quinta-feira, 5 de junho de 2008

DIA MUNDIAL DO MEIO-AMBIENTE:HÁ O QUE COMEMORAR?

Alguns poderiam dizer que este blog está pessimista demais. Mas, com as notícias que temos tido nas semanas (e principalmente nos dias) que antecederam este "Dia Mundial do Meio-Ambiente"
eu pergunto a todos: há o que comemorar?

Comemora-se sim os recordes de desmatamento na Amazônia, como "nunca antes neççe paíz" (no linguajar chulo de nosso des-presidente). Afrouxam-se leis que prometiam cortar créditos dos produtores rurais que desmatam o bioma amazônico. O novo "ministro-performer" do meio-ambiente anuncia que irá capturar os milhões de bois que invadem a Floresta Amazônica (e contra os donos destes bois, nada se fará?). Isso sem contar que, nas semanas anteriores, a demissão da ministra Marina Silva mostrou que o (des)governo lulla em nada se preocupa com o meio-ambiente e quer é eliminar os poucos que se preocupam dentro de seus quadros funcionais. Tudo em nome de um "nacional-desenvolvimentismo" populista, bem aos moldes dos governos militares dos anos 70, priorizando obras que rasgarão a floresta de forma irrecuperável e em nada beneficiará suas população. E, para completar, o (des)governo elege ONGs e empresários estrangeiros pela destruição da floresta! Não, nós não precisamos de estrangeiros para destruí-la: os brasileiros já fazem isso há décadas, e fazem muito bem, diga-se de passagem. Já são quase 20% do total da floresta desmatada (e com 30% os cientistas afirmam que ela não se sustentará mais climatica e biologicamente: iniciar-se-á o processo de savanização, mas isto é assunto para outro dia). E o lulla ainda vem dizer que a "Amazônia é nossa". É nossa enquanto existir. E neste ritmo, muito em breve não teremos o que chamar de "Amazônia". Mas aí, sabe-se lá se ainda teremos clima e água para sobreviver..

Resumindo, tudo vai na contra mão de como deveria ser. Na contra mão da urgente necessidade de se preservar e, principalmente, valorizar a floresta em pé, como um bem indispensável para a sobrevivência da humanidade. Justamente quando vemos as conseqüências do aquecimento global aumentarem, escancaradamente, o Brasil não faz sua parte!

Não interessa que os ditos "países desenvolvidos" terem poluído o planeta por mais de 100 anos. Nós temos uma rara chance de dar o exemplo ao planeta. Porque o globo ficou pequeno para tanta gente, para tanto asfalto, tanto fogo, tantos veículos. O que resta, nem é garantido que vá manter o clima do planeta. Mas é o que temos. Há que se ampliar as áreas florestais sim, diminuir as emissões, frear as queimadas (75% dos gases emitidos no Brasil provém de queimadas florestais) e ainda assim será pouco, mas precisa ser feito!

Só que, em pleno Dia Mundial do Meio Ambiente, o que vemos é que o brasileiro trava uma guerra cega contra a natureza, desde os grandes centros poluídos até as mais remotas regiões Amazônicas. E o governo acompanha, não educa, não pune, não vigia, é conivente e ainda incentiva as obras destrutivas! Mal pode-se perceber que nós, seres humanos, fazemos parte da natureza... É bom que percebamos isto logo, antes que seja tarde, antes que não haja mais natureza, e conseqüentemente, mais humanidade...

Este foi um desabafo, mas como ainda deve haver esperança, FELIZ DIA DO MEIO-AMBIENTE A TODOS e... PRESERVEM SEMPRE A NATUREZA!

2 comentários:

Dando Pitacos disse...

Amigo Gabriel:

Li seu artigo,lembrei-me do que postei no meu blog e comecei a pensar. Sabe o que somos, ou melhor, com quem muito nos parecemos? Com o famoso DON QUIXOTE, de Miguel de Cervantes.

Já com certa idade, o que ainda não é o nosso caso, graças a Deus, QUIXOTE se à leitura de romances sobre heróis de pura ficção, perde o juízo, e acreditando que eles tenham sido historicamente verdadeiros, decide tornar-se um cavaleiro andante, saindo pelo mundo para tentar viver sua utópica fantasia.

Nossa luta é quase a mesma coisa! Os moinhos de QUIXOTE são hoje os MAGGIS, os MINCS e os LULAS que enfrentamos! É uma batalha desigual, mas não desistimos!

Um grande abraço...

weiss disse...

"E o governo acompanha, não educa, não pune, não vigia, é conivente e ainda incentiva as obras destrutivas!

Simples e direto. está tudo dito!