imazon, o município já experimentou todas as atividades produtivas da Amazônia. Teve intensa pecuária, forte atividade madeireira, experimenta o ciclo da agricultura e da mineração. Tudo isso trouxe conseqüências. “O município entrou na lista dos maiores desmatadores da Amazônia, os produtores não puderam mais acessar as linhas de crédito, então a população local não viu alternativa, tinha que reduzir o desmatamento. É uma questão econômica, de sobrevivência”, considera Amaral.

Essa predisposição, aliada a uma forte liderança política – a prefeitura – viabilizou diálogos e parcerias para a construção de um novo projeto para o município, caso contrário os efeitos mercadológicos de rejeição de produtos com origem duvidosa ou oriundos de desmatamento iriam fatalmente comprometer o desenvolvimento econômico local.

No caso de Paragominas, o fato de o município ainda ter cerca de metade de sua cobertura florestal não é fator a se comemorar. Na verdade, para adequar-se à legislação, seria preciso ter 80% preservado. Isso representa um déficit de cerca de 30%, que deve agora ser recuperado para que os proprietários voltem a ter acesso a crédito. “O município só vai sair da lista dos grandes desmatadores quando reduzir o desmatamento a patamares menores que cinco anos atrás e se 80% das propriedades estiverem no Cadastro Ambiental Rural (CAR)”, lembra o pesquisador.
AD: Vou lhe contar um caso que aconteceu dois meses atrás. Os sindicatos vieram me procurar na prefeitura, dizendo que a SEMA tinha liberado licença de desmatamento de mil hectares em Paragominas. Os sindicados vieram me pressionar, porque se o primeiro fizer desmatamento, outros vão fazer. Fizemos um documento, mandamos para a SEMA e para o ministro (do meio ambiente) Carlos Minc. Na verdade, este era o caso de um proprietário que tinha 100% de sua área com floresta, então pela lei ele podia desmatar 20% e esses 20% equivaliam a mil hectares. Juntos, no final das contas, conseguimos evitar este desmatamento. Foi mérito da sociedade.

O Eco: E o velho argumento de que se a economia do desmatamento ilegal e fácil acabar, vai haver desemprego? Isso não apareceu?

AD: Apareceu, mas não foi tão forte porque o nosso sindicato rural já trabalha com boas práticas agropecuárias em Paragominas, com ajuda da TNC, da Embrapa. O que tem sido mais difícil é conseguir apoio do estado e da União, porque não tem sido fácil convencer os pequenos a não desmatarem para fazer carvão e mandar para as guzeiras.

O Eco: Apesar do que já foi feito, a economia irregular do carvão no leste do Pará ainda é a grande pedra no sapato de Paragominas...

AD: Tivemos um desmatamento num local chamado Colônia Oriente. Mandei meu pessoal verificar e eles encontraram dois caminhões de carvão. Prenderam os veículos, que estavam sem nota, com tudo ilegal, e levavam o carvão para as guzeiras de Marabá e Açailândia. Resultado: as guzeiras deixaram de comprar carvão dessa colônia. Semana passada, cerca de 200 pessoas dessa colônia me procuraram na prefeitura reclamando de que elas precisavam trabalhar. Eu fiquei das 9h até as 16h conversando com eles, dizendo para tentar trabalhar na área aberta sem ter que desmatar. Mas meus recursos são limitados. Minha receita é pequena. Os assentamentos rurais não têm apoio do Incra. Então a minha dificuldade são os pequenos. Eles derrubam a floresta não porque querem, mas um caminhão de carvão vale cinco mil reais. Isso é muito dinheiro para eles. A tentação é grande. Temos que levar renda para a pequena propriedade.

O Eco: As tentativas de geração de renda e empregos do governo federal nos municípios críticos de desmatamento na Amazônia não deram resultado?

AD: A operação Arco Verde passou aqui por Paragominas e eu não conheço nenhum emprego gerado.

sábado, 24 de outubro de 2009

ECOARQ-Seminário Arquitetura Sustentável

Gostaria de compartilhar com os leitores deste blog uma experiência muito legal pela qual passei, que foi de organizar o Segundo Seminário sobre Arquitetura Sustentável em Curitiba. É um trabalho bastante gratificante, que teve início em 2008, com o primeiro seminário, e com certeza terá continuidade, com a adesão constante de cada vez mais pessoas a esta causa.

Este evento ocorreu entre os dias 30 de setembro e 02 de outubro deste ano no IEP – Instituto de Engenharia do Paraná, promovido pela ECO LEARNING CURSOS, com apoio da Fundação Vanzolini, Centro de Design do Paraná, IAB-PR; dentre outras instituições e empresas.

O evento contou com cerca de quinze palestras e quatro cursos no decorrer de seus 3 dias de realização, trazendo profissionais engajados na causa ambiental e propondo maneiras em que a arquitetura, a engenharia e o design possam colaborar para a redução das mudanças climáticas e da perda da biodiversidade em nosso planeta; assuntos um tanto prementes frente às evidências dos últimos tempos de que a Terra vive mesmo uma situação emergencial.

Os palestrantes, provenientes tanto de Curitiba, Paraná quanto de outros Estados (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo) refletiram a grande multidisciplinaridade do evento, abordando com independência e precisão didática desde as causas históricas e científicas do aquecimento global, passando pelo planejamento urbano sustentável, pelas certificações de edificações até chegar aos materiais e técnicas sustentáveis de construção já disponíveis para utilização (algumas já há muito tempo inclusive).

O Seminário teve, também, seu lado aplicativo, com demonstração no local de produtos ecológicos desenvolvidos para a construção civil, como foi feito pelos palestrantes Márcia Macul, Sérgio Prado, Beto Mistrorigo e Eloy Casagrande. Destacou-se também a montagem de uma estrutura, em tamanho real, feita com bambu, durante a oficina ministrada pelos arqs. Bruno Fade e Rebeca Kuperstein, especialistas no assunto. Da mesma forma, os arqs. Tomaz Lotufo e Eduardo Maia realizaram exercícios práticos em seu curso, aplicando técnicas e materiais sustentáveis à construção civil.

Foram três dias importantíssimos, em que o IEP abriu importante espaço para a revolução que precisa ocorrer na área da construção civil – a qual ainda é, infelizmente, uma das indústrias menos sustentáveis no mundo. Tal revolução deve começar com a mudança de atitude de cada profissional, enquanto cidadão consciente. Neste quesito, ao fomentar uma mudança de mentalidade e promover tal discussão, o evento cumpriu seu papel, como atestaram alguns dos cerca de 80 participantes, provenientes das mais diversas partes do Brasil e até do exterior.

O evento inclusive gerou um grupo de discussão bastante atuante no Google, que pode ser acessado através do link http://groups.google.com.br/group/ecoarq09?hl=pt-BR

Agradecemos a todos pela participação conosco e no próximo ano esperamos nos encontrarmos novamente, ampliando nossa atuação em busca de mais sustentabilidade na construção civil e em todas as suas áreas adjacentes.


Arq. Gabriel Bertran

domingo, 18 de outubro de 2009

Metas ambientais afrouxadas

São muito tristes os tempos que estamos vivendo no Brasil em termos de meio-ambiente. A cada semana nossa natureza dá mais sinais de que sua degradação já está além dos limites. Ao mesmo tempo, a cada semana, o (des)governo federal dá mais sinais de estar contra a preservação ambiental. Parece até piada, mas quando mais se precisa de preservação, mais os mandatários da nação lutam para permiti-la.

Vimos nas últimas duas semanas que, apesar das auditorias do Tribunal de Contas da União constatar irregularidades no famigerado 'pac' (plano de aceleração do crescimento), tanto na parte de aplicações de verbas quanto no cumprimento de metas ambientais; o que elles querem na verdade é afrouxar tanto a responsabilidade fiscal quanto a ambiental nas obras do governo federal. Ou seja, o que querem nada mais é que um "liberou geral". E isso sendo solicitado pela candidata oficial a presidente, cujo nome me recuso a mencionar, pois todos já sabem.

Junto com isso, o presiMENTE da república caçoa dos ambientalistas, como se estes fossem responsáveis pela fome "neççe paíz". São afirmativas de grande irresponsabilidade por parte da autoridade maior da nação. Talvez até elle saiba - acho que ele não é tão burro assim - mas recusa-se a admitir que, sem a preservação ambiental, aí que não produziremos mais alimentos para ninguém, nem mesmo teremos água. Por falar em água, já muito se falou que o Rio São Francisco não agüentará tamanha transposição que se faz sem uma recuperação de suas matas ciliares. Estudos comprovam que sua água em breve talvez nem ao mar chegue. Mesmo assim prosseguem-se as obras.

Da mesma forma tenta-se afrouxar as leis para construírem as faraônicas hidrelétricas em plena Amazônia. Apesar de afirmarem que as áreas inundadas serão bem menores do que em antigas usinas, o ciclo hidrológico irá se alterar, as populações tradicionais e indígenas serão sim afetadas em sua cultura e sua alimentação, assim como a imigração em massa que tais obras levam gerarão (mais) desmatamento a regiões ainda preservadas. Isso sem contar a pobreza levada para lá, que também degrada a floresta. Tudo isso em nome de uma energia que poderia ser economizada por diversos meios (como comprovou o "apagão" de 2000) e até gerada de outras maneiras mais sustentáveis (alternativas não faltam, basta investir nelas), formando-se uma múltipla matriz energética. Mas não, o Brasil prefere investir nestas hidrelétricas insustentáveis ou em termoelétricas ultra-poluentes, das quais o mundo quer se livrar! Tudo na contra-mão, como já mencionado aqui diversas vezes. A quem interessa tais obras? Fica a pergunta no ar.

Na questão dos combustíveis, já mencionamos aqui a desvalorização do etanol, agora com a farsa eleitoral do pré-sal (tudo em nome da suposta candidata oficial). O Brasil dava exemplo em termos de combustíveis renováveis e agora luta para virar um sultanato árabe produtor de petróleo?

Enquanto isso os ruralistas lutam por um código florestal mais "brando", alegando que não conseguirão aumentar a produção, sendo que o Brasil pode sim aumentar imensamente sua produção de alimentos apenas utilizando-se áreas degradadas, sem desmatar mais nada. Perde-se biodiversidade, e com isso importantes descobertas de medicamentos valiosíssimos, em nome da exportação de produtos primários, como a soja, que em muito pouco contribuem para nosso desenvolvimento. O Brasil poderia ser líder mundial em biotecnologia apenas mantendo a Amazônia e o Cerrado em pé, biomas que são fonte de imensa biodiversidade!

Em relação às metas mundais de redução de carbono, agora a casa civil não quer que sejam reduzidas, temendo-se que o crescimento da economia seja afetado. Será que ninguém falou em crescimento sustentado para elles? Além disso, uma nova economia, baseada na preservação e tendo ela incorporada, trará muito mais oportunidades ao país! Volto a dizer, não é porque certos países recusam-se a assumir metas de redução que nós não podemos reduzir as nossas emissões. O Brasil deveria estar na vanguarda e dar o exemplo, pois o mundo já não é mais o mesmo que há 40-50 anos atrás, quando fumaça era sinal de 'desenvolvimento'.

Estamos sendo enganados por este (des)governo. Elles estão vendendo um Brasil grande e atrasado, aos moldes do que os militares pós 64 queriam nos impor. E viu-se a tragédia ambiental e econômica que o modelo desenvolvimentista nos trouxe. Tal modelo enriquece a poucos (em geral empreiteiras, fazendeiros e políticos) e alimenta o sistema mais atrasado que existe no Brasil, esse coronelismo proveniente ainda da época colonial, o qual pilha e esgota toda a natureza de uma determinada região e depois parte para mais pilhagens.

A diferença é que hoje não temos mais tantos recursos naturais assim. O mundo vive uma grande emergência. Quando todos deveriam se esforçar para preservar, os arrogantes daqui se vêem no direito de acabar com o pouco que resta...

Lamentável ao extremo!

P.S.: todos sabem que este blog é declaradamente de oposição a este governo atual. Mas é uma oposição justificada. Não venham acusar-me de golpista, pois golpista pra mim é um governo que tenta mascarar os fatos para a população (inclusive os ambientais) e protege até atos de censura, como o que ocorreu ao jornal O Estado de São Paulo. Reitero que, se houverem ações em prol do meio-ambiente bem sucedidas, serão destacadas aqui, mesmo sendo de autoria deste governo, cujo mandatário me recuso a dizer o nome. Não sou ligado a nenhum partido, baseio-me na liberdade de expressão para expressar minha indignação com os fatos.


Caros amigos,
Para continuar lendo este e outros textos, gostaria que vocês conhecessem este livro.
Ele possui todos os TEXTOS deste blog REVISADOS E AMPLIADOS , bem como TEXTOS INÉDITOS também!
O livro "REFLEXÕES ECOLÓGICAS EM UM MUNDO INSUSTENTÁVEL" vocês podem adquirir clicando na imagem acima, no site CLUBE DE LEITORES.

Os leitores que quiserem guardar este conteúdo em sua biblioteca ou mesmo dá-lo de presente a amigos, eu ficarei bastante honrado!

A luta do BLOG TREES FOREVER por um mundo mais sustentável e por governos mais sérios e atuantes na área ambiental vocês já conhecem. Esta luta é de todos nós e eu agradeço muito por estes quase dois anos de convivência aqui neste ambiente virtual!

Se possível, por favor ajudem-nos a divulgar este livro, enviando o site abaixo a seus amigos, conhecidos, colegas de trabalho, familiares, etc.:

http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS

Um forte abraço a todos e muito obrigado!!

Gabriel Bertran