tag:blogger.com,1999:blog-31287800770597591572024-02-08T00:17:47.918-03:00ÁRVORES PARA SEMPRE!Um espaço para debater sustentabilidade e, por quê não, economia, política e tudo o que pode afetar o meio-ambiente, visando sempre melhorá-lo.
É preciso que a humanidade continue progredindo,mas será que esta forma destrutiva de progresso que nós mesmos criamos nunca irá mudar??ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.comBlogger79125tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-57891135874036194312016-04-04T15:47:00.000-03:002016-04-04T15:48:01.894-03:00Cotolengo : recuperação humana NOTA 10. Preservação ambiental NOTA 0<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk4eLu7JEHqrdKX32jOd7J2VJIsCT6Bj-w48DY-fhb5mrvlmMCfroJiPlwdxYQtGEEDsrsqm_dKX1X0GJELaRvEraY5d2c3ehOIqW_rbhmUpvU0sOEs6pusleId2eygvvzOnR9BNiTeeA/s1600/DSC_1137.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk4eLu7JEHqrdKX32jOd7J2VJIsCT6Bj-w48DY-fhb5mrvlmMCfroJiPlwdxYQtGEEDsrsqm_dKX1X0GJELaRvEraY5d2c3ehOIqW_rbhmUpvU0sOEs6pusleId2eygvvzOnR9BNiTeeA/s320/DSC_1137.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A capela do Pequeno Cotolengo,antes sombreada por lindas árvores, <br />
agora ardia sob um sol de 33 graus.</td></tr>
</tbody></table>
A instituição Pequeno Cotolengo Paranaense comemora, neste mês, 51 anos de atuação em Curitiba. Trata-se de uma organização não-governamental exemplar no apoio, tratamento e recuperação de seres humanos com necessidades especiais e temos que parabenizá-los imensamente por toda esta linda história ao longo de 5 décadas.<br />
Devido justamente a este trabalho tão importante para a melhoria do ser humano que eu me espantei com as cenas (algumas retratadas nestas fotos) que presenciei no último domingo (03/04/2016), durante o tradicional churrasco beneficente que a instituição promove mensalmente: um antigo bosque, presente no terreno com mais de 120.000m² no bairro Campo Comprido (Curitiba, PR) onde está instalada a sede do Pequeno Cotolengo Paranaense, foi totalmente destruído! Este bosque - composto com mais de 100 árvores centenárias - era utilizado como estacionamento sombreado aos domingos. Aconteceu que neste último dia 03, o calor era imenso em Curitiba em pleno outono (a temperatura beirava os 33 gaus) e o frescor das árvores foi substituído por carros, muitos carros soltando fumaça... Enfim, praticamente um deserto, difícil até de olhar, tamanha a feiura dos tocos no chão e o reflexo que o sol causava, devido à lataria dos veículos.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ1UsqJ7kOsqLqn-mREloskDMth2a7fNFQUAFMobe3yAV167kQjCE8L5R6UUKJqxzFJDjYg6uRZWFNzZqy4KdiAKFggoySiQr3VS6hKap1Nsv0iTfXNCeCSmReEs_KE-GgPYXPO-rDvVE/s1600/DSC_1135.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ1UsqJ7kOsqLqn-mREloskDMth2a7fNFQUAFMobe3yAV167kQjCE8L5R6UUKJqxzFJDjYg6uRZWFNzZqy4KdiAKFggoySiQr3VS6hKap1Nsv0iTfXNCeCSmReEs_KE-GgPYXPO-rDvVE/s320/DSC_1135.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eram dezenas de árvores que sombreavam os veículos no estacionamento. Agora, restam apenas calor, desolação, tristeza..</td></tr>
</tbody></table>
A atitude de uma instituição exemplar foi bastante extremista. Praticamente um extermínio das árvores. Em resposta a um questionamento em sua página numa rede social, o Pequeno Cotolengo afirma que as árvores estavam "apodrecidas". Bem, não é o que se vê nos tocos que restaram no chão. Além do mais, como dezenas de árvores iriam "apodrecer" ao mesmo tempo? Alega-se que foi feita análise e que a Prefeitura de Curitiba autorizou. Até acredito que uma poda e até corte de um ou outro exemplar poderia ser justificado por um laudo técnico. Mas a simples eliminação de TODO o bosque, que compunha o complexo arquitetônico da instituição, formando um parque, foi muito estranha.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGcyk5LAuuYa7DM7HbW0Ce7KQJVyvgWgBw94YLc7ZUdzZQthhgGtT_vnEuZaSmDc69jHcK0-IP_9xW4aLwKJFh5eQu-onQZbgsvZ8w_pr24CbhBGJ89tqvIBiR0m5hQWIS_G2gCppPfhg/s1600/DSC_1136.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGcyk5LAuuYa7DM7HbW0Ce7KQJVyvgWgBw94YLc7ZUdzZQthhgGtT_vnEuZaSmDc69jHcK0-IP_9xW4aLwKJFh5eQu-onQZbgsvZ8w_pr24CbhBGJ89tqvIBiR0m5hQWIS_G2gCppPfhg/s320/DSC_1136.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">No bosque destruído haviam árvores de diversos portes. <br />
O que justificaria a eliminação de todas elas?</td></tr>
</tbody></table>
Atitudes como esta depõe contra qualquer instituição que atende à comunidade. É óbvio que nada desmerece o lindíssimo trabalho realizado ao longo destas cinco décadas, como registrado no início deste texto. Porém, é preciso entender que não basta apenas a recuperação humana. A preservação ambiental faz parte, também, da nossa própria sobrevivência. De nada adianta realizar fisioterapias, tratamentos medicamentosos, ressocialização, etc. se estas pessoas que ali residem não tiverem o seu meio-ambiente preservado.<br />
Além disso nós, cidadãos frequentadores e colaboradores da entidade, nos sentimos mal que decisões como estas sejam tomadas à revelia. A impressão que fica é que o Pequeno Cotolengo cometeu uma agressão contra todos nós. O ambiente realmente ficou inóspito no local. No lugar do frescor do bosque via-se apenas a lataria dos carros brilhando sob um sol escaldante (em plena era das mudanças climáticas), com muita fumaça e poeira, que agora não são mais filtradas pelas árvores, porque elas simplesmente não existem mais!<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj52bSDLhWbtH8VAOipM0Ia2Y-gA9RC65Bw4KYIg8DONufe3vSmqZE32_MMvFCX2X2_9xLUTs3Bp9rRW4GvF6y5rRUA0fObP8liEPdmyydxR-Qt0aEe1USGpsQ7iRifyhnQZC7B_XX_2Tk/s1600/DSC_1139.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj52bSDLhWbtH8VAOipM0Ia2Y-gA9RC65Bw4KYIg8DONufe3vSmqZE32_MMvFCX2X2_9xLUTs3Bp9rRW4GvF6y5rRUA0fObP8liEPdmyydxR-Qt0aEe1USGpsQ7iRifyhnQZC7B_XX_2Tk/s320/DSC_1139.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Visão geral do estacionamento,que antes era sombreado por lindíssimas árvores</td></tr>
</tbody></table>
Talvez a sociedade, em geral, nem se importe tanto com a preservação das árvores, mesmo com toda informação disponível hoje em dia sobre ilhas de calor formadas nas grandes cidades devido, justamente, à ausência de verde (causando, inclusive, grandes tempestades). Os realmente preocupados são minoria, pois vê-se muitas árvores serem totalmente destruídas pelos moradores nos bairros de Curitiba. Outras, a prefeitura também ajuda a destruir sem justificativa plausível, conforme já mostramos em alguns posts aqui deste blog. Uma ação violenta como a empreendida por tão notável instituição só serve para "deseducar" ainda mais a população e banalizar ainda mais a derrubada das árvores, fazendo com que os cidadãos pensem que isso é "normal" e "necessário" (levando-os a pensar que, se eles derrubam, eu também posso derrubar árvores). Tudo isso aliado à impunidade vigente em nosso país, está formado o ambiente propício para a não-sobrevivência do verde.<br />
É uma pena. O país com a maior biodiversidade do Planeta, despreza suas florestas, seus bosques, seus rios, seus animais nativos... E nosso maior patrimônio vai acabando. Com ele, nossas vidas.<br />
Preservar vidas humanas é necessário. Mas preservar a natureza é ainda mais, pois os seres humanos fazem parte dela e sem ela não sobrevivem!<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj599b4qNbMvHwMWCQkn032FUMV-MA7KHRyvSOcpragro7eNd_nYTDOvBGe69huZHym6PmVKdcsZBKQcmrAtsjiy9APr4W1Ir3hixjy2WT54D0nuaiI0iFcgPalnNEbrI9lka-ZiqEMNac/s1600/pequeno-cotolengo-curitiba-pr40.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj599b4qNbMvHwMWCQkn032FUMV-MA7KHRyvSOcpragro7eNd_nYTDOvBGe69huZHym6PmVKdcsZBKQcmrAtsjiy9APr4W1Ir3hixjy2WT54D0nuaiI0iFcgPalnNEbrI9lka-ZiqEMNac/s400/pequeno-cotolengo-curitiba-pr40.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vista aérea do Pequeno Cotolengo,com o bosque hoje destruído na parte de cima, lado esquerdo da foto.<br />
Fonte: imagens da internet.</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp39TWI8h9ir9nNEtUpixwfGIbe0l2N9bylzlVJj3ocU-hC9RmmcrhATwYVk3eSEHO_oXRfR9SKiGQIsyagGsOXDRiCtZXaxC9uUIdsEW45_7e0ltWXJnTUYfmbZu7Hlv6qUZXLbFPoH8/s1600/DSC_1138.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp39TWI8h9ir9nNEtUpixwfGIbe0l2N9bylzlVJj3ocU-hC9RmmcrhATwYVk3eSEHO_oXRfR9SKiGQIsyagGsOXDRiCtZXaxC9uUIdsEW45_7e0ltWXJnTUYfmbZu7Hlv6qUZXLbFPoH8/s320/DSC_1138.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A capela, que antes era sombreada, agora sob sol escaldante.</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO8Xf6ahmciGMcHr7EWFL2WNukPbhp1XLE7zAvf9EvyDK6p3uhJLUYFY1kU0Eg1KgkVpD_IcJ54UAlqtbM08mf47fgN3c9DeJ4UxlH19EeHMHSYV2VBLqgA_kTp6l2ZP8RC8RvsSsE5d8/s1600/DSC_1134.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO8Xf6ahmciGMcHr7EWFL2WNukPbhp1XLE7zAvf9EvyDK6p3uhJLUYFY1kU0Eg1KgkVpD_IcJ54UAlqtbM08mf47fgN3c9DeJ4UxlH19EeHMHSYV2VBLqgA_kTp6l2ZP8RC8RvsSsE5d8/s320/DSC_1134.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A destruição do verde espalha-se por toda parte.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<br />ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-13223748348250698132015-11-07T17:14:00.002-02:002015-11-07T17:17:16.649-02:00No bairro Água Verde,7 árvores destruídas em uma só ruaJá são tantos os crimes ambientais que vêm ocorrendo aqui em Curitiba, que poderíamos rebatizar o apelido da cidade de "capital ecológica" para "tocolândia". Sem nenhum censo de humor, este é o cenário triste que temos presenciado em todos os bairros da capital paranaense, por mais que o marketing oficial da prefeitura (ou "prefs", como dizem no Facebook) esconda isso.<br />
<br />
Agora, achei o cúmulo o ocorrido nesta semana, na calçada da rua Samuel Cezar, esquina com a Monsenhor Manoel Vicente, no bairro Água Verde. De uma só vez foram eliminadas 7 lindas árvores nesta calçada, que estavam sadias, sombreavam a rua, atraíam pássaros e portanto, deixavam nossa cidade mais aprazível. Existe uma casa bem na esquina, porém a numeração dela faz frente com a Rua Monsenhor Manoel Vicente (é o número 10). Caso queiram localizar no mapa e ajudar nas denúncias à prefeitura (<a href="http://www.central156.org.br/">http://www.central156.org.br/</a>), que precisa apurar este caso.<br />
<br />
Vale dizer que a prefeitura de Curitiba ultimamente tem autorizado milhares de cortes de árvores sadias, de forma deliberada. Parece que virou um "liberou geral" na cidade. Até mesmo as araucárias (árvore praticamente extinta e símbolo de Curitiba) tem sido alvo desta destruição. E, é claro, tudo com a cumplicidade dos cidadãos, que muitas vezes envenenam as árvores ou cortam todos os galhos para depois alegarem que estão "doentes".<br />
<br />
Outro dia eu li uma frase interessante - não sei o autor - que diz que "A beleza das árvores está nos olhos de quem as vê". Pensei um pouco e a frase diz tudo: nos olhos destas pessoas que estão acabando com o verde em nossa cidade, não há beleza, só há maldade.<br />
<br />
Em tempos que a palavra "sustentabilidade" virou moda, nunca se cortou tantas árvores. Não adianta nada as pessoas e empresas se dizerem "sustentáveis" se não ajudam a preservar o verde em nossas cidades. Nas décadas de 1960, 1970, quando carros e indústrias poluíam muito mais, toda casa ou prédio novo que era construído plantava árvores em sua frente ou em seu jardim. Hoje, cada nova construção elimina todo o verde existente o local e não o repõe. O que mais se vê são ruas áridas, casas sem jardins ou apenas com arbustos ridículos. As novas gerações não aprendem a importância do verde, só valorizam os shoppings, os carros, etc. Cadê a tal "sustentabilidade"??<br />
<br />
Enfim, vejam as fotos abaixo, do caso que é título deste texto (e é apenas "mais um" caso, entre tantos, infelizmente). As fotos são chocantes, tirem suas conclusões. Elas dizem por si só o tamanho da maldade. Coloquei, também, uma foto do Google Street View, para que todos possam visualizar o quanto era lindo e agradável o local, quando existiam as árvores.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUd0Hk6AxTrsU8mByHJYNkw05fM1BanabNZdCnePXgf5POgrZ5x_DrfEdbE3vgEbx8a5x4JAUHwtgoh630qZqJ204UL3WG_9TB06Oz1B3nE5HReYx9HURje1swPBusCGvr_TIY7qPZ1P8/s1600/DSC_0113.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUd0Hk6AxTrsU8mByHJYNkw05fM1BanabNZdCnePXgf5POgrZ5x_DrfEdbE3vgEbx8a5x4JAUHwtgoh630qZqJ204UL3WG_9TB06Oz1B3nE5HReYx9HURje1swPBusCGvr_TIY7qPZ1P8/s320/DSC_0113.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">Rua Samuel Cezar,esquina com Monsenhor Manoel Vicente,10</span><br />
<span style="font-size: 12.8px;">Bairro Água Verde, Curitiba, PR. Destruição total de 7 árvores</span> </td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRgW9U6j4wqtk3lRpn2S5Fsww0JQyXtBxq9cJnHPxWpK8v-XCUW4U-Apr5w2AaxyPn38QwLq6Y_Y2_3y-gFEEk-Jb9HiQmznZ35icJ1FaRF7TLiL1td-dLJA3WqzNxlZTVr8BpvjucEP4/s1600/DSC_0114.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRgW9U6j4wqtk3lRpn2S5Fsww0JQyXtBxq9cJnHPxWpK8v-XCUW4U-Apr5w2AaxyPn38QwLq6Y_Y2_3y-gFEEk-Jb9HiQmznZ35icJ1FaRF7TLiL1td-dLJA3WqzNxlZTVr8BpvjucEP4/s320/DSC_0114.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">Rua Samuel Cezar,esquina com Monsenhor Manoel Vicente,10</span><br />
<span style="font-size: 12.8px;">Bairro Água Verde, Curitiba, PR. Destruição total de 7 árvores.</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh34s5IDA1Akn9uKNfGtZCNKkLebaZ-MmeQAuUxgW_E4iO4bcpRI9Oqmbvj_xGijVrN5n12LkbLz2e8e9aAo3gD51cJ3NJEaQRD_p6is-ta9D607ORS8dB7Y12wtPdRjcxOLcvw_fGP6EI/s1600/DSC_0115.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh34s5IDA1Akn9uKNfGtZCNKkLebaZ-MmeQAuUxgW_E4iO4bcpRI9Oqmbvj_xGijVrN5n12LkbLz2e8e9aAo3gD51cJ3NJEaQRD_p6is-ta9D607ORS8dB7Y12wtPdRjcxOLcvw_fGP6EI/s320/DSC_0115.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">Rua Samuel Cezar,esquina com Monsenhor Manoel Vicente,10</span><br />
<span style="font-size: 12.8px;">Bairro Água Verde, Curitiba, PR. Destruição total de 7 árvores</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbKeXHWUGIZ0dTgsmXfteuMGqMAXTsq1lFKniioQPI0SJFR_CJMyTsFy8z-HmEz8pS8qkTo-r-DDjdsW1I8V-p7aKF0NZTh9N3r_XkPNWNp0QMpSrsdWn9H8eo1WDRswXE-SG2IJyYK6A/s1600/DSC_0116.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbKeXHWUGIZ0dTgsmXfteuMGqMAXTsq1lFKniioQPI0SJFR_CJMyTsFy8z-HmEz8pS8qkTo-r-DDjdsW1I8V-p7aKF0NZTh9N3r_XkPNWNp0QMpSrsdWn9H8eo1WDRswXE-SG2IJyYK6A/s320/DSC_0116.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">Rua Samuel Cezar,esquina com Monsenhor Manoel Vicente,10</span><br />
<span style="font-size: 12.8px;">Bairro Água Verde, Curitiba, PR. Destruição total de 7 árvores</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9lpFhJZ68cdQlYVgnuaVCuFTt-rbEtov6DFf-IUIOSZ7WZPDtb8wz0Vad9lsk534PTvwY3855WGH8tR46m-SnNsZRpukxIwuLbEtqGt5wrguNrgBgrNh7pLZWlUzPp3dDhQ1JZEUqGjU/s1600/DSC_0117.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9lpFhJZ68cdQlYVgnuaVCuFTt-rbEtov6DFf-IUIOSZ7WZPDtb8wz0Vad9lsk534PTvwY3855WGH8tR46m-SnNsZRpukxIwuLbEtqGt5wrguNrgBgrNh7pLZWlUzPp3dDhQ1JZEUqGjU/s320/DSC_0117.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">Rua Samuel Cezar,esquina com Monsenhor Manoel Vicente,10</span><br />
<span style="font-size: 12.8px;">Bairro Água Verde, Curitiba, PR. Destruição total de 7 árvores (vejam como estavam sadias ainda)</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkN0BHzFHdXhU7yncdpKhgl0rh89-RyAYWJUnakdTfgqwalPAXOA6PcDjhXanLbop5wcCT5sE71rLj-3xlYIMgCEKBkUemqUQ5tCTbTdgRtHQptYAMMs2MCM_mca71aosFkE6VCnfzQQw/s1600/Samuel+Cezar+X+Mons+Manoel+Vicente-ANTES.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkN0BHzFHdXhU7yncdpKhgl0rh89-RyAYWJUnakdTfgqwalPAXOA6PcDjhXanLbop5wcCT5sE71rLj-3xlYIMgCEKBkUemqUQ5tCTbTdgRtHQptYAMMs2MCM_mca71aosFkE6VCnfzQQw/s320/Samuel+Cezar+X+Mons+Manoel+Vicente-ANTES.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">Rua Samuel Cezar,esquina com Monsenhor Manoel Vicente,10</span><br />
<span style="font-size: 12.8px;">Bairro Água Verde, Curitiba, PR. Como era o local antes da destruição total de 7 árvores. Foto: GOOGLE STREET VIEW</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-33670035268002583022014-11-13T17:35:00.000-02:002014-11-13T17:35:36.512-02:00Energia Solar Fotovoltaica:um alívio para nossas represas e nosso ar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN7d-D5undMllQsnb-99kpTSloWimQWvqN9BHmr-OVDDmlzhXn_ht5PAsL1VLwHX6Kwea-HBYtF-7UY0WbxWKQICdvfdYI7SdHc24PRX7Fl0wAsbxJwwjGwzZFAX7iq7X3l0EkQ-TxOI8/s1600/senai3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN7d-D5undMllQsnb-99kpTSloWimQWvqN9BHmr-OVDDmlzhXn_ht5PAsL1VLwHX6Kwea-HBYtF-7UY0WbxWKQICdvfdYI7SdHc24PRX7Fl0wAsbxJwwjGwzZFAX7iq7X3l0EkQ-TxOI8/s320/senai3.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
A geração de energia elétrica a partir do sol (também
chamada fotovoltaica) deveria sair da classificação de “energias alternativas”
e ser colocada como protagonista em nossa matriz energética, pois já se trata
de uma forma de geração consolidada em diversas partes do mundo e, no caso
brasileiro, é o tipo de energia mais abundante e constante em nosso país. Só
para termos um fator simples de comparação, a Alemanha, país 23 vezes menor que
o Brasil em área, investe pesadamente na energia solar, já gerando quase 20% de
sua demanda. No entanto, os locais com pior incidência de raios solares aqui no
Brasil (região de Joinville, por exemplo) ainda são infinitamente melhores do
que os locais com maior nível de insolação no país europeu . Por aí imaginamos
o potencial inexplorado que temos aqui no Brasil.<br /><br /><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Além da economia financeira, sobre a qual falaremos a
seguir, utilizar energia é uma decisão em prol da preservação ambiental, pois
reduz nossa dependência de outras fontes mais agressivas ao meio-ambiente.
Senão vejamos, uma usina hidrelétrica necessita, muitas vezes, de milhares de
quilômetros quadrados de áreas inundadas, as quais implicam supressão de
florestas, demolição de cidades e até diminuição de áreas agrícolas. Tais obras
demandam, também, investimentos gigantescos por parte do poder público. Sem
contar que, nestes tempos de seca em boa parte do país, devido justamente às
mudanças climáticas em curso, muitas usinas hidrelétricas operam com menos de
20% de sua capacidade, ameaçando até pararem suas atividades. O uso intensivo
da água para geração energética também priva a população brasileira do bem mais
precioso à sua sobrevivência. Devido justamente a estes fatores, a geração
hidráulica já não é mais uma opção sustentável nem mesmo economicamente viável
em nosso país. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />Com a redução drástica no volume de água em diversas
represas, nosso país tem abusado da geração em usinas termoelétricas, tendência
contrária à de diversos países, que cada vez mais desligam tais tipos de usina
devido ao aumento da emissão de gases de efeito estufa (proveniente da queima
dos combustíveis fósseis), justamente os gases que alteram nosso clima. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />A energia nuclear não é também uma opção viável, porque o
perigoso lixo radioativo até hoje não possui uma solução segura à sua
disposição pós-uso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />A energia eólica (gerada a partir dos ventos) é uma opção
limpa e sem resíduos, no entanto depende de regiões com ventos constantes, as
quais são raras. O Brasil possui áreas no nordeste e também no Rio Grande do
Sul, onde este potencial tem sido utilizado, apesar de faltar, muitas vezes
linhas de transmissão que o governo federal não terminou, para conectar as
centrais eólicas com a rede. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />A geração energética a partir da biomassa é uma excelente
fonte de energia, também praticamente inesgotável, pois os resíduos de todos os
tipos só aumentam a cada dia. Só é preciso viabilizar custo, pois as usinas de
biomassa também demandam grandes investimentos e também a emissão de poluentes precisa
ser devidamente controlada, pois há queima de diversos componentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />Frente aos problemas das outras fontes, a energia solar junta
diversas vantagens tanto ao meio-ambiente quanto à economia de uma maneira
geral, tais como:<br />
- Os captadores de luz solar (placas fotovoltaicas) podem ser instalados em
quaisquer áreas ociosas, tais como topos de edifícios, coberturas de galpões
industriais, coberturas de estacionamentos e também telhados residenciais. Até
mesmo no chão eles podem ser instaladas, em áreas ociosas como pastos
improdutivos;<br />
- Sua geração pode ser distribuída pelas cidades, ficando cada edificação
cadastrada como unidade geradora de sua própria energia, jogando-se o excedente
na rede elétrica, onde esta energia será redistribuída entre outros imóveis, possibilitando
descontos na conta de quem abriga os painéis em até 100% de seu valor (em
alguns países, como na Alemanha, este crédito volta em forma de pagamento por
parte da distribuidora – no Brasil a ANEEL só permite os descontos);<br />
- Um equipamento eletrônico instalado após a entrada de luz do imóvel - chamado
inversor - faz automaticamente toda a comunicação das placas solares com a rede
elétrica, analisando quanto foi consumido de energia solar e quanto de energia
da rede distribuída precisou ser “puxada” ou deixou de ser consumida (gerando
créditos), tudo isso sem interferência do proprietário, sem precisar “ligar e
desligar”, etc. E toda esta atividade ainda pode ser monitorada via internet de
qualquer computador ou dispositivo móvel, através de uma controladora (opcional)
acoplada ao sistema de geração, que manda os dados para a rede;<br />
- O sistema de geração solar necessita de muito pouca intervenção física nos
imóveis existentes, por utilizar-se das instalações elétricas disponíveis e
pesar muito pouco sobre a cobertura, podendo adaptar-se a qualquer tipo de
telhado, laje, etc.;<br />
- Trata-se de um sistema já homologado, no Brasil, pela ANEEL – Agência Nacional
de Energia Elétrica, segundo a resolução 482/2012, a qual regulamenta a
microgeração e a minigeração de energia elétrica distribuída, permitindo
descontos em conta de luz. Algumas empresas já trabalham dentro desta
resolução, fornecendo equipamentos e serviços necessários à instalação do
sistema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Importante ressaltar que a microgeração vai até 100 kWh/mês.
Acima deste valor e abaixo de 1 Megawatt trata-se de minigeração. Acima de 1
Megawatt a legislação trata como usina geradora, a qual pode ser pleiteada em
leilões específicos. A maior parte das residências e empresas situa-se na faixa
da microgeração, permitindo que cada pessoa ou empresa gere sua própria energia
e redistribua os excedentes na rede elétrica.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br />Apesar desta excelente iniciativa em regulamentar a geração
particular de energia, até por aliviar todo o sistema com um todo, o governo
brasileiro ainda incentiva muito pouco a iniciativa. O Brasil ainda é pobre em
linhas de financiamento para compra dos equipamentos e até mesmo em desoneração
fiscal para os mesmos. Diversos países desenvolvidos já incentivam este tipo de
geração energética há décadas, vendo a população como um parceiro estratégico
da política energética. Aqui no Brasil, mesmo frente à falta d´água crônica, ao
aumento da poluição, dentre outros fatores que ameaçam as formas tradicionais
de geração energética, ainda não se vê uma política séria de incentivo à
diversificação de nossa matriz (mesmo tendo o sol como grande “aliado” nesta
luta). Ao invés disso, pune-se o consumidor com sucessivos aumentos nas tarifas
de energia. Estes aumentos são um incentivo, de certa forma negativo, para mais
pessoas aderirem à microgeração. Mas deveriam haver linhas de crédito públicas,
incentivo a mais fábricas de painéis, inversores e componentes instalarem-se no
Brasil, dentre outros facilitadores. Fica a sugestão.<o:p></o:p></div>
ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-20913691435948548852014-11-06T18:17:00.000-02:002014-11-06T20:38:08.087-02:00Uma moda de extremo mal gosto:acabar com os galhos das árvoresUma moda macabra, de extremo mal gosto e infelizmente comum Brasil afora parece estar aumentando aqui em Curitiba: é a de "podar" drasticamente e sem critério algum todos os galhos e folhas das árvores das ruas, sem autorização da prefeitura nem supervisão técnica. Isso é feito principalmente por comerciantes, mas também por moradores e deixam a paisagem da cidade cada vez mais feia. Não sei qual "beleza" essas pessoas vêem nestes atos, em acabar com o verde, com a sombra nestes dias tão quentes, desalojar pássaros que se abrigam nas árvores, etc. Sem contar a falta de cidadania, pois as árvores das calçadas a todos pertencem. Eu não me sinto bem em ver estas cenas e passar por estas calçadas. O espetáculo de terror repete-se dentro de propriedades, como já relatado <a href="http://treesforever.blogspot.com.br/2013/12/dia-da-arvore-macabro-em-curitiba.html" target="_blank">aqui</a>.<br />
<br />
Vejam abaixo dois casos desta maldade, que aconteceram nesta semana:<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDUefayG3HgvT89d_zHdrJa0z_TRTUfly70PS8y8sghwlLg11et0e7HxkTVkDXgaWQbebLsKuacKKJcekEEuI9cH_NdkWqrfepetapPLpuPeeDAXXMd0flV3EfU4HnAp4c-W0Nsh8cdT8/s1600/4412-BrasilioItbere.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDUefayG3HgvT89d_zHdrJa0z_TRTUfly70PS8y8sghwlLg11et0e7HxkTVkDXgaWQbebLsKuacKKJcekEEuI9cH_NdkWqrfepetapPLpuPeeDAXXMd0flV3EfU4HnAp4c-W0Nsh8cdT8/s1600/4412-BrasilioItbere.jpg" height="192" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rua Brasílio Itberê, 4412, esquina com Rua Percy Withers, no bairro Água Verde. Vejam a árvore como estava linda antes. Foto do Google Street View</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWTfeYjtRPVoW1n8Cf8u61qSM4z-Bcvc3ImkWCYW9p1AqxPLpyKsjTsvJEkQELcSs_Dcw5BzD7FaGFW8T089l9LClQK4qdeKlfsq-8Js7UeG3F6dG55ExNJp7EYWrdfIY8T7KbTZ0biAc/s1600/061120142590.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWTfeYjtRPVoW1n8Cf8u61qSM4z-Bcvc3ImkWCYW9p1AqxPLpyKsjTsvJEkQELcSs_Dcw5BzD7FaGFW8T089l9LClQK4qdeKlfsq-8Js7UeG3F6dG55ExNJp7EYWrdfIY8T7KbTZ0biAc/s1600/061120142590.jpg" height="320" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rua Brasílio Itberê, 4412, esquina com Rua Percy Withers, no bairro Água Verde. Vejam a árvore como ficou após a violenta poda drástica. Foto do Autor, tirada em 06/11/14</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcp1kwveMmpOtyj3YraXiz0NVcwJy02H4jUH70esQEP-1EBp1pWsH9tfDQ6Mo81YELeip0lhdRaLhUaK9hurTSjsqBz24hmVQtl45lI-Zf-9XW98o9UQLkwFWj93KZMXVoNPvW_akmnhs/s1600/061120142591.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcp1kwveMmpOtyj3YraXiz0NVcwJy02H4jUH70esQEP-1EBp1pWsH9tfDQ6Mo81YELeip0lhdRaLhUaK9hurTSjsqBz24hmVQtl45lI-Zf-9XW98o9UQLkwFWj93KZMXVoNPvW_akmnhs/s1600/061120142591.jpg" height="320" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rua Brasílio Itberê, 4412, esquina com Rua Percy Withers, no bairro Água Verde. Vejam a árvore como ficou após a violenta poda drástica. Foto do Autor, tirada em 06/11/14, de outro ângulo</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><div style="text-align: left;">
<span style="text-align: start;">Como vocês podem perceber, o estabelecimento comercial foi reformado recentemente e uma das "providências" foi acabar com o verde da linda árvore em sua frente. Essa estupidez deve incluir o fato da fachada da edificação ficar mais visível. Mas precisa cometer tamanho vandalismo com o patrimônio público? Seria perfeitamente possível integrar a comunicação visual ao verde. Inclusive o verde valoriza os imóveis, pois os bairros mais sofisticados da cidade são os mais arborizados, em qualquer lugar do mundo. Nos países desenvolvidos as casas e comércios integram-se ao verde. E neste caso acima o proprietário poderia até tirar partido da árvore, pois os clientes que sentariam no deck para comer ou beber seriam privilegiados com a vista (em frente ainda existe uma praça, porém pela mentalidade que nota-se nas pessoas que reformam estes imóveis, se deixassem eles retirariam o verde até da praça!).</span></div>
<br />
<br style="text-align: start;" />
<br />
<span style="text-align: start;">O outro caso é ainda mais violento, seguem as fotos abaixo:</span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfadSpbyRMDRc5VfEz1mhbYjTh29UCK0_lNc7IKcd7j1c-V4k-A5AUUZp1G7Y4Xv2fNX5UDBpdOjJXr6M62zlcfUBme7PhhXS2RysTaN2cyPSUXt78TemaQOR0v_oX0D0wv2djwhLPQG4/s1600/2543-Alagoas+X+StaCatarina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfadSpbyRMDRc5VfEz1mhbYjTh29UCK0_lNc7IKcd7j1c-V4k-A5AUUZp1G7Y4Xv2fNX5UDBpdOjJXr6M62zlcfUBme7PhhXS2RysTaN2cyPSUXt78TemaQOR0v_oX0D0wv2djwhLPQG4/s1600/2543-Alagoas+X+StaCatarina.jpg" height="192" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rua Alagoas, 2543, esquina com Rua Santa Catarina, no bairro Guaíra. Vejam como eram as duas árvores em frente ao imóvel de esquina. Foto do Google Street View.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX_C1nDomciWLupGscp2mqOMoOSK8q4Qy2FKcxUnS3en0bVNCg353BK2VYHRA0qWOTfLAiq4vSIpGGc2vsrUKS8ULuvvFt9fvXLYHP9bKqL08gK9iflPN-2IcG4gykN6iqkAgZRXeNv9I/s1600/061120142592.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX_C1nDomciWLupGscp2mqOMoOSK8q4Qy2FKcxUnS3en0bVNCg353BK2VYHRA0qWOTfLAiq4vSIpGGc2vsrUKS8ULuvvFt9fvXLYHP9bKqL08gK9iflPN-2IcG4gykN6iqkAgZRXeNv9I/s1600/061120142592.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rua Alagoas, 2543, esquina com Rua Santa Catarina, no bairro Guaíra. Vejam ficou uma das duas árvores em frente ao imóvel de esquina, após poda violenta. Foto do Autor, tirada em 06/11/14.</td></tr>
</tbody></table>
Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Então eu não preciso dizer mais nada sobre o que esta clínica de fisioterapia fez com as lindíssimas árvores de sua frente. Tenho mais questões do que afirmações: a pessoa não tem noção do quanto ficou HORRÍVEL, HORRIPILANTE a frente do prédio agora? A pessoa (aparentemente ligada á área de saúde) transformou o que era VIDA em MORTE por que??? Acho que vou parar por aí. Não há muito o que dizer.<br />
<br />
O que podemos concluir é que o Brasil vai mesmo na contra-mão de tudo. Quando a seca nas regiões Sudeste e Centro-Oeste mostrou-se mais árdua do que nunca neste ano, secando quase todas as represas importantes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, etc. , deveríamos pensar no quanto cada árvore é importante para manter a umidade nas cidades.<br />
<br />
O mais incrível é ninguém associar os fatos, ninguém perceber o quanto tudo é conectado na natureza. Mais incrível ainda é ninguém se revoltar ao passar por estes verdadeiros monumentos ao descaso com o meio ambiente, retratados nestas fotos!<br />
<br />
Mas, o que vamos esperar de um país cuja população reelegeu os ladrões que nos roubam há 12 anos? Será que teremos que desistir de lutar por mais educação, mais informação, mais verde, mais vida? Ah,acho que são as trevas que "eles" querem...ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-34349501629927566792014-06-23T23:24:00.004-03:002014-06-23T23:49:33.768-03:00Revoluções “de cima pra baixo”<i>Caros amigos do blog,</i><br />
<i>Estamos com diversas denúncias de cortes de árvores a fazer e com pouco tempo. Prometo em breve publicá-las aqui. </i><br />
<i>Quero abrir agora um parênteses para refletir sobre a perigosa situação que nosso país vive. Segue um texto para reflexão e para deixar registrado aqui. </i><br />
<i>Agradeço a todos, desde já, pela paciência na leitura e possível compartilhamento em suas redes sociais e emails.</i><br />
<i>Abraços,</i><br />
<i>Gabriel</i><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><u>Revoluções “de cima pra baixo”</u></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> O
povo brasileiro está há bastante tempo acostumado a “terceirizar” as grandes
mudanças do país para pequenos grupos que estão no poder. Vejamos,
resumidamente, alguns casos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<h3 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;">Após
diversos movimentos contra a exploração de nosso território pelos portugueses durante
o século XVIII, Dom Pedro I faz diversos acordos e promove uma “independência”
de Portugal em 1822, mantendo diversos privilégios do país europeu sobre sua
ex-colônia, inclusive com a permanência da família real de origem portuguesa no poder.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"> Ao
longo do século XIX diversas revoltas populares localizadas clamavam pela
República. O Exército Brasileiro, insatisfeito com sua relação com o segundo
reinado, resolve ele mesmo promover o “golpe da República” em 1889,
supostamente cumprindo uma vontade popular, mas tomando para si os privilégios
de comandar o País.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"> Na
chegada aos anos 1930, notando diversas insatisfações país afora com os
governos da chamada Primeira República,
Getúlio Vargas reúne seu grupo de apoiadores e toma o governo à força, sob
desculpa de ser um governo "popular" (populista, na realidade), para implantar, logo após, uma ditadura
inspirada no fascismo italiano que duraria bastante e instituiria, inclusive, o
embrião do DOPS e a dura repressão aos seus opositores, com ampla censura à
imprensa, negando ao povo brasileiro o direito à informação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"> Em
1964, vendo a insatisfação de parte da população com o governo de João Goulart
e o perigo da implantação do comunismo no Brasil, em plena Guerra Fria,
novamente os militares se travestem de “defensores do povo” e tomam o poder,
não o largando por mais de 20 anos e instituindo a tortura e o terrorismo de
Estado como mecanismos oficiais de eliminação das oposições. As liberdades de
imprensa e de manifestação são novamente eliminados no Brasil.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"> No
início dos anos 80, já desmoralizados, os militares resolvem, eles mesmos, fazerem
uma “abertura política”, com ampla anistia, supostamente “em nome do povo”.
Demorou, mas aos poucos os brasileiros reestabeleceram seus direitos políticos
e sua liberdade de expressão, </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">mesmo sob um governo praticamente "nomeado" pelos militares (cujo ex-presidente, José Sarney, até hoje manda no Brasil, indiretamente)</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: small; font-weight: normal;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"> Junho
de 2013, após quase 30 anos da volta da democracia, a população brasileira saiu
às ruas em massa, demonstrando clara insatisfação com a má administração dos
atuais governos, com a corrupção e a baixa qualidade dos hospitais, dos
transportes públicos, das escolas, etc. frente aos altos gastos com a Copa do
Mundo de 2014. O governo petista, com alto viés autoritário oculto em seus
quadros partidários, resolve colocar nas ruas suas milícias (os pseudo “movimentos
sociais”, denominados Black Blocks, PCC, MST, MTST, CUT, etc.) para promover
atos de violência, tomando para si as manifestações e assustando o povo, que parou
de protestar de forma espontânea, como ocorria um ano atrás.<o:p></o:p></span></span></div>
</h3>
<h3 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></h3>
<h3 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"> Maio de 2014, às
vésperas da contestada Copa do Mundo, com o povo já anestesiado pelo espetáculo
do futebol, o governo petista institui, em silêncio, a Política Nacional de
Participação Social – PNPS (Decreto nº 8243), a qual dará poder total aos
tais “movimentos sociais (desde que sejam alinhados com o governo, é claro,
diga-se de passagem). E mais golpes vêm por aí, com plebiscitos para mudar a
constituição e excrescências do gênero.<o:p></o:p></span></span></h3>
<h3 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"> </span></span></h3>
<h3 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"> Novamente os
brasileiros estão sendo vítimas de uma “revolução de cima pra baixo”, como
tantas outras. As vítimas serão, como nas outras pseudo-revoluções, a verdade,
a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão e de manifestação. Porque
nós, cidadãos de bem, trabalhadores e bem informados, não fomos ouvidos e
seremos calados. Como sempre aconteceu, apenas os “companheiros do poder” serão
chamados a opinar e governar, recebendo altos privilégios em troca, como sempre
receberam. Determinados setores serão privilegiados. Quem pertencer a eles
sobreviverá. E os que se opuserem?... Verão a volta do DOPS?<o:p></o:p></span></span></h3>
<h3 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
</h3>
<h3 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><br /> </span></span><span style="background-color: transparent; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;">Embora todos saibam que eu sempre fui um legítimo “anti-PT”, faço aqui um mea culpa: eles não "reinventaram a roda", ou seja, não inventaram este tipo de golpe. De fato apenas estão reeditando algo com que o povo brasileiro está acostumado desde seu descobrimento: a viver e conviver com a mentira. O brasileiro gosta de ser enganado e o está sendo novamente. Se não evitarmos isso, veremos a história se reeditar, talvez de uma forma pior do que antes.</span></span></h3>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
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<o:p></o:p></div>
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<o:p></o:p></div>
<h3 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></h3>
ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-51451900652262559072014-02-12T12:15:00.001-02:002020-04-27T17:16:31.272-03:00No Água Verde: edifício residencial destrói árvoresNos últimos anos tem havido um desrespeito muito grande pelas árvores em Curitiba. Temos relatado aqui alguns casos, que estão longe de ser isolados. A destruição está tornando-se uma rotina, apesar de poucos perceberem. Os cidadãos, em suas vidas atribuladas e com pouco conhecimento sobre a importância da preservação ambiental - tanto no "campo" quanto nas cidades, diga-se de passagem - podem até não reparar. Mas todos estão sentindo o verão mais seco e quente das últimas décadas. Geralmente meses chuvosos, em 2014 estamos vivendo, nos dois primeiros meses do ano, uma terrível seca tanto no Sul quanto no Sudeste do Brasil, afetando nossos sistemas de abastecimento de água e energia - fundamentais para a sobrevivência humana. Tudo isso, é claro, é consequência de décadas de degradação ambiental em todo o Planeta. Vale dizer que os desequilíbrios climáticos não ocorrem apenas aqui no Brasil, mas no mundo todo. No entanto este tópico não trata de detalhar tais desordens mundo afora. Estamos relatando um caso isolado, porém que se liga a inúmeros outros que estão tornando nossa Curitiba mais árida. Este é o retrato do desrespeito às árvores, que refrescam o clima nas cidades, atraem pássaros e as tornam mais bonitas. As fotos são tristes e falam por si mesmas. (O TEXTO CONTINUA APÓS AS FOTOS)<br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1ipNe0gBfuN5hCtbKUL4hUlPLkdckjEPrjjDoajsJNO7Ois9sJSGq4OIoINtaTiWZsepzHtfQhpphGV-xdSoIpHz8ImPHXpR6qJzedphJyRBzCCXYw5yZ_ETuGY9Ckx72m0vMb2GuCnw/s1600/72MuriloAFerreira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1ipNe0gBfuN5hCtbKUL4hUlPLkdckjEPrjjDoajsJNO7Ois9sJSGq4OIoINtaTiWZsepzHtfQhpphGV-xdSoIpHz8ImPHXpR6qJzedphJyRBzCCXYw5yZ_ETuGY9Ckx72m0vMb2GuCnw/s1600/72MuriloAFerreira.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Edifício na Rua Murilo do A. Ferreira, 72 - Água Verde, Curitiba. Foto: GOOGLE<br />
Reparem nas duas árvores do jardim, como ainda estavam lindas e sadias.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXJVHbBkYKXEKTFaYC54PGCxIHNIaio0437EMMNIQEmJ2PJCRidfFNGe425anwYxUNd4k04HDZPQXlKYG-chU40fX-cjwVKkWylVdv-C0UKubNy9DEbLYxzI5evpaAi3Ob17CguvGtChY/s1600/300120142259.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXJVHbBkYKXEKTFaYC54PGCxIHNIaio0437EMMNIQEmJ2PJCRidfFNGe425anwYxUNd4k04HDZPQXlKYG-chU40fX-cjwVKkWylVdv-C0UKubNy9DEbLYxzI5evpaAi3Ob17CguvGtChY/s1600/300120142259.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px;">Edifício na Rua Murilo do A. Ferreira, 72 - Água Verde, Curitiba. Foto:AUTOR.<br />
A destruição estava em andamento no final de janeiro</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHvQWA91CS_g_9CDDZx1r_BmATmq7rZek9S_01rXcAlkoYG-8iP2rEEuaY92f08Z6Hxpkd7Fn6CQCttwM2JFcsebESWPSoFCCM1ZpdicCueW-apaIzLT9PNmm-B3x9JmIO7t73b3jlqH0/s1600/050220142292.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHvQWA91CS_g_9CDDZx1r_BmATmq7rZek9S_01rXcAlkoYG-8iP2rEEuaY92f08Z6Hxpkd7Fn6CQCttwM2JFcsebESWPSoFCCM1ZpdicCueW-apaIzLT9PNmm-B3x9JmIO7t73b3jlqH0/s1600/050220142292.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Edifício na Rua Murilo do A. Ferreira, 72 - Água Verde, Curitiba. Foto:AUTOR.<br />
As árvores já haviam sido destruídas.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJJSFbSRjrs2KyWU8Nxw6UeSVbgd9Vhtslvg4rHvVVVHwAdY0bnRNqaAQXD4vMA7ZrUN6wFgK9Ilua1W6-Nt0_BuzVdx-rupTT-fweGKbrhqpIbcmUlt3mn4suDR44U_TNqHyw8zb03As/s1600/050220142291.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJJSFbSRjrs2KyWU8Nxw6UeSVbgd9Vhtslvg4rHvVVVHwAdY0bnRNqaAQXD4vMA7ZrUN6wFgK9Ilua1W6-Nt0_BuzVdx-rupTT-fweGKbrhqpIbcmUlt3mn4suDR44U_TNqHyw8zb03As/s1600/050220142291.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Edifício na Rua Murilo do A. Ferreira, 72 - Água Verde, Curitiba. Foto:AUTOR.<br />
Isto é o que restou da linda paineira. Lamentável.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSKZE0G9IpPm5caPfTJTnRheoIKVDkMVMGCOw4aee2-7ah2gFNc3pw4I7XJipZFBpdmxttF8wKpOGhbfozUOOoPGQblWmKZCb9y4HpgyLqbnv9n2F9_lSWsWMVAPZ02H1IWEGs7xvW3pk/s1600/050220142290.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSKZE0G9IpPm5caPfTJTnRheoIKVDkMVMGCOw4aee2-7ah2gFNc3pw4I7XJipZFBpdmxttF8wKpOGhbfozUOOoPGQblWmKZCb9y4HpgyLqbnv9n2F9_lSWsWMVAPZ02H1IWEGs7xvW3pk/s1600/050220142290.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Edifício na Rua Murilo do A. Ferreira, 72 - Água Verde, Curitiba. Foto:AUTOR.<br />
Para completar os proprietários ainda colocaram fogo no que restou desta lindíssima árvore. Pra quê tanto ódio?</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Semanas atrás, durante a ação do corte das árvores, indaguei um funcionário do prédio, que varria a serragem, sobre se havia autorização da prefeitura para isso. Ele respondeu que sim, e ainda disse, com indiferença, que as árvores estavam "condenadas". Esta tem sido a desculpa para inúmeros cortes indiscriminados por Curitiba afora. Esta cidade não é a mesma, definitivamente. O título de "capital ecológica" deveria ser retirado peremptoriamente de Curitiba, pois a mesma não o merece, visto a forma que trata sua vegetação, seus rios, seus parques, etc. Conforme relatado neste e em outros blogs, até araucárias sadias estão sendo cortadas. Somente em janeiro tivemos notícias de cinco ou mais ocorrências! Isso porque a araucária é protegida por Leis municipais, estaduais e federais, por ser árvore em claro risco de extinção!<br />
<br />
As duas árvores já deviam estar ali antes do edifício ser construído e para isso foram previstas até adaptações na grade, para abrigá-las. Nota-se que os edifícios mais antigos preservavam muito mais. Achei que este caso seria mais um exemplo de preservação. Mas tornou-se um mal exemplo... Além do mais, pelo tamanho do prédio, é mais provável ele cair sobre as árvores do que o contrário. A moderna engenharia consegue conter raízes (as próprias fundações dos edifícios são mais profundas que as raízes das árvores). Por tudo isso (e muito mais), o corte não se justificava. Mesmo plantando-se outras espécimes (o que eu duvido), quantas décadas demorarão para proverem a mesma sombra, atraírem o mesmo número de pássaros, purificarem a mesma quantidade de ar? A perda de uma árvore antiga é algo inadmissível nos dias atuais.<br />
<br />
Por outro lado eu pergunto o que as crianças moradoras deste belo edifício irão pensar? Que educação ambiental terão? Provavelmente crescerão pensando que árvores existem para ser cortadas. Existe grande probabilidade de tornarem-se adultos inimigos da natureza, como seus pais devem ser, por aprovarem ato tão vil.<br />
<br />
Enfim, vivemos uma época de inversão de valores. Só valoriza-se o consumo exacerbado, a indecência, as músicas mal tocadas, a natureza destruída, o concreto, o dinheiro... O ser humano se distancia da sua essência, que é a própria natureza, quando deveria religar-se a ela com urgência!<br />
<br />
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: por favor, compartilhem este e outros textos no Facebook e, se puderem, também denunciem na <a href="http://www.central156.org.br/" target="_blank">Central 156 da Prefeitura de Curitiba</a>. O endereço da ocorrência está nas fotos. Quem sabe com a pressão dos internautas conscientes possamos reverter este quadro. Obrigado a todos!<br />
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ATUALIZANDO ESTA NOTÍCIA EM 27/04/2020 : 6 anos após a primeira denúncia, o mesmo prédio continuou destruindo o verde, conforme vocês vão ver nas fotos abaixo. Pelo visto desde então a prefeitura não fez nada, nem multou, nem exigiu plantio de novas árvores e ainda autorizou mais um corte! Parece que eles estão "curtindo com a nossa cara". Ou pelo fato do prédio ser "de alto padrão", eles pagam e conseguem a autorização...Eu realmente não sei o que acontece. No país da impunidade tudo é possível. E a sensibilidade dessas pessoas sobre o que é qualidade de vida é zero! As árvores valorizam as ruas, os imóveis, melhoram o clima (barrando ventos e sol, atraindo pássaros, etc.). Só que estes moradores, pelo visto, preferem viver em um deserto, sem árvores, sem vida. Eles lutam para eliminar a vida. Isso não é somente neste caso, ocorre aos milhares. Infelizmente os que amam as árvores são minoria. Vejam as fotos da calçada agora 100% sem árvores. Ainda alguém colocou uma placa neste último toco. Uma iniciativa de conscientização muito boa, espero que faça algum efeito.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh06JCWC_xxtRH0FBJYapsg9Ibs-qMpPGUsFfQJKJbAz2T74tMBNq7nNdhSWGdLQOMxwmKTnn9vMm6SFRUK7q4BDdSrp-E8QNQAtHC0TPA5lJZ57EOa38pr7Qp6ohElGUIo1tx7Iv1X7mg/s1600/20200426_171731.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh06JCWC_xxtRH0FBJYapsg9Ibs-qMpPGUsFfQJKJbAz2T74tMBNq7nNdhSWGdLQOMxwmKTnn9vMm6SFRUK7q4BDdSrp-E8QNQAtHC0TPA5lJZ57EOa38pr7Qp6ohElGUIo1tx7Iv1X7mg/s320/20200426_171731.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipbN5tnEoqycAM_Da9oY72UfGG4IxLrPGoVF20brY9FUPrTcJlAec2udCzzllqKekYdKCvvxok4aE9Uce2Ine1L2QCH4tB4V0-xaYhQrcIf_EzIyG-8cCdkudqwBYD3S7mKQgJDSWR1_E/s1600/20200426_171734.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipbN5tnEoqycAM_Da9oY72UfGG4IxLrPGoVF20brY9FUPrTcJlAec2udCzzllqKekYdKCvvxok4aE9Uce2Ine1L2QCH4tB4V0-xaYhQrcIf_EzIyG-8cCdkudqwBYD3S7mKQgJDSWR1_E/s320/20200426_171734.jpg" width="240" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ78RrffOT4tPUlsGhcY7MwI_38-XDhDpKZhZ5GyFdJ7tAlXNWU1foW2804sbMeXFNvcJnyaXE7yTGXZxR56vjl_Ol8ZK5Imuih1ML7sGZoZgHDSAmMZs4j6InRwB_wfuXG6GfAT_MV_k/s1600/20200426_171735.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ78RrffOT4tPUlsGhcY7MwI_38-XDhDpKZhZ5GyFdJ7tAlXNWU1foW2804sbMeXFNvcJnyaXE7yTGXZxR56vjl_Ol8ZK5Imuih1ML7sGZoZgHDSAmMZs4j6InRwB_wfuXG6GfAT_MV_k/s320/20200426_171735.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUPZYTbucrLOh5hOu6vwgB74Nxt2vkfdxyfBOBDphTskD4KWRY6niQLOBI26FfyJW-Es4unIp2NSIuXLCqC9zO9CYz_SK65UQmAbutqHxYsPgiNj_GEbbeeaOmopR-9cpYIo2E8E21YpU/s1600/20200426_171747.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUPZYTbucrLOh5hOu6vwgB74Nxt2vkfdxyfBOBDphTskD4KWRY6niQLOBI26FfyJW-Es4unIp2NSIuXLCqC9zO9CYz_SK65UQmAbutqHxYsPgiNj_GEbbeeaOmopR-9cpYIo2E8E21YpU/s320/20200426_171747.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNNQWDDXEAs-nLl4LkgdKiWa3RLu5iFStZqsxPVjqORNOfo51YKT5mdtIDDuXjb0lsiej6r65vXd6x6kD_hHTA64NltGiXKEvG5xOIiwQunUBF1OLbdA_XrMbKScvYoT5LmUr88oo2uDM/s1600/20200426_171749.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNNQWDDXEAs-nLl4LkgdKiWa3RLu5iFStZqsxPVjqORNOfo51YKT5mdtIDDuXjb0lsiej6r65vXd6x6kD_hHTA64NltGiXKEvG5xOIiwQunUBF1OLbdA_XrMbKScvYoT5LmUr88oo2uDM/s320/20200426_171749.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiko3WReU-5FCLT50SHRFxWMkEj0mM1uiqqRYmHHPh-DghnNt17cwTRfwMLNc_hGRfDQzBhDVqIpeI7go28ITNZ8vkc5MRGI9lhPrLOKsfd56ECbulhymMbvprZFpUYfiUX1ZxmU6T1h2s/s1600/20200426_171755.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiko3WReU-5FCLT50SHRFxWMkEj0mM1uiqqRYmHHPh-DghnNt17cwTRfwMLNc_hGRfDQzBhDVqIpeI7go28ITNZ8vkc5MRGI9lhPrLOKsfd56ECbulhymMbvprZFpUYfiUX1ZxmU6T1h2s/s320/20200426_171755.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxKOd0_lqZ6DHf5D9kZeHQ71VNyJ1HGjsgXalDsI-ALsxWDXsHemyb2vJ9EUmMnBjOwQj_o0ypMLXwSanqcLfG3nvhJtlF1I3kV327xKeqk-CYyvNR0xG6rt4uJmRGPOkzlXTM07RwT70/s1600/20200426_171757.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxKOd0_lqZ6DHf5D9kZeHQ71VNyJ1HGjsgXalDsI-ALsxWDXsHemyb2vJ9EUmMnBjOwQj_o0ypMLXwSanqcLfG3nvhJtlF1I3kV327xKeqk-CYyvNR0xG6rt4uJmRGPOkzlXTM07RwT70/s320/20200426_171757.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqcS9gwu9zffQ40Ct4JFZSXx1Qqe0_eqHULCBsLFYU3BnPc0Afg34tlzfoE_2S9zptCnMUoSH7oCpm-foNlcABZ47n_Aa838aSjUjRXgryc1HLrAayr6c5vXSe-zJx5VK5OCEIAqHlGAE/s1600/20200427_145551.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqcS9gwu9zffQ40Ct4JFZSXx1Qqe0_eqHULCBsLFYU3BnPc0Afg34tlzfoE_2S9zptCnMUoSH7oCpm-foNlcABZ47n_Aa838aSjUjRXgryc1HLrAayr6c5vXSe-zJx5VK5OCEIAqHlGAE/s320/20200427_145551.jpg" width="240" /></a></div>
<br />ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-55283310519780968632013-12-01T20:28:00.000-02:002013-12-02T14:30:26.489-02:00Dia da Árvore macabro em Curitiba<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Era dia 21 de Setembro deste ano (sei que este blog está um pouco atrasado!), o Dia da Árvore e início da primavera quando, caminhando por uma das principais avenidas de Curitiba, a República Argentina (no bairro Água Verde), ali pelo número 1215 me deparo com a seguinte cena "macabra", que vocês podem visualizar nas fotos abaixo:</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeOkSxpH6teCqBuKmb58cpW9DcNOapuoQP15Tb2OfPI0BR0MPORy7RCaHOBVsj_Y0vkRhv9i8GPEPy6l4u0oxydFzxDHOjfhkMdkN2nYZ2sOGyHArjt39zN3F4Z3AkknTCN9_Tszfyl8A/s1600/210920132023.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeOkSxpH6teCqBuKmb58cpW9DcNOapuoQP15Tb2OfPI0BR0MPORy7RCaHOBVsj_Y0vkRhv9i8GPEPy6l4u0oxydFzxDHOjfhkMdkN2nYZ2sOGyHArjt39zN3F4Z3AkknTCN9_Tszfyl8A/s320/210920132023.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbh6k88StVCxTkL36us1lA0UhBP8c_Fp1ToblCyZpH7gqSiycGKrDtOL_iRfTbqnZmW2jctQ9HshlYZjYMXyKs61L8I2yXP328ct9B0MQDYC1ItAVJLunlStlg4iE3nk2SF8fJpmz0HCY/s1600/210920132024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbh6k88StVCxTkL36us1lA0UhBP8c_Fp1ToblCyZpH7gqSiycGKrDtOL_iRfTbqnZmW2jctQ9HshlYZjYMXyKs61L8I2yXP328ct9B0MQDYC1ItAVJLunlStlg4iE3nk2SF8fJpmz0HCY/s320/210920132024.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlvc5hMigzYb3vH7JQMKJivhvAcZulWVw2-2cZQaGkSN27h9IiDvv9Nmp383h5XkB4tYuCW5hJYM4ztxbdjRVejydTYfZNDoOpf5EL5Z4toEhQufu3Eq-NtDDUbqNv5S9MNDcbXsyt_kk/s1600/210920132027.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlvc5hMigzYb3vH7JQMKJivhvAcZulWVw2-2cZQaGkSN27h9IiDvv9Nmp383h5XkB4tYuCW5hJYM4ztxbdjRVejydTYfZNDoOpf5EL5Z4toEhQufu3Eq-NtDDUbqNv5S9MNDcbXsyt_kk/s320/210920132027.jpg" width="320" /></a></div>
As imagens "falam" por si mesmas, mas caso alguém não consiga visualizá-las, trata-se de uma cena cada vez mais comum em Curitiba (e sei que, infelizmente, em muitas cidades brasileiras), que é a "poda drástica" de árvores, justamente quando elas estão mais frondosas, floridas, lindas, como foi este caso ocorrido na Auto-Escola das fotos acima. Ironicamente esta violência aconteceu justamente na data em que, simbolicamente, temos que lembrar da importância, cada vez maior, da preservação das árvores em nossas cidades tão áridas.<br />
Vemos às dezenas estas cenas por diversas ruas da cidade, principalmente em bairros um pouco mais distantes do centro (que não é o caso acima, ocorrido em local de grande movimento), talvez pela baixa fiscalização. O cidadão simplesmente se acha "no direito" de privar as outras pessoas de uma agradável sombra na calçada da via pública, de privar os pássaros de suas moradias e de sua alimentação... enfim, nos privam de belíssimos espetáculos da natureza, relegando apenas esqueletos secos e horrendos, verdadeiros filmes de terror.<br />
O pior de tudo é que nossa população em geral parece cada vez mais indiferente a tudo isto. Pessoas insensíveis e ignorantes talvez achem "certo" fazer isso. No caso das fotos acima, era caso dos alunos se recusarem a permanecer matriculados nesta instituição de ensino para o trânsito, por não aguentarem um visual tão macabro, justamente na pista de aulas, onde estas árvores inclusive propiciavam uma boa sombra e maior conforto aos candidatos a carteira de motorista!<br />
Os "podadores drásticos" podem alegar que as árvores causam "sujeira", com as folhas que caem no chão. Pois eu digo que isso é natural e degrada-se com o tempo, além de alimentar a terra. Sujeira de verdade são as garrafas de plástico, latas de alumínio, papéis,etc. que o ser humano joga das janelas dos carros e ônibus nas ruas, nos terrenos baldios, etc. Esta sujeira nunca se degrada. E ninguém parece se importar com nossas cidades cada vez mais emporcalhadas!<br />
É sabido que, após certa idade, fica cada vez mais difícil para a árvore se recuperar de uma poda drástica. Se fossem feitas podas sob supervisão técnica, eliminando-se galhos maiores e mais perigosos, que possam atingir fios de eletricidade, etc. é aceitável. Mas deliberadamente deixá-la sem folhas para respirar é maldade pura e certeira.<br />
Enfim... estes fatos me entristecem cada vez mais. A impressão que temos é que as árvores estão mesmo perdendo em Curitiba, outrora "cidade modelo" em preservação ambiental e arborização, hoje não mais. Quando não são cortadas para construírem shoppings, concessionárias de veículos, etc., elas têm todos os galhos sacrificados ou mesmo quando são mudas recém plantadas pela prefeitura, são quebradas por vândalos (ou serão os mesmos que as odeiam quando grandes?).<br />
Em época de mudanças climáticas, quando o conhecimento humano chegou a níveis tão avançados e a informação está ao alcance de todos, a impressão que fica é que a população brasileira só prioriza fazer compras, andar de carro, ganhar dinheiro e nada mais, importando-se quase nada com suas cidades, que vão ficando abandonadas, cheias de lixo, sem árvores, sem vida; enquanto essas pessoas refugiam-se dentro das prisões dos condomínios ou shoppings, adornados com arbustos baixinhos, horríveis, sem função ambiental nenhuma; enfim, sem conteúdo algum, como essas pessoas são, essa é a verdade!ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-61135194148318077672013-09-22T22:07:00.000-03:002014-02-11T11:42:39.543-02:00E o símbolo de Curitiba vai desaparecendo...<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQzYsP4kN1gvhtvJqPyR0Oyrl2yJFAHLMjhvg66ZdFjC-gPPbjO0Z-0U0Y2mJx8p-m3__mj71WVgZ80tJxxl18QNq2VUxyAvnzjjFHRStdZhfRiXkGy0hPW1KMhje_vvpyNTomRajfOsc/s1600/Kennedy-1656_2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQzYsP4kN1gvhtvJqPyR0Oyrl2yJFAHLMjhvg66ZdFjC-gPPbjO0Z-0U0Y2mJx8p-m3__mj71WVgZ80tJxxl18QNq2VUxyAvnzjjFHRStdZhfRiXkGy0hPW1KMhje_vvpyNTomRajfOsc/s320/Kennedy-1656_2011.jpg" height="145" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Av. Pres. Kennedy, 1656 - foto do Google em 2011</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWZsDE33mlhaO_Wo-1paDvk5q8BR6FFgStCRUd6mncIwhyhfLRy35juw7Iaj6iMELHdxxNOcHfD9hsOyzvy5PM_tLOr_3K3fJa_UlXwoi9TsKcfVtAGO3Hq32PMP7NCWeexQm-BvPRKgw/s1600/DSC_0672.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWZsDE33mlhaO_Wo-1paDvk5q8BR6FFgStCRUd6mncIwhyhfLRy35juw7Iaj6iMELHdxxNOcHfD9hsOyzvy5PM_tLOr_3K3fJa_UlXwoi9TsKcfVtAGO3Hq32PMP7NCWeexQm-BvPRKgw/s320/DSC_0672.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Av. Pres. Kennedy, 1656 - foto do autor em 2013</td></tr>
</tbody></table>
Reparem nas duas fotos acima, pois elas falam por si mesmas. A primeira, obtida através do Google Street View, mostra duas três araucárias sadias, em uma esquina da Av. Presidente Kennedy, no bairro Água Verde, em Curitiba. A segunda, tirada neste ano, mostra as mesmas árvores totalmente secas. Poderia ser uma exceção, uma coincidência, mas não é. Este tipo de atitude tem acontecido por toda a cidade de Curitiba - cidade que possui a araucária estampada em seu brasão.<br />
<br />
Com toda a certeza não é uma "doença" comum que vêm atingindo uma das árvores em maior perigo de extinção do Brasil. Esta doença chama-se "bicho-homem" e é notória a ignorância das pessoas em matar os últimos exemplares do único pinheiro brasileiro, o qual sustentou tantas gerações de paranaenses, catarinenses, gaúchos e paulistas com a venda de sua madeira, proveniente de desmatamentos indiscriminados que ameaçaram a belíssima conífera sul americana.<br />
<br />
A prefeitura de Curitiba também tem se mostrado complacente com esta verdadeira tragédia que ocorre na cidade, pois não toma nenhuma providência - embora a araucária seja protegida por leis municipais e estaduais. Após a 'doença' atingir as árvores, as mesmas têm seus cortes criminosamente autorizados pelo Poder Público. E isso se repete em construções de prédios residenciais, concessionárias de veículos, etc.<br />
<br />
É uma pena isso acontecer na antes denominada "capital ecológica". Nos anos 80 e 90 Curitiba ainda dava exemplos ao Brasil e ao mundo de como o desenvolvimento urbano podia conviver com as áreas verdes, com o meio ambiente preservado, enfim. Hoje os moradores da cidade atacam as árvores impunemente e a prefeitura corrobora tais ações inadmissíveis em tempos de mudanças climáticas tão graves. Será isso decorrente da falta de cultura do brasileiro em geral, da falta de educação que só aumenta entre a população? Falta educação ambiental, principalmente. Não sei explicar, porque não há razão para tanta destruição. É muito triste isso. Tirem suas próprias conclusões.<br />
<br />
Aqui vão mais alguns endereços onde araucárias "sumiram" em Curitiba. Os nomes dos estabelecimentos não serão mencionados, para que o Google não pense que estou fazendo propaganda deles. Sugiro pesquisar na internet os locais para que vocês constatem os absurdos:<br />
<br />
- Concessionária de veículos na Av. Presidente Kennedy, 3878 (Portão) -> três araucárias "sumiram" para dar lugar a espaço para exposição de um carro(!!) no jardim;<br />
- Concessionária de veículos na Av. Mario Tourinho, 1212 (Campina de Siqueira) -> uma araucária na frente da loja primeiro "secou" (como a das fotos acima) e depois desapareceu, para dar lugar provavelmente a apenas um veículo;<br />
- Concessionária de veículos na Rua Mateus Leme, 1875 (Centro Cívico) -> prefeitura autorizou a derrubada de várias araucárias centenárias para a construção da loja, alegando estarem "doentes"...<br />
- Sede de importante órgão federal, na Rua Sandália Manzon, 210 no Bairro Santa Cândida -> diversas araucárias centenárias que ornavam o jardim do edifício "sumiram" - será que por tratar-se de órgão do governo eles também "podem tudo"? Ok, as concessionárias de veículos também podem, como notamos acima.<br />
- Restaurante italiano na Avenida Silva Jardim, 2487 (Batel) - uma araucária localizada na parte de trás, no estacionamento do restaurante, está seca, denotando que isso foi feito propositalmente.<br />
- Restaurante japonês na Rua Carneiro Lobo, 720, esquina com Av.Visconde de Guarapuava (Batel) - uma belíssima araucária no jardim do restaurante está secando aos poucos também. Ela era sadia antes da abertura deste estabelecimento.<br />
<br />
Estes são os casos mais vistosos, mas existem centenas de outros, que relacionarei aqui para que vocês, leitores, acompanhem e denunciem também. Precisamos demonstrar que a população não é 100% conivente com essas práticas e que estamos notando os absurdos que acontecem nesta cidade, os quais não são muito diferentes dos que acontecem em outros lugares do Brasil. Com isso a "capital ecológica" vai, infelizmente, perdendo seu maior símbolo.<br />
<br />
Para finalizar, coloco o brasão oficial de Curitiba e outro desenvolvido pelo movimento <a href="https://www.facebook.com/SalvemosOBosqueDaCasaGomm" target="_blank">"Salvemos o Bosque da Casa Gomm"</a> mais atualizado, de acordo com a realidade atual:<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDu2DqwLE_q_tVQESpFg1zde1U0-nrayfuBpuu2PkPsjQPoPsWVRAwohBm4mBptHG4Vpv2l3XSiITxP_y0q3xkXip1kQh-y5cCI2ftA0_6h-cfWkp3IveWkLzTPfjTbHIcR2y247s9Ovg/s1600/Brasao-Curitiba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDu2DqwLE_q_tVQESpFg1zde1U0-nrayfuBpuu2PkPsjQPoPsWVRAwohBm4mBptHG4Vpv2l3XSiITxP_y0q3xkXip1kQh-y5cCI2ftA0_6h-cfWkp3IveWkLzTPfjTbHIcR2y247s9Ovg/s1600/Brasao-Curitiba.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Brasão de Curitiba - oficial</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPd9d4Hm_YwAz8KyG9vj-p2FK1zbxiLWhE_Hfb_1e5QwxYzgJV_2cZYyxScUORdF5EQhA73LGB345k_0lHb2qY1wYjKriY0eiCnUf4RsSfC4WSUy4Q2piTCjVeQn-J_jCkomE0Q0OBk9o/s1600/994308_427233954064341_1818895629_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPd9d4Hm_YwAz8KyG9vj-p2FK1zbxiLWhE_Hfb_1e5QwxYzgJV_2cZYyxScUORdF5EQhA73LGB345k_0lHb2qY1wYjKriY0eiCnUf4RsSfC4WSUy4Q2piTCjVeQn-J_jCkomE0Q0OBk9o/s320/994308_427233954064341_1818895629_n.png" height="320" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Brasão de Curitiba adaptado à realidade atual das araucárias</td></tr>
</tbody></table>
Abaixo mais um capítulo deste verdadeiro massacre das araucárias, colaboração de nosso amigo Luiz Guilherme Todeschi. Aconteceu recentemente na Rua Francisco Screcim, 43, bairro Ahú, Curitiba, PR. Onde estas pessoas estão com a cabeça? Restam tão poucos exemplares...<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203116448618518&set=a.3423857721626.2161395.1425728291&type=1&theater" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyz_qt6X6zL2skx69wf63ewQdeloQHR36KMy_dm42Nxw_pfIDuaz1FAiRlhIrUIIvFO2muwjom-kPTwHqxeRjB472voOoo34_V9brqdN6TqEzn2vOPh76df4uw0XIIO5yVn4vjQWFVcPc/s1600/1654183_10203116448618518_5080042_n.jpg" height="253" width="400" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203116448618518&set=a.3423857721626.2161395.1425728291&type=1&theater" target="_blank">Araucária cortada em residência na Rua Francisco Scremim, 43 - Ahú - Curitba, PR em 28/01/2014</a>. <br />Para saber mais clique no<a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203116448618518&set=a.3423857721626.2161395.1425728291&type=1&theater" target="_blank"> link</a> (é preciso ser cadastrado no Facebook).</td></tr>
</tbody></table>
<br />ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-8800230800005337512013-08-19T17:08:00.001-03:002013-08-19T17:15:16.521-03:00Morte de tipuana na Rua Guilherme Pugsley (Curitiba)<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;">Hoje ocorreu o corte de uma linda árvore da espécie tipuana, imensa, próximo ao número 1269 da Rua Guilherme Pugsley, também conhecida como "via rápida Portão-Centro" (bairro Água Verde, em Curitiba, PR). A árvore estava visivelmente sadia, como muitas que injustamente são cortadas nesta cidade. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;">Fiquei indignado e quando eu fui tirar algumas fotos, um funcionário da prefeitura (aparentando ser até menor de idade) começou a me insultar, fazendo gestos obscenos e gritando bem alto, de forma agressiva. Além de denotar desrespeito e um cidadão que paga seus impostos (e mantém seu salário), deu para perceber o quanto estes funcionários estão acuados, sabendo que o que fazem é errado e desaprovado por parte da população (principalmente nós, blogueiros defensores do meio ambiente). Mas o que mais se percebia na equipe era orgulho da destruição causada e a vontade de coibir quem se colocasse contra isso.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;">Vejam as fotos (a situação "antes" foi retirada do GoogleMaps e a "depois" eu fotografei hoje durante a execução dos serviços pela Prefeitura Municipal de Curitiba).</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEIdXKpfNG30oCRc1Ehm6Gad_Q1RHjuEfD9pKeQWocK7g1Xobhty5VDxN9vraAxFxsWDyiogELKkNo4uup4N780k6z3JJ9VWEMiuDRxRIo0gqOutAK7EYgzkRjUchU6p39brXHqG6G0k4/s1600/Crime_190813a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEIdXKpfNG30oCRc1Ehm6Gad_Q1RHjuEfD9pKeQWocK7g1Xobhty5VDxN9vraAxFxsWDyiogELKkNo4uup4N780k6z3JJ9VWEMiuDRxRIo0gqOutAK7EYgzkRjUchU6p39brXHqG6G0k4/s320/Crime_190813a.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Como era antes. Fonte: Google Maps</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimwUn_BywVKUWHT3tV1S6c9QoNKv2DxwH4fsjR5uGA0SGJkPmPePfBb2igDlir4RMj7BaL8fbsVLLYUqW3WYcDgtgv9pfg6-QBmEmcgka6yxzo659hErwFEE9tMlZzJgM4eLpeizz9y9I/s1600/Crime_190813b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimwUn_BywVKUWHT3tV1S6c9QoNKv2DxwH4fsjR5uGA0SGJkPmPePfBb2igDlir4RMj7BaL8fbsVLLYUqW3WYcDgtgv9pfg6-QBmEmcgka6yxzo659hErwFEE9tMlZzJgM4eLpeizz9y9I/s320/Crime_190813b.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px; white-space: pre-wrap;">Destruição no Água Verde. Foto do autor (19/08/2013)</span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;">Já registrei na <a href="http://www.central156.org.br/" target="_blank">Central 156</a> uma reclamação, porém estou bastante desiludido com este serviço. Eles não tomam providências e nem mesmo nos respondem. Só nos resta a solidariedade dos colegas que defendem a natureza aqui na internet mesmo.
Antes que alguns venham aqui me criticar, dizendo que "é só mais uma árvore cortada", reitero que a situação é grave e emblemática. Pode ser só uma, porém por toda Curitiba são milhares de árvores sacrificadas diariamente tanto pela população ignorante quanto pela própria prefeitura, que é cúmplice. Estas tipuanas demoraram muitas décadas para crescer e formar os verdadeiros "corredores verdes", como o presente nesta rua. Estes corredores além de darem conforto a motoristas e pedestres principalmente em dias de sol forte (que são comuns SIM em Curitiba desde a primavera até o outono, passando pelo verão), atraem centenas de papagaios, que só conseguem se abrigar nos galhos mais altos. Além disso, tais árvores filtram a poluição do trânsito intenso de veículos que as quatro faixas de rolamento da "via rápida" comportam 24 horas por dia. Se os galhos caem na rede elétrica? Poda técnica é possível e além disso esta rede elétrica já deveria ter sido enterrada há décadas, como é feito nos países desenvolvidos, onde as árvores envolvem as ruas e casas.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;">Toda árvore é importante. Inclusive esta, que foi morta injustamente.</span>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-30265694281942302322013-04-16T18:07:00.003-03:002013-04-16T18:09:41.483-03:00Curitiba:mais lixo, menos árvores<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Observem bem as fotos abaixo: foram tiradas na Rua Brasílio Itiberê, 2803, no bairro Rebouças, em Curitiba. Elas simbolizam bastante o que vem ocorrendo seguidamente na "capital ecológica": cada vez mais árvores sadias são sacrificadas pelos próprios moradores (isso quando a prefeitura não as corta), das formas mais violentas e torpes possíveis. Mas neste caso o proprietário - uma agência de empregos domésticos - se superou: posicionou uma lixeira de forma clara a tentar impedir o crescimento da árvore. Obviamente que ele cortará os brotos que o vegetal - heroicamente - irá soltar no que restou de seu tronco. </div>
Além do fato desta árvore não pertencer ao proprietário do imóvel ali localizado - a calçada é pública, a todos nós pertence - o desfile de horror que ele promoveu sintetiza uma metáfora do que está acontecendo atualmente em Curitiba: o lixo se prolifera cada vez mais nesta cidade. Lixo de todo tipo, que pouco é reciclado. Ao mesmo tempo o verde definha das mais diversas maneiras. Algo muito triste acontece, que a propaganda oficial tenta esconder: a cidade de Curitiba já perdeu, na prática, há muito tempo, o título de "cidade verde". As políticas ambientais que tanto fizeram sucesso nos anos 80 e 90, colocando a cidade em destaque internacional, vão sendo abandonadas aos poucos. Não se recicla mais o lixo, pois a prefeitura - em claro conluio com empresas que coletam o lixo e administram o novo aterro insustentável querem ganhar com a tonelagem. Assim, o pouco de resíduos recicláveis que raros moradores conscientes ainda separam é largado nas ruas para o caminhão do "lixo sujo" coletar. As autorizações para corte de árvores e até de matas remanescentes aumenta significativamente. Até a araucária - árvore símbolo do Paraná e de Curitiba - está sendo dizimada por construtoras e também por moradores que as matam para que sejam cortadas. Ironicamente elegeu-se como símbolo da "copa 2014" em Curitiba uma araucária cheia de bolas. Mais ironicamente ainda é que a linda praça arborizada em frente ao estádio da tal "copa" está para perder todas as suas árvores! <br />
Estas cenas se espalham pela cidade onde o transporte público (que já foi referência internacional também) é abandonado, as pessoas utilizam cada vez mais os carros, que congestionam as vias públicas e poluem cada vez mais o ar. E o poder público só se preocupa em criar uma "cidade espetáculo", com shows de luzes no Natal, pontes inúteis nas grandes avenidas voltadas aos carros, condomínios cafonas que não respeitam o verde, mas que vendem um verde fictício nas propagandas, etc. etc.<br />
Isso tudo demonstra uma clara alienação da população, junto com governos que se servem disso para se autopromoverem e elegerem-se indefinidamente, nas três esferas. Basta ver que no plano federal também abandonam-se as políticas ambientais, destrói-se o Código Florestal e a Amazônia vai sendo rasgada, represada, estuprada.. Enquanto isso o (des)governo diz que somos um "país rico e sem pobreza". Eu não sei aonde, sinceramente. A violência continua, a educação e a saúde estão em péssimo estado... Ah sim, temos grandes estádios de futebol sendo construídos! Para isso temos dinheiro de sobra! Mas aí é assunto para outro artigo. Vejam as fotos:<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeu-BuCv0E3E579i4vFEXXQAdZ23xl0_4Zv5txo5t8TxqX4ip7RUB1Baqrvn4HtuLsl_isL9fMykObeuY8CEg4AI2Q1QC6hR4c8u_kIUCmOAlcrJRTDT5ND6hKo1UMJ5CW8cn8OVNGiPE/s1600/DSC_0070.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeu-BuCv0E3E579i4vFEXXQAdZ23xl0_4Zv5txo5t8TxqX4ip7RUB1Baqrvn4HtuLsl_isL9fMykObeuY8CEg4AI2Q1QC6hR4c8u_kIUCmOAlcrJRTDT5ND6hKo1UMJ5CW8cn8OVNGiPE/s320/DSC_0070.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYg92knU1XC7FUr69EaEwSPB707Akw77PIHAcoDA-h8TL5SCo9YMwL9sCsv07qJdf7yz5jdqthXB8lgVLp9dmzYt4bdmerhyTJ2cnxV7AyzV3G48D0M7VUvcHetR2PdFUY3D6Xt_cgZA/s1600/DSC_0069.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYg92knU1XC7FUr69EaEwSPB707Akw77PIHAcoDA-h8TL5SCo9YMwL9sCsv07qJdf7yz5jdqthXB8lgVLp9dmzYt4bdmerhyTJ2cnxV7AyzV3G48D0M7VUvcHetR2PdFUY3D6Xt_cgZA/s320/DSC_0069.jpg" width="320" /></a></div>
<br />ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-25863081444531937162012-09-14T10:05:00.002-03:002012-09-14T10:05:47.277-03:00Nota sobre as eleições em CuritibaA decência está mesmo em risco no Brasil. Aqui em Curitiba,para os que não sabem, tem um candidato (cujo nome me recuso a mencionar para não fazer propaganda) filho de um apresentador de televisão e dono de um conglomerado local de mídia. Alguns sabem de quem estou falando. É revoltante este apresentador tosco, grosseiro e boçal colocar sua estrutura a serviço de seu filhinho idiota que quer ser prefeito. Isso é abuso de poder. Além do mais, este filhinho do apresentador, que é deputado federal licenciado, votou contra a preservação ambiental, pelo desmantelamento do Código Florestal. Recentes notícias mostraram que seu pai, além de tudo, é madeireiro ilegal na Amazônia. Por aí se vê como a sujeira está totalmente infiltrada em nossa política.<br />
Em breve postarei mais informações sobre a situação ambiental também em Curitiba, que reflete o descaso que ocorre em todo o Brasil.ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-30047768734539366092012-03-24T11:49:00.004-03:002012-03-24T11:51:05.647-03:00FHC defende restrição ao desmateCaros amigos,<br />
Sei que pode parecer muita "falta de imaginação" publicar matérias prontas, tiradas de outros sites, por aqui. Mas eu não poderia deixar de apoiar nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela lucidez com que tratou a questão ambiental, envolvendo esta pressa injustificada pelas mudanças do Código Florestal, mudanças estas que visam favorecer a apenas um setor, o do agronegócio, sendo que os congressistas não ouvem nem a população (que em grande é contra as mudanças) nem a comunidade científica. Para piorar, o debate agora repousa sobre meras questões partidárias, envolvendo até mesmo a Lei Geral da Copa e trocas de favores entre políticos. É muito triste que questões grandes e que impactam toda a população do País fiquem restritas aos interesses de um grupo tão pequeno..Com isso perde-se a oportunidade de criar uma verdadeira "economia ambiental" no Brasil. E nós poderíamos ser vanguarda nisso, dar o exemplo ao mundo! Enfim..fiquem com as palavras de FHC, as quais, neste quesito, eu assino embaixo:<br />
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<h1 style="background-color: white; color: #010101; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 35px; font-weight: normal; line-height: 34px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 4px; padding-bottom: 15px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
FHC defende restrição ao desmate</h1>
<h3 style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 2px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Ex-presidente criticou tramitação do novo Código Florestal no Congresso e uso político da questão ambiental</h3>
<div class="bb-md-noticia-fecha" style="background-color: white; color: #929292; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
23 de março de 2012 | 20h 02</div>
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3128780077059759157" name="noticia" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></a><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;"></span><br />
<div id="bb-md-noticia-tabs" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 29px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div id="barraInteratividade" style="float: left; height: 42px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 635px;">
</div>
</div>
<div class="bb-md-noticia-autor" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 8px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 18px;">
Giovana Girardi, Enviada Especial, Manaus</div>
<div class="corpo" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse ontem ser a favor do desmatamento zero no Brasil. "Já me manifestei a favor. Porque acho que não há por que se aceitar o desmatamento como uma técnica de utilização da floresta.</div>
<div class="bb-md-noticia-extras" style="float: left; margin-bottom: 14px; margin-left: 0px; margin-right: 22px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 290px;">
<div class="bb-md-noticia-foto" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<img alt="'Se é meio ambiente, é uma discussão nacional, não de partido', diz Fernando Henrique Cardoso - Arquivo/AE" src="http://www.estadao.com.br/fotos/fhc(17).jpg" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" title="'Se é meio ambiente, é uma discussão nacional, não de partido', diz Fernando Henrique Cardoso - Arquivo/AE" /></div>
<div class="bb-md-noticia-foto-autor" style="color: #666666; float: right; font-size: 10px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Arquivo/AE</div>
<div class="bb-md-noticia-foto-bajada" style="clear: both; color: #666666; font-size: 11px; margin-bottom: 17px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 10px;">
'Se é meio ambiente, é uma discussão nacional, não de partido', diz Fernando Henrique Cardoso</div>
</div>
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Existem experiências com comunidades extrativistas que demonstram que se pode conviver com a floresta e dar sentido econômico a ela, sem destruí-la. E a Amazônia não é só floresta, pode-se plantar onde não tem floresta, mas onde tem um bem tão grande, é melhor manter a posição mais estrita", afirmou durante o 3.º Fórum Mundial de Sustentabilidade, em Manaus, onde fez uma apresentação sobre os desafios do desenvolvimento sustentável.</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Questionado sobre sua posição em relação à mudança do Código Florestal, disse que "tem de continuar firme. Tem de manter de toda a maneira as restrições para preservar o meio ambiente". Depois, quanto à votação, mandou uma espécie de recado ao Congresso em relação à disputa de partidos que se formou em torno da questão. "Eu tenho medo que a votação seja utilizada para outros fins que não de dizer se é bom ou mau. Nessa matéria acho que a gente tinha de ter uma posição de convergência nacional. Se é meio ambiente, é uma discussão nacional, não de partido."</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
FHC lembrou que desde 1972, quando os problemas do meio ambiente começaram a ganhar destaque, com a conferência de Estocolmo, o mundo avançou na compreensão do problema e na aceitação de que ambiente e crescimento não são discordantes. "Já sabemos que é possível ter desenvolvimento e respeito à natureza juntos.</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
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<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Sabemos o que tem de ser feito e como ser feito. Mas o problema é que isso é urgente. E isso ainda não foi entronizado pela sociedade brasileira nem pelas sociedades de outros países. E ainda não vi muita clareza nessa questão, não há um projeto nacional que entrelace as duas coisas. Não é uma questão se vai ganhar mais ou menos com isso, é um desafio moral, porque o valor que tem nisso é o valor da vida."</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
O ex-presidente também falou sobre as expectativas para a Rio+20. Segundo ele, o foco deveria ser nos problemas ambientais. "A questão social está ligada à questão ambiental, mas tem de fazer essa ligação. Na África, em Durban (na conferência do clima da ONU no ano passado), os africanos insistiram na pobreza, na questão social, e isso vai aparecer no Rio, mas não podemos perder o foco. Se não cuidarmos do ambiente, quem vai pagar o pato são os mais pobres. A questão central é a do efeito estufa, não temos políticas adequadas até hoje em compatibilizar desenvolvimento e respeito ao ambiente. É uma questão moral, e por isso política."</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
FHC comentou ainda sobre a proposta de se substituir o PIB por uma outro tipo de medida que leve em conta o capital natural. Disse que de fato é preciso levar em conta o efeito do crescimento sobre a qualidade de vida. "As pessoas comparam que não crescemos como a China. Mas não precisamos crescer como a China. Nos últimos 10 anos, tivemos um crescimento de 4%, não é tão alto, mas houve uma mudança grande nas condições de vida. Só crescemos 10% no regime militar. São Paulo crescia e a pobreza aumentava" E emendou sobre como isso pode ser relacionado com o momento de crise econômica. "Já que temos o desafio de fazer a economia funcionar de novo, que seja de um modo novo, da economia verde."</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Nesse sentido, ele lembrou que é preciso também pensar com antecipação sobre a necessidade energética, quando questionado sobre o que achava da construção da usina de Belo Monte. "Há 20 anos, 30 anos, teríamos de ter pensado em uma matriz que não precisasse de tantas hidrelétricas com grande inundação, em aumentar a energia eólica, ou fazer uma poupança de energia. Não fizemos isso. E como precisamos de energia para manter um certo nível de crescimento econômico, não tem outro jeito e lá vai Belo Monte.</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div style="color: #464646; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Mas o problema é que se não começarmos a pensar já em alternativas a nossa matriz energética, daqui a pouco precisaremos de outra Belo Monte. A tendência no Brasil é de que é melhor usar o potencial hídrico porque ele é grande, é renovável e é energia limpa. É verdade, mas vamos tentar usar melhor. Se fala muito, mas não se faz. As pequenas quedas d'água, em conjunto, podem ser tão eficientes quanto uma grande usina, mas não fazemos isso. Falamos, mas não fazemos."<br />
<br />
FONTE:<br />
<a href="http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,fhc-defende-restricao-ao-desmate,852515,0.htm">http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,fhc-defende-restricao-ao-desmate,852515,0.htm</a> </div>
</div>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-77520220334110280882012-03-11T11:26:00.001-03:002012-03-11T23:06:29.402-03:00Um exemplo de cidadania em Curitiba:cidadão acorrenta-se em árvore<a href="http://www.blogger.com/goog_1456552886"><img alt="Henry Milléo/ Gazeta do Povo / " src="http://www.gazetadopovo.com.br/midia/tn_280_651_morador_050312.jpg" /></a><br />
<span style="font-size: xx-small;"><a href="http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1230520&tit=Acorrentado-a-arvore" target="_blank">Foto: site Gazeta do Povo - 06/03/2012</a></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acompanhamos durante esta semana o protesto solitário do empresário Carlos Eduardo Andersen, que acorrentou-se a uma antiga árvore da espécie paineira, aqui na cidade de Curitiba, tentando impedir o seu corte criminoso e injustificado, pela prefeitura da cidade. Muitos dirão que este é um protesto "inútil", pois ao mesmo tempo que milhões de árvores são mortas na Floresta Amazônica, por exemplo, pra quê tentar salvar um mero exemplar urbano. Acho válido todo tipo de luta pela preservação ambiental e tenho consciência de que a situação da Amazônia é seríssima e precisa ser abraçada por todos nós. Mas digo, também, que este protesto urbano e solitário é extremamente necessário e parabenizo o cidadão por seu exemplo. É necessário porque esta árvore simboliza sim outras milhões de árvores urbanas que estão desaparecendo silenciosamente em todo o Brasil, não só em Curitiba. A impressão que dá é que elas, infelizmente, "saíram de moda", como eu bem ressaltei em outro artigo publicado neste blog. As pessoas não se preocupam em preservar as árvores de suas calçadas e casas. Quando constroem ou reformam uma casa tratam logo de retirar todo o verde existente ali, nesta aparente "moda" vigente, que dita uma arquitetura "limpa" (sic), geralmente utilizada por pessoas que parecem querer ostentar, ao mesmo tempo, baixo nível de cultura e alto nível de renda em suas edificações, com estilos pra lá de discutíveis. As construtoras não deixam exemplares remanescentes ao construir prédios ou condomínios. O máximo que plantam são palmeiras secas importadas, que sombra nenhuma fazem diante deste calor infernal que vivenciamos.<br /><br />A prefeitura de Curitiba, que se vangloria de administrar uma "capital ecológica", parece ter decretado sentença de morte às árvores que antes faziam desta cidade um local mais agradável e civilizado que outros do Brasil. Silenciosamente (ou não) as motosserras da administração pública colocam abaixo antigas e belas árvores, como a da foto, motivo do protesto do Carlos Eduardo. Árvores que testemunharam o crescimento da cidades, estavam nos locais antes da grande expansão urbana. Os moradores vêm com argumentos injustificáveis, como o da vizinha à arvore motivo de protesto, que afirma que seu portão não fecha direito devido às raízes. Ora, se a cidadã fará uma reforma no portão de qualquer jeito, que adapte-o às raízes da árvore, pois esta estava ali muito antes da moradora construir a casa! Outros reclamam das folhas e flores (que tanto ornamentam as ruas e nos protegem do calor e das chuvas) que caem no chão. Mas reclamar da quantidade de garrafas plásticas, papéis, latas, cigarros, etc. que os humanos jogam no chão, aí ninguém reclama. Isso sim é lixo, que entope bueiros e galerias pluviais, não as folhas, as quais fertilizam a terra, alimentam pássaros, etc. São verdadeiras bênçãos de Deus as folhas e flores das árvores! E os mesmos que reclamam delas são, muitas vezes, os porcos que sujam as ruas com lixo humano, químico e perigoso. Talvez prefiram viver em um deserto cheio de lixo ao invés de um lindo bosque florido. <br /><br />Estas são as contradições de uma humanidade que cada vez mais se afasta da natureza e nem se dá conta que o desconforto provocado por chuvas mais fortes do que o normal, calor e seca prolongados e outros fenômenos são consequência direta da ampla destruição ambiental que os próprios humanos vêm causando!<br /><br />Voltando à prefeitura de Curitiba, vê-se uma quantidade imensa de aprovação de obras que destroem as árvores nativas existentes nos terrenos. Até araucárias (árvore símbolo de Curitiba e do Paraná, protegida por Lei) estão sendo cortadas injustificadamente. Laudos claramente contraditórios, que afirmam que as árvores estão "doentes" (quando visivelmente não estão - elas apenas estão no local onde os proprietários querem construir, ocupando todo o terreno) são expedidos pela municipalidade para a instalação de grandes concessionárias de veículos, como foi o caso de uma na rua Mateus Leme (leiam a reportagem completa clicando <a href="http://www.gazetadopovo.com.br/blog/irevirdebike/?id=1191690&tit=araucaria-e-derrubada-no-centro-civico.-em-seu-lugar-serao-plantados-xsaras-c3-e-c4-pallas" target="_blank">aqui</a>). E outras grandes lojas de veículos que mantinham araucárias anteriores a elas estão matando-as e depois derrubando criminosamente, como visto em uma unidade na Av. Pres. Kennedy e outra na Mario Tourinho. Quem teve a oportunidade de ver as araucárias vistosas definhando aos poucos em meio aos carros sabe do que eu estou falando. Isso fora diversos prédios em construção que derrubam-as amparados nestes "laudos", sem preservar nada. A lista é imensa e não cabe neste espaço.<br /><br />A verdade é que estes agentes da destruição em nome do "desenvolvimento" acham que ninguém está vendo. Mas algumas poucas pessoas como eu ou o cidadão da foto acima vêem sim. Percebemos que há algo anormal, que antes não era assim, pois a cidade cuidava melhor de suas árvores. É só observar os edifícios construídos nas décadas de 70, 80, até 90. Preservava-se as árvores de grande porte em jardins ou áreas comuns. Parece que naquela "época áurea" da Curitiba ecológica (quando as inovações que fizeram a cidade ficar famosa mundialmente foram implementadas), havia um cuidado com a preservação do verde. Hoje está vigente um "liberou geral" discreto, mas que aumenta a cada dia. E ninguém fala nada.<br /><br />As poucas árvores plantadas pela prefeitura nas ruas não possuem a mínima proteção (sem cercas e com tutores muito frágeis) e são frequentemente destruídas por vândalos. Porque isso aumenta também muito na "capital civilizada". Hoje não sobra quase nenhum orelhão, nenhuma árvore recém plantada, sem depredações. Isso sem falar de outros atentados ao patrimônio público e privado. Consequências do grande crescimento das últimas décadas? Pode ser. Mas o que se vê é a falta de educação generalizada dos brasileiros, em conluio com o poder público conivente. Falta de educação ambiental, falta de educação e cidadania em geral. Ao mesmo tempo a propaganda oficial diz que o país está crescendo (até mais que os países desenvolvidos), mas só crescemos quantitativamente. A qualidade de nosso povo, reflexo da falta de educação que o governo deveria ajudar a provê, não cresce nada. Este povo que decepa as árvores em frente a suas casas e depois reclama do calor. Este povo que não usa transporte público ou não sai a pé em pequenas distâncias e depois vêm reclamar do trânsito. Este povo que reclama do rio que transborda e inunda suas casas, mas joga todo tipo de lixo ali. Como mudar essa triste realidade??<br /><br />Por isso os poucos que protestam e tentam chamar a atenção da população e das autoridades precisam ser valorizados. Como o cidadão citado no início deste artigo. Que tenhamos mais "carlos eduardos" pelas nossas cidades!!</span>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-22369373060731417522012-02-26T11:25:00.000-03:002012-02-26T16:46:52.214-03:00Um apelo aos arquitetos e afins (sobre as árvores)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz_xfsY2axv8wgStnBSaRTZv7xfeGG6G0BQU5Bvl7Gfxjzdkh6KdZbsigp858ui3irq3BvRHD44S52s5QxvgUH0m0G7GUuIVBSfhojYw_9UuAJUxFYqlhmbM3L_dBcszOXsWtINIo2WC0/s1600/080220112320.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz_xfsY2axv8wgStnBSaRTZv7xfeGG6G0BQU5Bvl7Gfxjzdkh6KdZbsigp858ui3irq3BvRHD44S52s5QxvgUH0m0G7GUuIVBSfhojYw_9UuAJUxFYqlhmbM3L_dBcszOXsWtINIo2WC0/s320/080220112320.jpg" width="320" /></a></div>
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Em grande parte das postagens deste blog, foram tratadas questões ambientais de ordem nacional e até mundial. Claro que nunca devemos nos esquecer da emergência em que o Planeta se encontra, a qual se deve, sem dúvida, à magnitude dos problemas. Da mesma forma, é óbvio que os grandes problemas resultam de uma série de pequenos impactos, em escala local, em todas as atividades humanas. Portanto o "agir localmente, pensar globalmente" nunca esteve tão em voga como nestes tempos de sustentabilidade.
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Eu poderia debater aqui neste tópico - como já fiz em outros - aspectos da arquitetura sustentável. Sabe-se que este ainda não é, digamos assim, um "tipo" de arquitetura propriamente dito e sequer bem definido. Está em formação, até o momento não passa de um apanhado de sistemas construtivos e formas de projetar os quais, sendo mais ou menos utilizados, transformam uma construção em sustentável (ou não). <br />
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Na verdade a questão que eu quero tratar aqui, mais como um desabafo, é da ausência e até da eliminação das árvores na maior parte dos projetos arquitetônicos desenvolvidos (e executados) hoje em dia no Brasil. Ressalva-se que não quero aqui criticar o trabalho dos colegas, longe disso. Sei que muitas vezes este desprezo quase generalizado pela arborização decorre de falta de visão ou de costume e até influência de clientes mal orientados. Sei que há exceções e parabenizo os profissionais e clientes que valorizam a arborização.<br />
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Também não quero afirmar que o plantio e a preservação das árvores, por si só, definam uma arquitetura sustentável. A sustentabilidade é um conjunto de fatores. Nem quero comprovar cientificamente que o plantio de árvores em nossas cidades vá diminuir o aquecimento global. Sei que encontrarei diversos opositores neste quesito, os quais afirmam que as árvores não mudam em nada nosso clima global. Podem até não amenizar as mudanças climáticas a nível mundial (embora EU acredite que elas ajudem sim), mas é no microclima das cidades que seu papel é mais fortemente percebido. Querem um exemplo prático? As tempestades de verão quando atingem a grande São Paulo (o que não é incomum) são muito mais violentas, causando problemas ainda maiores, nas regiões menos arborizadas da metrópole, como é o caso da Zona Leste. Além de ser a área mais povoada, é a mais extensa e tamanha extensão é, em sua maioria, concretada e asfaltada. O que ocorre é que a maior concentração de calor causada por esta imensa faixa de concreto aumenta a intensidade das tempestades sobre este local. Ao mesmo tempo, a ausência de árvores faz com que a água chegue mais rapidamente ao solo. E este solo, por ser totalmente impermeabilizado, não dá vazão à tromba d´água. Isso leva a enchentes catastróficas, com perdas humanas e materiais significativas. Ninguém fez o cálculo ainda, mas é imenso o prejuízo pago (financeiro e emocional) pela população que não planta árvores! Está aí uma das provas (práticas) do quanto as árvores são importantes para nossas cidades, para nosso povo.
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Eu comentei acima um problema de magnitude relativamente grande, que envolve grandes áreas da maior metrópole brasileira. Mas e no nível micro? São inúmeras as vantagens das árvores no dia a dia das pessoas. Elas aumentam a nossa qualidade de vida, proporcionando uma paisagem mais aprazível, agradável aos olhos e a todos os sentidos de um modo geral, visto o microclima do local onde as casas estão localizadas ser muito mais equilibrado, agradável. É só experimentar caminhar, neste verão tropical brasileiro, por uma rua sem árvores e por outra com. A diferença é sensível. Num horário em que estejamos a 30 graus de temperatura ambiente, sob as árvores o alívio chega a até 10 graus a menos, permitindo elas que caminhemos a agradáveis 20 graus célsius! Por aí vemos a falta de caridade consigo mesmo e também com as outras pessoas quando um morador corta a árvore em frente a sua residência: está ele ao mesmo tempo se privando de um clima melhor e ainda por cima condenando todos os pedestres que ali passam a um calor insuportável! O pior é que esta é uma atitude cada vez mais comuns de norte a sul do Brasil. Atitude execrável, que deveria ser severamente punida pelas prefeituras. Mas estas são coniventes, em sua maioria.
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Continuando com as vantagens das árvores para a população em geral, já foi falado da diminuição da velocidade das águas que chegam ao solo nas tempestades. Podemos também citar a regulação, além da temperatura, da umidade relativa do ar, fator importantíssimos nestes tempos de mudanças climáticas em que, além das tempestades fortíssimas, temos tido períodos prolongados de seca inclusive no verão. Não se pode esquecer também da purificação do ar, da beleza das flores, da atração dos pássaros, da barreira contra ventos que elas formam, da fertilização da terra.. enfim, são inúmeros benefícios que elas nos trazem.
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Alguns alegam os perigos de quedas de galhos sobre a rede elétrica e sobre veículos estacionados. Realmente isto ocorre, porém o plantio de espécies adequadas, com galhos fortes e feita a manutenção periódica (podas técnicas, corretamente supervisionadas), bem como as inspeções dos técnicos da prefeitura, estes transtornos são evitados. Vale dizer que já passou da hora de nossas cidades terem fiação elétrica enterrada. Ela é muito mais segura tanto do ponto de vista da arborização quanto de outros riscos que os fios expostos causam. E a beleza de não termos aquele emaranhado de fios poluindo visualmente as ruas é incalculável. Além de tudo, deixam as árvores em paz. Existem países mais pobres que o Brasil que já adotaram esta solução para a distribuição de energia, telefonia, etc. Por que aqui ainda não?
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Por todos estes diversos fatores é que me entristece cada vez mais os arquitetos, engenheiros e construtoras da atualidade não contemplarem a arborização em seus projetos. Em cada imóvel que é reformado a primeira coisa que se faz é, de forma deliberada e ignorante, cortar todas as árvores. E no caso de construções novas, então.. se no terreno existem árvores, elas raramente são poupadas. Após finalizada a nova casa (ou edifício), não se planta nada além de arbustos baixos (em muitos deles corremos o risco de tropeçar, de tão baixos) ou palmeiras importadas da Indonésia ou outra localidade asiática (sendo que o Brasil é um dos países mais diversos neste tipo de planta). Vale aqui abrir um parênteses: eu não sou contra as palmeiras, definitivamente. Elas até estão em extinção em nossa mata atlântica, devido à extração criminosa do palmito. Mas as palmeiras devem ser plantadas em um contexto, em conjunto com outras árvores nativas do Brasil. Não apenas palmeiras isoladas, como é bastante comum. Nos novos empreendimentos imobiliários parece haver uma "ditadura das palmeiras". Elas sozinhas não proporcionam quase nenhuma sombra e os pássaros não conseguem viver nelas. É necessário resgatar a biodiversidade inclusive em nossos jardins e calçadas, combinando diversas espécies de árvores, arbustos, etc. <br />
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Não se sabe se essa tal "moda" de jardins desprovidos de árvores e erroneamente chamados de "limpos" (e horríveis, diga-se de passagem) é passageira. Espero que seja, porque estão enfeiando por demais nossas ruas, avenidas, estradas. Vale dizer que nos bairros das cidades norte-americanas as árvores são regra, e não exceção. Ao abrir-se novos loteamentos uma das primeiras providências, junto com a pavimentação, é o plantio de árvores. Assim deveria ser aqui no Brasil. E as leis para sua preservação deveriam ser mais rígidas, bem como os incentivos à preservação das existentes (como isenção de IPTU, por exemplo) tinham que ser amplamente divulgadas e utilizadas. Inclusive deveriam propor nas câmaras leis para preservação dos "meios de quadra". São redutos do verde, amplamente arborizados, resquícios dos quintais de antigamente, que muitas vezes estão presentes em áreas densamente povoadas. Os construtoras simplesmente ignoram isto, construindo em toda a superfície possível, eliminando esta biodiversidade tão importante em nossas cidades. Conseguimos construir muito (até aumentando o potencial construtivo), preservando o verde.<br />
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Não é somente nos parques que o verde precisa estar presente. Temos sim carência de parques em nossas cidades e eles são importantíssimos como áreas de lazer e convívio. Basta ver como ficam cheios de famílias aos domingos! Então por que ao invés dos parques estarem na cidade, a cidade não passa a estar dentro do parque? Pensem nisso arquitetos e construtores, antes de projetarem relegando o verde ao segundo plano. Vamos colocar as árvores como prioridade. Vamos lançar a moda dos "jardins biodiversos"! Comentem e divulguem essa ideia. Formemos uma corrente em prol de mais árvores em nossas casas, edifícios, condomínios, empresas, indústrias, ruas, avenidas, estradas, etc.</div>
<br /><a name='more'></a>P.S. recomendo a todos conhecerem o movimento pela preservação das árvores nesta rua em Porto Alegre, RS. Representa bem como a população precisa acolher as árvores:<br /><br /><a href="http://poavive.wordpress.com/2011/07/31/a-rua-mais-bonita-do-mundo/">http://poavive.wordpress.com/2011/07/31/a-rua-mais-bonita-do-mundo/</a> <div>
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<a href="http://poavive.files.wordpress.com/2009/01/goncalo-de-carvalho00009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://poavive.files.wordpress.com/2009/01/goncalo-de-carvalho00009.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-30623739846975989902011-12-01T16:31:00.004-02:002011-12-01T17:40:36.406-02:00Haverá chances para nossas florestas?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMHojNIRta_xqehV1RsbiXyLJbFzdT4aDOeX9MHfw0uVhQXDtTAOrpxgga-PqVAlNEpmBypfworwPNZ_8rVdM-YW_TBv4pjOJyLChu_DN-hnE1EwJrwPoRndLmyjtlTwjKF-fftsiwEpg/s1600/2011-11-24_12-08-27_454.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMHojNIRta_xqehV1RsbiXyLJbFzdT4aDOeX9MHfw0uVhQXDtTAOrpxgga-PqVAlNEpmBypfworwPNZ_8rVdM-YW_TBv4pjOJyLChu_DN-hnE1EwJrwPoRndLmyjtlTwjKF-fftsiwEpg/s320/2011-11-24_12-08-27_454.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5681229645595623042" /></a><br /><br /><span style="font-style:italic;">Nota aos Amigos,<br />Desculpem-me a minha ausência neste blog. Não sei se os "quase 6 leitores" que o blog deve ter sentiram minha falta (risos). Estive estudando muito para minha especialização em Economia e Meio Ambiente, dentre outras atividades. Bem, vamos então retomar os assuntos do momento.</span><br /><br />Como todos sabem, estamos em vias de aprovação das modificações no Código Florestal brasileiro, modificações que estão praticamente em sua totalidade a serviço dos grandes produtores rurais, que são os verdadeiros articuladores deste verdadeiro atentado à biodiversidade brasileira, descaracterizando uma das legislações ambientais mais avançadas do mundo, como já discutimos várias vezes neste espaço. <br /><br />As sociedades, sindicatos, partidos e demais agremiações representativa do agronegócio mais retrógrado existente no mundo estão, infelizmente, muito bem articuladas (talvez mais do que o movimento ambientalista) e utilizando-se de técnicas bastante visíveis de lavagem cerebral para justificar suas mentiras. Utilizam-se, inclusive, do discurso de defenderem o "pequeno produtor rural", quando na verdade estão defendendo a eles mesmos. Ao pequeno produtor interessa a preservação das florestas em sua propriedade ou mesmo próximo a ela, visto depender delas para manutenção da terra fértil, da água abundante, da polinização, dentre muitos outros serviços "gratuitos" que a natureza presta (mas que possuem - e muito - valor).<br /><br />Outra mentira deslavada deste setor da economia que há mais de cinco séculos desmata nossas florestas é o de que eles são praticamente os "guardiões" da alimentação do povo brasileiro, para justificar mais desmatamentos em troca de produção de mais comida. A verdade é que o brasileiro alimenta-se mais da produção das pequenas propriedades, pois nosso prato sempre foi bastante variado. O problema da fome não se deve à falta de terras para plantar e sim à má distribuição de renda e ao desperdício de comida. Felizmente com as tecnologias atuais é possível ampliar a produção agropecuária sem destruir mais áreas com matas nativas. Há muitos campos abandonados pelo Brasil afora e os atualmente em uso podem ter sua produtividade ampliada bastante, inclusive consorciada com florestas próximas, beneficiando-se da biodiversidade e utilizando menos agrotóxicos. A única intenção dos grande http://www.blogger.com/img/blank.gifprodutores rurais é aumentar a exportação de seus commodities, principalmente para o país com maior crescimento econômico e voraz consumidor de recursos naturais, que é a China. Vale dizer que o valor agregado da soja, da carne e outros produtos in natura que são exportados trazem muito pouco valor agregado à economia brasileira, do que se exportássemos produtos tecnológicos ou mesmo produtos agrícolas processados industrialmente. Em suma, o que os ruralistas querem é dinheiro fácil e infinito. Querem garantia de terras para expandir suas culturas sem limite (e o correntão deles <a href="http://www.noticiasbr.com.br/aumentam-os-desmatamentos-na-amazonia-31290.html">aumenta cada vez mais o desmatamento amazônico</a>). Mas não existe crescimento infinito nem crescimento sem sustentabilidade. Tudo tem um limite e um dos limites mais claros da economia são os recursos naturais, os quais se não repostos, se esgotam.<br /><br />Outra grande tática ruralista para justificar a modificação da Lei visando absurdos como diminuir reservas legais, anistiar desmatadores, etc. é dizer que toda manifestação em prol do meio ambiente - mesmo as espontâneas como esta aqui - provém de "ONGs internacionais que não querem o desenvolvimento do Brasil". É um festival de besteiras sem fim. Da minha parte aqui quero esclarecer que eu sou um cidadão brasileiro como você, leitor, que leio e estudo o assunto e tenho consciência da importância das florestas preservadas para nossa própria qualidade de vida e para a manutenção das próximas gerações. Hoje diversos estudos comprovam isto. Quando os portugueses chegaram aqui à América do Sul essa "abundância de mato" que havia no território brasileiro talvez não valesse nada para eles, então a ordem era queimar tudo, plantar, abandonar e ir para outra área que pudesse ser queimada. Infelizmente a nossa classe rural ainda pensa assim, em sua maioria. O que eles querem com esse "Novo Código Florestal" é mais liberdade para fazerem o que criminosamente já fazem. Basta ver estados como Mato Grosso e Rondônia, onde a Floresta Amazônica está quase extinta. E é sabido que se ela chegar a um grau acima de 20% de sua área desmatada, aí sua regeneração será ainda mais difícil. As secas e incêndios que atingem a Amazônia já fogem dos padrões considerados normais em algumas épocas. O desequilíbrio já dá sinais para todos nós há tempos. Mas alguns insistem em dizer que eles não existem e ainda botam a culpa em "uma grande conspiração internacional". É bem capaz que eles atribuam a mim e a outros cidadãos conscientes e indignados o rótulo de "conspiradores internacionais". Bem que eu gostaria, mas não pertenço a nenhuma organização dessas e nem conheço ninguém que pertença. A indignação é geral, grande parte da população desaprova o "novo código".<br /><br />O que há é um grande consenso - até um tanto informal - de que não sobreviveremos se não preservarmos, se não mudarmos nossa forma de pensar, se não modificarmos nossa economia de uma maneira geral, premiando aos que preservam, incentivando o aumento dessa preservação. Um novo código deveria fomentar ações positivas por mais preservação e não mais destruição, como quer irracionalmente a classe rural brasileira, de olho apenas nos lucros, sem considerar as consequências.<br /><br />Mesmo que houvesse essa tal conspiração, não custaria eles ouvirem estes apelos, pois não são ao acaso. O Brasil não é um país isolado no Planeta. Existe a soberania, mas existem tratados e convenções internacionais. Além do mais, se outros países ditos "de primeiro mundo" erraram no passado, desmatando todas as suas florestas originais, nós não precisamos repetir esses erros. Até porque hoje estes mesmos países reflorestam muitas áreas, inclusive às margens de rios, etc., pois sabem da importância estratégica das matas.http://www.blogger.com/img/blank.gif<br />http://www.blogger.com/img/blank.gif<br />Quando da época da escravidão, o Brasil foi um dos últimos países (senão o último) a libertar os negros. Chegou-se ao limite. Naqueles fins do século XIX, a Inglaterra fez bastante pressão para que o Brasil libertasse seus escravos. A mesma classe dirigista alegava, à época, interferências internacionais em nossa "soberania", para justificar a perpetuação deste grande atentado aos direitos humanos. Apenas após muito tempo e com boicotes sucessivos a nossas exportações, verificou-se a eficiência muito maior de uma mão-de-obra paga, motivada e com direitos é que os políticos brasileiros "acordaram" para a importância de abolir a escravidão. Espera-se que na questão ambiental estes senadores e deputados comprados não demorem a perceber a verdade, porque as próximas gerações pagarão caro pela destruição! Aliás, as atuais já estão pagando. Basta lembrar as recentes tragédias no <a href="http://treesforever.blogspot.com/2010/01/folia-de-reis-no-janeiro-mais-chuvoso.html">Rio de Janeiro</a>, <a href="http://treesforever.blogspot.com/2008/11/santa-catarinatragdia-anunciada.html">Santa Catarina</a> e outros lugares.. <a href="http://treesforever.blogspot.com/2009/11/os-sinais-ja-sao-visiveis.html">os sinais são evidentes!!</a>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-89433255102624509132011-07-02T11:17:00.005-03:002011-07-02T12:16:26.187-03:00No Ano das Florestas, autorizada sua destruição<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2wcdK50_kAIM_WR3AeacwXFjy38WDaGghCsS4uGJJkTN_wzW534I4Srt65MxL8-pCsYLf6hauJ2yrpZrvWLTvTZDq8pYbqO1p3TEbBy-xyCrwXRowwneKLXmnDXMu2jSh-gFQfd6kIp8/s1600/090624054009_amazoniaap226fora.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 170px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2wcdK50_kAIM_WR3AeacwXFjy38WDaGghCsS4uGJJkTN_wzW534I4Srt65MxL8-pCsYLf6hauJ2yrpZrvWLTvTZDq8pYbqO1p3TEbBy-xyCrwXRowwneKLXmnDXMu2jSh-gFQfd6kIp8/s320/090624054009_amazoniaap226fora.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5624774069692299938" /></a><br /><br /><br /><br />Já faz mais de um mês, quando, no final de maio, a câmara dos deputados, em Brasília, aprovou o "novo código florestal" brasileiro. Ironicamente estamos no "Ano Internacional das Florestas" e, apesar de todas as comprovadas evidências científicas das tragédias que o desmatamento têm causado e também do amplo clamor popular pela defesa das florestas, os congressistas brasileiros não quiseram ouvir ninguém além do relator Aldo Rebelo e sua corja de ruralistas com a mentalidade mais atrasada que se possa imaginar. Mentalidade esta que remete à época da colonização do Brasil, quando a ordem vigente era “cortar o mato, queimar,plantar e abandonar”. Até hoje tem-se a idéia de que o Brasil é a terra das matas infinitas e ainda atribui-se, infelizmente, a preservação ao atraso. Não é preciso mencionar que este tipo de agricultor – os mesmos que hoje abrem “fronteiras agrícolas” na base da bala, da motosserra, do correntão e do foto no Centro-Oeste e Norte do Brasil, ignorando sua biodiversidade e as leis ambientais – não aprendeu com o esgotamento de diversas regiões antes agricultáveis no Brasil, como foi o caso do Vale do Paraíba (entre SP e RJ), onde a cafeicultura arrasou as terras no século XIX e hoje em dia nem capim cresce. <br />Foi feito um grande movimento de lavagem cerebral – capitaneado pelo relator Aldo Rebelo – para desmerecer o trabalho de tantos anos do nosso movimento ambientalista em demonstrar que a preservação e o desenvolvimento sustentável a todos beneficiam. Nunca ouviu-se tantas besteiras, como desmerecer as Reservas Legais e as Áreas de Preservação Permanentes, alegando que os “países desenvolvidos” nunca as respeitaram e desmataram tudo o que podiam. Mitos como o de que “vai faltar comida ao povo brasileiro” também foram plantados por estes deputados representantes da classe rural mais atrasada do Brasil, dentre muitas outras baboseiras.<br />Primeiramente, não podemos nos basear nos erros dos outros. Se os “países desenvolvidos” desmataram ao longo de séculos suas florestas, hoje eles as replantam, tentando desesperadamente reparar estes equívocos, pois sofrem as conseqüências deste “hiper desenvolvimento” por que passaram. São tornados como nunca vistos antes no meio-oeste dos Estados Unidos, inundações no vale do rio Mississipi; bem como ondas de calor extremo e tempestades que acontecem nos verões europeus, coisa que não se via antes. Vale dizer que a Europa já enfrentou as mais diversas pestes quando da expansão de sua agricultura e de suas cidades da Idade Média em diante. Então, os desastres ambientais estão aí e não são novos. Por que não aprender com eles? <br />Não indo muito longe, aqui no Brasil recente temos inúmeros casos de desabamentos e inundações já bastante <a href="http://treesforever.blogspot.com/2011/03/tragedias-recentes-esquecidas.html">comentados aqui</a> (como no Vale do Itajaí, SC e na região serrana do Rio de Janeiro), intimamente ligados ao desmatamento de encostas de morros e ocupações das margens dos rios. Ambos os casos são previstos com Áreas de Preservação Permanente no código florestal atual.<br />Outra mentira que os ruralistas contam é que o Código Florestal de 1965 já está defasado e que ele foi criado por ambientalistas. Primeiramente ele não está defasado porque é uma lei que foi criada a frente de seu tempo. Os anos 1960 e 1970 foram marcados pelo “desenvolvimentismo” no Brasil, que bradava slogans como “Ninguém segura este país”, “O País do Futuro”, etc. Na época a propaganda governamental era claramente integrada por árvores caindo, demonstrando que o homem estava “colonizando” a Amazônia ou por fábricas soltando fumaça preta no Sudeste, demonstrando que nossa indústria nos levava a sermos um país desenvolvido. Então, uma lei criada para proteção das florestas ia, no mínimo, na contramão daquilo que se passava na época. E sequer havia “movimento ambientalista” no Brasil nos anos 60 (se houvesse seria proibido pelos militares). Este código foi criado, na verdade, por agrônomos, com a intenção de proteger as propriedades agrícolas, que já sofriam com assoreamento, terras inférteis, rios secando, etc. Houve também o componente da “Segurança Nacional”, muito utilizado pelos militares, da manutenção estratégica das florestas para proteger fronteiras, estradas, etc. Mas em suma, o Código Florestal é mais voltado à proteção agrícola do que ambiental propriamente dita (como se as duas coisas se dissociassem, mas não se dissociam). O que foi criado para proteger os ruralistas, eles mesmo querem destruir. <br />Toda esta lavagem cerebral envolvendo a falta de alimentos também é infundada. O mundo produz sim alimentos suficientes para sua população (até em demasia – o desperdício é grande). O fato da fome ainda existir no mundo decorre de má distribuição destes alimentos, em função de diversos fatores econômicos, governamentais, etc. que deveriam ser resolvidos em outras esferas e por diversos países. O aumento da produção agrícola brasileira é perfeitamente possível utilizando-se áreas já desmatadas e aumentando a produtividade nas áreas existentes. Além do mais, os grandes produtores rurais não se interessam em produzir alimentos para o dia a dia dos brasileiros. Seu interesse maior é na exportação principalmente de grãos (a soja como campeão de vendas) e carne, para alimentar a indústria alimentícia da Europa, da China, etc. Se eles puderem, não deixarão “um grão” sequer em terras brasileiras. <br />Quem produz alimentos para a população brasileira é, em sua maior parte, os pequenos e médios produtores. O tradicional “arroz-com-feijão” provém da pequena propriedade. E este preserva, em grande parte, o meio ambiente, por ser fator estratégico para manutenção da fertilidade de sua terra, do fornecimento de água, da polinização, etc. Enfim, os serviços naturais, os quais são gratuitos, têm grande valor econômico. Com o novo código florestal o pequeno produtor poderá, infelizmente, ser desestimulado a preservar as poucas florestas que restam em suas propriedades (importantíssimas como bancos de biodiversidade também). Programas de mata ciliar tão bem elaborados, como foi feito pelo Instituto Ambiental do Paraná ou pela Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo ou também o programa “Produtores de Água”, de Minas Gerais, poderão ser abandonados se o “liberou geral” do novo código vier a acontecer. Enfim, quem preservou não será recompensado, o que vai na contramão de uma Economia Ambiental que deveria já estar vigente. Vale lembrar que no código atual (de 1965) o pequeno produtor já tem certa maleabilidade para manejar sustentavelmente suas reservas legais, até plantando árvores frutíferas, dentre outros usos autorizados. Então os grandes ruralistas e congressistas dizerem que eles estão “amarrados” pela Lei atual é uma grande inverdade.<br />A reforma no Código Florestal seria interessante se incorporassem o componente da Valoração dos Recursos Ambientais dentro dele. Aí sim, criar-se-ia um “mercado florestal” no Brasil, mas um mercado de “florestas em pé”. Quem as preservasse ganharia e isso poderia gerar negociações entre proprietários, governos empresas e até em bolsas de valores. As florestas vivas seriam objetos cobiçados e isso fomentaria o plantio de novas florestas. Conseqüentemente este inútil embate entre ambientalistas e desenvolvimentistas acabaria. Ambos os grupos devem se unir para encontrar soluções economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis. Isso é perfeitamente possível. Não se deve proibir tudo nem liberar tudo. No meio termo está a Eco Economia.<br />Ainda temos o embate no Senado, onde há chances de aprimorar o Código. Na última quinta-feira (dia 30/06/2011) houve um debate entre os senadores e a ministra do meio ambiente que sinalizou possibilidade de revisão da criminosa liberação de APPs para desmatamento, da proteção aos manguezais (que havia sido retirada no novo código por solicitação dos criadores ilegais de camarão no Nordeste) e até questões sobre os incentivos à recomposição florestal. Espera-se que tais debates tornem-se boas notícias ao meio ambiente, em meio a esta tempestade de más notícias recentes, como a do <a href="http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110701/not_imp739200,0.php">aumento do desmatamento em 144%</a> na Amazônia nos últimos meses, até com <a href="http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/937477-ibama-flagra-uso-de-avioes-em-desmatamento-na-amazonia.shtml">uso das armas químicas iguais às da guerra do Vietnã</a> e dos destruidores correntões; bem como as conseqüências das novas usinas hidrelétricas no rio Madeira, que estão trazendo muita destruição à Rondônia, etc.<br />Vamos esperar, estamos de olho e não podemos perder as esperanças!ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-72218734328087242682011-03-29T11:13:00.005-03:002011-03-29T11:53:04.607-03:00Tragédias recentes esquecidas?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKgjqFMlx_Dg9hsiSpoK1AS8tY9MA5z_QjMq3Cy8qp0wZa-mZsY1Qvt1xGHCKPvN08r7nD64inbzDsJire418lGkA8MzvA3y5WeZ4wftxLUc4CB9YlxKbGYD3LOweXQc0LCM0dGBve0RI/s1600/tragedia+Rio+de+Janeiro+2011+-+2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKgjqFMlx_Dg9hsiSpoK1AS8tY9MA5z_QjMq3Cy8qp0wZa-mZsY1Qvt1xGHCKPvN08r7nD64inbzDsJire418lGkA8MzvA3y5WeZ4wftxLUc4CB9YlxKbGYD3LOweXQc0LCM0dGBve0RI/s320/tragedia+Rio+de+Janeiro+2011+-+2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589505480947853042" /></a><br /><br /><br />Caros amigos,<br />Desculpem minha ausência deste blog por tanto tempo. Tenho me dedicado bastante a estudos na área de meio ambiente o que, por incrível que pareça, tem me deixado sem tempo de escrever aqui! Mas pretendo voltar a ser mais constante no blog.<br /><br />Não poderia deixar de comentar sobre as recentes tragédias ambientais que ocorreram no Brasil. Recentes, porém já incrivelmente esquecidas, após o carnaval! Eu nem comentarei sobre o terremoto e tsunami no Japão. Temos que nos solidarizar sim com as vítimas da tragédia no país asiático. Mesmo esta tendo sido causada por questões geológicas, naturais e, portanto, até onde sabemos, sem "autoria" humana, deixou um rastro de destruição e desnudou o perigo das usinas nucleares, estas sim feitas pelo homem e que devem ser repensadas.<br /><br />Voltando ao nosso país, em fevereiro a região serrana do Estado do Rio de Janeiro foi assolada por chuvas intensas, fora do normal, que deixaram a paisagem mais parecida com o resultado de um terremoto ou tsunami japonês. Mas aí sim a tragédia foi agravada (e muito) pelo mau uso que o brasileiro faz da natureza, das áreas que deveriam ser de preservação permanente e são brutalmente invadidas por construções irregulares, que ocupam desde os pés dos morros até seus topos. Falta de consciência das pessoas aliada a um mercado imobiliário ganancioso e aproveitador, fora o desrespeito às Leis. Não é nem necessário dizer que, pelo Código Florestal, as áreas com declividades acima de 45º e também topos de morros são alguns dos casos considerados APPs (Áreas de Preservação Ambiental). Foram justamente em áreas assim que centenas de casas caíram e toneladas de terra vieram abaixo, numa tragédia repetida (em <a href="http://treesforever.blogspot.com/2008/11/santa-catarinatragdia-anunciada.html">Santa Catarina</a> ocorreu exatamente o mesmo em 2008) e prevista. É notório que mesmo as áreas com matas nativas que também caíram, tinham suas bases alteradas pela ação humana. Obviamente que a camada de terra da Serra do Mar, bastante fina e porosa, estava por demais encharcada com água. Mais uma prova de que terrenos assim não devem ser ocupados por moradias humanas. E agora no mês de março o litoral do Paraná sofreu com o mesmo tipo de tragédia, com inundações gigantescas, desabamentos, interrupção de estradas, etc.<br /><br />E justamente proteções importantes como estas dentro do Código Florestal é que a bancada ruralista no Congresso Nacional, liderada pelo deputado Aldo Rebelo, querem eliminar. E as discussões intensificaram-se justamente durante as tragédias. Mesmo assim os deputados e os chamados "setores produtivos" de nossa economia não foram capazes de associar uma coisa a outra. Parece que vivemos em dois mundos diferentes (e de fato Brasilia vive à margem da realidade brasileira). <br /><br />Embora não sejam cumpridas no Brasil, as Leis não são elaboradas por acaso. A questão no Brasil é que a Lei muitas vezes é letra morta por ausência de Políticas Públicas. Estas transcendem as Leis, que são apenas parte delas. Políticas envolvem ações preventivas, envolvimento da comunidade, comunicação, recursos humanos para atender a população, monitoramento de resultados, etc. No Brasil simplesmente cria-se a Lei e deixa-se ao "Deus dará". Com isso grande parte da população nem sabe que as Leis existem é para protegê-las, por isso não sabem cobrá-las dos parlamentares e estes fazem o que bem quiser com elas, revogam, anulam, etc.<br /><br />Por isso não existe uma Política Ambiental efetiva no Brasil, embora tenhamos Leis muito bem elaboradas, das mais avançadas do mundo, dispersas em diversos Códigos (Florestal, de Recursos Hídricos, Resíduos Sólidos, etc.). Está tudo lá, mas a prova de que não se coloca em prática está aí. <br /><br />E o pior é que após a ocorrência das tragédias, o máximo que se fez, como foi visto no Rio de Janeiro, foi isentar as pessoas de pagar contas como IPTU, água e luz por alguns meses. Esta atitude do governo do Rio de Janeiro e do governo federal beira o sarcástico, pois estas pessoas pagarão contas sobre imóveis inexistentes? Elas nem têm mais onde morar, precisariam de muito mais que "isenções temporárias". Vale ressaltar a rede de solidariedade que se formou em todo o Brasil, mostrando que a sociedade tem sim capacidade de mobilização, independente de governos. Então por quê não utilizar esta capacidade para defender nossas Leis e fazer com que sejam cumpridas?<br /><br />Se for necessário modificar o Código Florestal seria com a finalidade de aprimorá-lo de forma a premiar os que preservam as florestas, fazendo a lei passar a ter, além dos mecanismos de comando e controle (que prevêem punição aos infratores), os mecanismos financeiros (de mercado), que incentivam a preservação através de isenções fiscais, possibilidade de venda de cotas florestais, créditos de carbono, etc. Hoje estes mecanismos existem de forma voluntária. Deveriam ser oficiais, fomentando uma "economia ecológica" de fato. Nossas florestas agradeceriam, os produtores rurais lucrariam com suas reservas (não considerando-as mais como "estorvos") e suas lavouras ainda se beneficiariam de terras mais férteis, clima melhor e menos agrotóxicos. Os próprios cientistas da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) disseram que as florestas valem muito mais em pé do que destruídas e que o Código Florestal deveria refletir estes serviços ambientais que elas prestam enquanto vivas. Mas esta não parece ser a mentalidade de nossas "classes produtivas", que ainda estão com mentalidade anterior ao século XIX, em que a ordem era desmatar, queimar, abandonar e ir plantar em outra área. Até não haverem mais florestas. Mas aí talvez nós nem consigamos mais viver por aqui...ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-15433472427094180312010-09-30T10:17:00.012-03:002010-10-05T17:51:00.836-03:00ICMS Ecológico e RPPN : incentivos à preservação<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPAg8JIt-fmG87zSgX0ZuFpUaPCkhMl6B9ZFstQxKJSvYPE-MZoOVvUcnPHpnJuaKihhV6WA8R12jCg8z09MBmjZOUbeSTAm2LN-k59mUP3urP0X41vehqCjgRUCKcawKbbrQMHgdsM9Y/s1600/Guaraquecaba.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPAg8JIt-fmG87zSgX0ZuFpUaPCkhMl6B9ZFstQxKJSvYPE-MZoOVvUcnPHpnJuaKihhV6WA8R12jCg8z09MBmjZOUbeSTAm2LN-k59mUP3urP0X41vehqCjgRUCKcawKbbrQMHgdsM9Y/s320/Guaraquecaba.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5522697288282303186" /></a><br /><br /><br />Muitas vezes somos levados a pensar que no Brasil não há incentivos à preservação de nossos recursos naturais. De fato ainda estamos engatinhando em relação a muitos países, porém existem alguns mecanismos que, talvez por serem pouco divulgados, acabam nos levando a pensar que só há incentivos para os que destroem as matas, poluem as águas, etc.<br /><br />O principal imbróglio a resolver é que quando há degradação ambiental, poucos são beneficiados. Um pequeno grupo lucra com a atividade predatória, seja ela qual for, enquanto toda a sociedade paga um alto preço por isso. É a política "terra arrasada", tão conhecida até hoje na Amazônia e que arrasou, em outros tempos, nossa Mata-Atlântica e muitas outras áreas. Um pequeno grupo de madeireiros e agricultores se beneficia financeiramente, deixando um rastro de destruição, pobreza, a população desamparada e sem acesso à água ou terra de qualidade. É um sistema em que a maioria perde. Principalmente as próximas gerações.<br /><br />Talvez o excesso de burocracia também contribua para que muitos não se encorajem a legalmente preservar o meio-ambiente (e até serem remunerados por isso). A verdade é que - ainda bem - são previsto em lei alguns mecanismos incentivadores da preservação ambiental. Ainda que tímidos e não implantados em todo o território nacional, acho interessante comentá-los para fomentar o debate e incentivar mais pessoas a utilizá-los.<br /><br /><span style="font-weight:bold;"><br />ICMS Ecológico</span><br />Não se trata propriamente de um novo imposto, mas sim do remanejamento de um já existente - o conhecido Imposto sobre Circulação de Produtos e Serviços (ICMS), principal fonte de renda dos Estados da federação. Segundo LOUREIRO (2008), "o ICMS Ecológico é um instrumento que aproveita a oportunidade criada pelo federalismo fiscal brasileiro, qual seja o do repasse de recursos financeiros a entes federados, sem que a instituição que recebe tais recursos perca sua autonomia político-administrativa. Essa oportunidade se ancora no disposto no inciso II, do artigo 158 da Constituição Federal, que define aos Estados poder de legislar sobre até ¼ do percentual a que os municípios têm direito de receber do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços(ICMS)." <br /><br />O primeiro Estado da federação a implantar o ICMS Ecológico foi o Paraná, em 1991. Hoje, mais de uma dezena de Estados brasileiros utiliza o mecanismo com maior ou menor intensidade (e muitos ainda discutem sua implantação), envolvendo o repasse de, aproximadamente, R$ 600 milhões/ano para os municípios que abrigam Unidades de Conservação ou se beneficiam com outros critérios ambientais. A inicitiva paranaense iniciou-se devido ao "engessamento" que muito municípios sofriam, por estarem localizados dentro de grandes áreas protegidas. A introdução do conceito protetor-beneficiário, como forma de modernização das políticas ambientais, veio de encontro com tal impasse, beneficiando a todos. <br /><br />São inegáveis os serviços ambientais (supostamente "gratuitos") que a natureza presta a toda a sociedade, mas demorou-se muito para que isto fosse percebido. Na economia convencional (vigente na cabeça de muitas pessoas até hoje), a natureza servia-se apenas como fonte de recursos (que pensavam-se inesgotáveis) e depositária de resíduos. Com a grave situação mundial que vivemos, percebe-se que a capacidade da natureza de repor estas matérias-primas e de absorver todos os resíduos é extremamente limitada. Então, por quê não pagar pelos serviços que a floresta presta quando intacta, inexplorada, preservada? Aí que reside o princípio do "protetor-beneficiário", diferente do "poluidor-pagador" - também válido, porém mais punitivo e que só é aplicado após a degradação ter sido feita. Introduz-se o mecanismo da prevenção, o qual até em nossa saúde pessoal é a melhor decisão a tomar, pois economiza-se com gastos futuros na cura dos problemas já causados. Prevenindo-se a destruição da natureza, garante-se qualidade de vida às futuras gerações (e até as atuais).<br /><br />O ICMS Ecológico pode ser repassado aos municípios tanto nos casos de proteção à biodiversidade quanto aos mananciais de abastecimento de água. Dentre os casos contemplados, inclui-se Unidades de Conservação, Áreas de Terras Indígenas, Faxinais, Áreas de Preservação Permanente e Reserva Florestal Legal. É inegável a necessidade de parceria do Estado com os municípios e destes com os proprietários de terras particulares passíveis de serem Unidades de Conservação, na modalidade RPPN (Reservas Particulares do Patrimônio Natural). Isso faz com que toda a sociedade seja envolvida, pois não são apenas as reservas federais, estaduais e municipais que contam. Incentiva-se o proprietário rural a ser "produtor de água" ou "protetor da biodiversidade", o que traz resultados positivos até mesmo em sua produção rural local. No próximo tópico comentaremos um pouco sobre as RPPNs.<br /><br />A boa conservação da biodiversidade aumenta o repasse. Através de critérios de cálculos qualitativos, o repasse de ICMS Ecológico aumenta quanto mais preservada estiver a Unidade de Conservação. É como se a área beneficiada aumentasse quanto mais conservada estiver. Tais avaliações periódicas devem ser feitas pela autoridade ambiental local, que no caso do Paraná é o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), em São Paulo é a CETESB, etc. Tal incentivo fez com que entre 1992 e 2000, no Paraná, houvesse um incremento de 1.894,94 por cento em superfície de das unidades de conservação municipais, de 681,03 por cento nas unidades de conservação estaduais, 30,50 por cento nas unidades de conservação federais e terras indígenas e de 100 por cento em relação as RPPN estaduais. Houve ainda melhoria na qualidade da conservação dos parques municipais, estaduais e das RPPNs, segundo LOUREIRO. É uma prova de que este sistema funciona e não onera o estado, pois apenas remaneja recursos já previstos.<br /><br />Iniciativas semelhantes já ocorrem em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rondônia e outros estados brasileiros.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">RPPN</span><br />A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma figura prevista no inciso VII, do art. 14 da Lei Federal n.º 9.985/00, Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), do Grupo de Unidades de Uso Sustentável, que, a grosso modo, incentiva a iniciativa voluntária de proprietários rurais ou urbanos na preservação ambiental. <br /><br />Propondo vantagens como a isenção de imposto sobre a propriedade (ITR ou IPTU), desde que seus recursos naturais estejam intactos, bem preservados, até a possibilidade de beneficiarem-se do ICMS Ecológico, o mecanismo da RPPN permite aumentar as Unidades de Conservação sem que o Estado tenha os ônus com desapropriações, investimentos, etc. Claro que cabe ao Poder Público a fiscalização do cumprimento das metas de conservação e plano de manejo em tais áreas - fundamentais à titulação delas como RPPN.<br /><br />Não deve-se buscar apenas as vantagens econômicas nesta iniciativa particular. Claro que elas são grandes incentivadoras e deveriam ser ampliadas. Mas conta-se muito com a conscientização e o associativismo dos proprietários rurais, visando inclusive melhorar e garantir seu abastecimento de água e suas terras férteis ad aeternun, através da preservação das florestas, as quais formam verdadeiros "corredores ecológicos" integrando a fauna e a flora (daí o papel do Estado como incentivador, planejador e fiscalizador, ao congregar diferentes proprietários dentro do preservacionismo ambiental). Não podemos mencionar também o valor da paisagem cênica, tanto para o turismo quanto para a cultura local. Este aspecto é pouquíssimo valorizado no Brasil – um dos países que seguramente possui as mais belas paisagens do Planeta. O mecanismo da RPPN é fantástico sob todos estes pontos de vista e em Estados como Paraná e São Paulo aumenta cada vez mais a adesão a ele.<br /><br />A titulação da reserva florestal como RPPN é perpétua, demonstrando o caráter de legar essas áreas às próximas gerações. Existem casos - como a RPPN administrada pela ONG SPVS em Guaraqueçaba (PR) - em que aportes financeiros da iniciativa privada permitem que atividades de pesquisa, fiscalização, monitoramento, educação ambiental, turismo rural, etc. integrem-se à RPPN, gerando empregos e tornando-a útil e melhor conservada durante todo o tempo. São modelos a serem copiados e ampliados. Todo o planeta e toda a sociedade ganham com isso.<br /><br />Para que mecanismos como os dois descritos acima ampliem sua abrangência ainda há um longo caminho a percorrermos. Os Estados precisam diminuir a burocracia e aumentar a eficiência em credenciarem essas áreas, bem como fazerem melhor divulgação para que a população e as empresas SAIBAM que podem ganhar, sendo parceiros da preservação ambiental. É um bom começo e torcemos para que estes caminhos se abram cada vez mais, pois punir os agentes após a destruição ter-se consumado é necessário, mas não é a única solução. Prevenir ainda é o melhor remédio!<br /><br /><br />FONTES: <span style="font-weight:bold;">LOUREIRO, Wilson</span> ICMS Ecológico, uma experiência brasileiro de pagamento por serviços ambientais - SOS Mata Atlântica/The Nature Conservancy - Belo Horizonte, 2008<br /><br /><span style="font-weight:bold;">LOUREIRO, Wilson</span> ICMS Ecológico - A consolidação de uma experiência brasileira de incentivo a Conservação da Biodiversidade , Disponível em <a href="http://ambientes.ambientebrasil.com.br/unidades_de_conservacao/artigos_ucs/icms_ecologico_-_a_consolidacao_de_uma_experiencia_brasileira_de_incentivo_a_conservacao_da_biodiversidade.html">http://ambientes.ambientebrasil.com.br/unidades_de_conservacao/artigos_ucs/icms_ecologico_-_a_consolidacao_de_uma_experiencia_brasileira_de_incentivo_a_conservacao_da_biodiversidade.html</a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">ESTATUTO ESTADUAL DE APOIO À CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM TERRAS PRIVADAS NO ESTADO DO PARANÁ</span>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-56817006099945214212010-08-27T18:16:00.003-03:002010-08-27T19:11:58.655-03:00Vivemos um grave crise de percepção<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGZoCPFNeqdYwRaJTCg_FO9LV23TCTYe5LzbxsrkvCqbOhxEJykljg-zHfJzX1oxxVeSNOOMl32M6-pJJL8xZ_SyADvs3ak7DiCUw1wMBvO3kmcH5oxe8VihGZKgR7QmoGioV2Qa9I95A/s1600/incendio-florestal5.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 212px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGZoCPFNeqdYwRaJTCg_FO9LV23TCTYe5LzbxsrkvCqbOhxEJykljg-zHfJzX1oxxVeSNOOMl32M6-pJJL8xZ_SyADvs3ak7DiCUw1wMBvO3kmcH5oxe8VihGZKgR7QmoGioV2Qa9I95A/s320/incendio-florestal5.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510215835220505218" /></a><br /><br /><br />O pouco que eu sei sobre o que o cientista Fritjof Capra denominou uma "Crise de Percepção" que, segundo ele, o mundo atual vive, percebo que aqui no Brasil está mais que exacerbado do que nunca.<br /><br />Vivemos uma gravíssima crise ambiental e a percepção do povo brasileiro (refletido em seu irresponsável governo) é que nada demais acontece. Inclusive toma-se decisões exatamente na direção contrária.<br /><br />Alguns podem achar que é excesso de pessimismo do autor deste blog (que inclusive ficou um tempo sem escrever aqui tamanho o baixo índice de melhora que se vê na área de preservação ambiental no Brasil).<br /><br />Como eu sempre digo, temos muito pouco o que comemorar. Vamos voltar um pouco desde o início do ano. Tivemos os desmoronamentos de encostas devido às gravíssimas chuvas no sudeste em janeiro, conforme vimos em <a href="http://treesforever.blogspot.com/2010_01_01_archive.html">São Luís do Paraitinga(SP) e Angra dos Reis(RJ)</a>. Em junho as chuvas atingiram o nordeste do país, deixando mais de 40 mil desabrigados. O mais interessante é que tal volume de chuvas ocorreu em uma região notoriamente seca, mesmo sendo na ironicamente denominada "zona da mata". Ironicamente porque mata não mais existe ali e atribui-se cabalmente a submersão das cidades ao desmatamento ao longo de rios e morros nestes 500 anos de Brasil. O ciclo da cana-de-açúcar do Brasil colonial acabou e deixou este rastro de destruição. Que falta que faz a floresta nativa e ninguém percebe isso!<br /><br />Agora neste "inverno" de agosto, as temperaturas em todo o Brasil estão acima da média (só para situramos, hoje faz cerca de 30 graus em Curitiba, cidade que era denominada a "capital mais fria do Brasil") e as florestas brasileiras dramaticamente queimam de norte a sul. O estado campeão da motosserra, Mato Grosso, deve se orgulhar também que é primeiro lugar em queimadas. Junto com ele, Pará, Acre, Rondônia, Tocantins e muitos outros estão em chamas. Nem mesmo com os problemas respiratórios das pessoas fazem com que elas percebem a falta que as florestas preservadas fazem! Será que nem mesmo com uma cidade quase inteira destruída pelo fogo em Mato Grosso (Marcelândia) vai fazer a população acordar para a preservação ambiental? Não é apenas a falta de comida que mata! E a falta de água também será uma das conseqüências deste verdadeiro ataque à nossa natureza.<br /><br />E os ruralistas devem estar comemorando (aliás, estes incêndios estão longe de terem características de "causas naturais" - o que eles terão a dizer?), depois de aprovarem em comissão do congresso o assassinato do Código Florestal, afrouxando suas leis e anistiando quem destruiu até hoje. Uma reforma "tiro no pé", pois sem água, terra e ar de qualidade em breve produtor rural nenhum conseguirá plantar.<br /><br />Estas entidades agropecuárias, junto com alguns políticos inescrupulosos como Aldo Rebelo, fazem de tudo para distorcer a realidade, aumentando ainda mais esta "crise de percepção". Eles tentam levar a população a pensar que nós, ambientalistas, somos contra o desenvolvimento, somos pagos por "organizações internacionais" (quem me dera) para atrasar o desenvolvimento do Brasil, etc. É um profusão de inverdades que beiram o ridículo, pois provas científicas de que o planeta não agüenta mais tamanho abuso não faltam! Os recursos naturais são finitos e a capacidade de reposição planetária há muito se esgotou, portanto preservar é fundamental à nossa sobrevivência.<br /><br />Da mesma forma os "desenvolvimentistas" instalados em Brasilia nos empurram usinas hidrelétricas totalmente desnecessárias, que inundarão imensas áreas da Floresta Amazônica e nem gerarão quantidade suficiente de megawatts durante todo o ano, como é o caso de Belo Monte (além do que, com o desmatamento intenso a tendência é que a vazão dos rios diminua mesmo). Fazem tudo sem licitação e sem consultar as populações locais - as mais atingidas. Agem como nos governos militares, ignorando o fato de que um mosaico de energias renováveis poderia ser instalado por toda parte, utilizando recursos abundantes como resíduos, vento, sol, etc. Os investimentos seriam menores e o meio-ambiente seria poupado. Novamente vemos a crise da percepção, pois nossos políticos não têm a capacidade de enxergar que o mundo mudou, as tecnologias mudaram, que há alternativas viáveis e sustentáveis. Querem continuar fazendo tudo da mesma forma que sempre fizeram!<br /><br />A crise da percepção se dá também na forma do povo enxergar seus dirigentes. Não conseguem ver que estão sendo enganados por este partido que está aí - não só na área ambiental - e que estamos caminhando a passos largos para uma ditadura de partido único, com grave ameaça à liberdade de imprensa. Um povo sem imprensa é um povo sem voz. Como reivindicaremos melhorias na saúde, na educação e no meio-ambiente, se nem mesmo dentro desta crise estupenda que vivemos conseguimos? Ainda temos a imprensa para nos informarmos. Sem ela só saberemos o que acontece diante das tragédias. E mesmo com elas, para muitos é difícil perceber...<br /><br />Na propaganda governamental vivemos um país quase perfeito e sem problemas. Estas mentiras, repetidas milhares de vezes, tornam-se verdades aos olhos do povo.<br /><br />Como fazer o povo perceber o que acontece diante de seus narizes??ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-28303372485579805962010-06-27T09:42:00.007-03:002010-06-27T10:21:09.117-03:00O fundamental cuidado com os Recursos Hídricos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJh2azAUzPnkHpQWEpTTfcknvG8m3AE4kfM72SB4ioeHwbqfpy8j-GUh_BT0nOkqWrOEYkd0TYlX4s8XVf4qwWLATpPK5tUmOTZSLG-5L6bBLW91BT3ilP49uXKpBYdpVPDJXGwCNvCgw/s1600/recursos_hidricos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJh2azAUzPnkHpQWEpTTfcknvG8m3AE4kfM72SB4ioeHwbqfpy8j-GUh_BT0nOkqWrOEYkd0TYlX4s8XVf4qwWLATpPK5tUmOTZSLG-5L6bBLW91BT3ilP49uXKpBYdpVPDJXGwCNvCgw/s320/recursos_hidricos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5487439724690712674" /></a><br /><br /><br />Já passou da hora de cuidarmos melhor dos recursos hídricos de nosso Planeta. <br />Á água, bem fundamental à vida na Terra, que já fora considerada, num passado não muito distante, como bem livre e amplamente disponível, é cada vez mais considerada um bem escasso, raro, e que começa a ter valor econômico. Ela deveria, de fato, ser muito mais valorizada do que é atualmente, tanto pelas pessoas quanto por governos. Podemos entender a água como o "sangue da terra", sendo que seu estado demonstra a saúde de nosso planeta. E todos sabem que vivemos em um planeta doente.<br /><br />Vamos a um rápido panorama da disponibilidade deste recurso essencial em nosso planeta. Sabe-se que o maior volume de água disponível(97,5%) está nos oceanos e mares e é salgada. A dessalinização da água do mar, é sabido, ainda é um processo caro e, por isso, geralmente inviável. Nas calotas polares e em regiões subterrâneas de difícil acesso encontramos outros 2,49% da água doce. Infelizmente a exploração dessas águas gera altos custos, não existindo, muitas vezes, tecnologias adequadas para tanto. Resta, então, pouca água que pode ser realmente utilizada para potabilidade: apenas 0,007% de água doce do planeta está presente em rios, lagos e na atmosfera, sendo de fácil acesso para a captação e consumo. Da água doce tecnicamente “disponível” para as pessoas usarem, apenas uma proporção minúscula (0,4%) é encontrada na superfície da Terra, em lagos, rios, zonas úmidas, no solo, na umidade do ar, em plantas e animais. O restante da água “disponível” (30,1%) está em aqüíferos e ainda sabemos muito pouco sobre esses recursos, por estarem em áreas de difícil acesso para estudo e exploração. <br /><br />Através destes dados acima, conclui-se facilmente que um dos principais problemas concernentes à água é sua distribuição, além, é claro, de sua contaminação pelo homem. O pouco de água acessível para uso nós estamos poluindo. Tal poluição está intimamente ligada com a indisponibilidade do recurso. É isto que leva quase 1 bilhão de pessoas em diversas partes do mundo a estarem atualmente sem acesso à água em quantidade e/ou qualidade minimamente necessárias à sobrevivência. Da mesma forma que a distribuição dos alimentos é desigual entre os diversos povos da Terra, situação semelhante ocorre com a água.<br /><br />O Brasil orgulha-se de ostentar o título de detentor de entre 12% e 18% da água doce mundial. No entanto, 72% desta água está na Amazônia, região distante dos grandes centros urbanos. Além disso, é preciso desmistificar estas afirmações sobre abundância, tão comuns por aqui. O brasileiro sempre foi levado a achar que temos infinitas matas, rios, etc. Mas este pensamento acabou com a mata-atlântica, da qual restam menos de 7% ainda em pé, em mais de 500 anos de exploração excessiva. E com isto, milhares de espécies animais e vegetais sumiram sem sequer serem estudadas. Este mesmo pensamento está levando a Floresta Amazônica para o mesmo caminho, devido à ânsia dos ruralistas em "expandir a fronteira agrícola brasileira" a qualquer custo. Até quando eles vão conseguir plantar, sendo que profundas alterações climáticas já estão em curso no mundo todo, alterando ciclos hidrológicos, prejudicando a terra, etc.? É comprovado que, se chegar a menos de 30% da cobertura original, a Floresta Amazônica não mais se sustentará, entrará num ciclo irreversível de savanização, com queima rápida e incontrolável da floresta, pois a própria massa vegetal é o que mantém as condições ideais de umidade e a temperatura (e, por conseguinte, também os rios) necessárias à sobrevivência da floresta. Já presenciamos uma imensa seca em diversos rios amazônicos no ano de 2005. Isto pode ser um prenúncio de algo pior que pode estar por vir.. Mesmo assim, as leis ambientais não se aplicam no Brasil e nosso governo faz todos os esforços para construir imensas usinas hidrelétricas (ações típicas dos governos militares dos anos 70), que inundarão áreas gigantescas, mudando curso de importantes rios, eliminando populações tradicionais e levando mais hordas de aventureiros para pilhar a floresta em busca de dinheiro fácil e deixando um rastro de miséria e destruição por onde passam. Um ciclo que vem desde os anos 70 e que provou ser insustentável tanto economicamente quanto ecologicamente.<br /><br />Não se pensa em um planejamento econômico-ecológico, estudando-se as vocações de cada área, bem como um planejamento energético que leve em conta um mix de energias renováveis (solar, eólica, etc.), bioenergias (à base de resíduos vegetais, industriais e urbanos), com gerações localizadas, sem necessidade de grandes e dispendiosas obras em locais distantes dos grandes centros consumidores. Poder-se-ia suprir as necessidades energéticas do país limpando-se nossos aterros sanitários e nossos rios ainda por cima, mas isto é assunto para um outro artigo, focado no tema energético.<br /><br />Voltando à questão hídrica, é notório que, junto com a destruição das matas, vão-se as águas. As florestas têm papel importante como produtoras e/ou conservadoras dos recursos hídricos. A grande densidade das folhagens evita que as chuvas carreguem detritos que assoreiam os rios (e que os próprios pingos "cavem" as margens), reduzindo a velocidade com que as águas chegam ao solo, mantendo, também, a constância da velocidade dos rios. Rios assoreados, com margens desmatadas e grande volume de detritos alcançam imensas velocidades no fluxo das águas, causando tragédias como a que estamos presenciando no Nordeste nestes dias. A zona da mata nordestina era antiga área de mata-atlântica, desmatada desde o Brasil colonial. Chuvas acima da média (em uma região geralmente seca) aliadas à grandes áreas sem nenhuma cobertura vegetal fizeram as águas carregarem tudo o que existia em seu caminho. Não é a primeira tragédia deste tipo no Brasil e infelizmente não será a última. Já vimos, recentemente, <a href="http://treesforever.blogspot.com/2008/11/santa-catarinatragdia-anunciada.html">inundações gigantescas em Santa Catarina</a>, em <a href="http://treesforever.blogspot.com/2010_01_01_archive.html">São Paulo, no Rio de Janeiro</a>. E as causas são, em geral, as mesmas : desmatamento, mudança de uso e/ou impermeabilização do solo, mudanças climáticas que aumentam a intensidade das chuvas (causadas também pelo homem, devido à poluição atmosférica), etc.<br /><br />Regulamentações para proteger o meio-ambiente (e em específico as águas) não faltam. O Brasil promulgou em 1997 a Lei 9433, estabelecendo a Política Nacional de Recursos Hídricos que, junto com as Leis Ambientais, dariam, ao menos no papel, toda a proteção necessária a rios, lagos, etc. Muitos instrumentos valiosos, como a outorga (autorização para captação de determinada quantidade de água ou mesmo para o despejo controlado de dejetos), ainda são pouco utilizados. A cobrança pelo uso da água, prevista na Lei, foi até hoje muito pouco usada. Praticamente apenas as bacias do rio Paraíba do Sul (em SP, RJ e MG) e a do Piracicaba, Jundiaí, Capivari (SP, MG) fazem uso, ainda tímido, deste instrumento. Esta lei prevê que os recursos provenientes da cobrança - que por sinal é irrisória - sejam aplicadas na própria bacia hidrográfica, em investimentos visando protegê-la, melhorá-la ambientalmente. De certa forma, na bacia do Paraíba do Sul, estações de tratamento de esgoto têm sido instaladas, como na cidade de São José dos Campos(SP), por exemplo. É um caminho que deve ser seguido por todos. Vale ressaltar que, na Alemanha, a cobrança pelo uso da água gerou uma onda de investimentos particulares (principalmente industriais) em controle de poluição nos últimos 30 anos que promoveu a limpeza e a devolução da vida a diversos rios já considerados mortos. Esta ação até liberou diversas empresas do pagamento da taxa sobre a água. Isso demonstra que tal "taxa" não deve ter o caráter punitivo de diversos impostos. Ela tem um caráter educativo e reformador. Da mesma forma, seu destino (de ser investida na própria bacia hidrográfica) deve ser respeitada, tomando-se o cuidado de não ocorrer algo muito comum aqui no Brasil: que a taxa vá parar em um "caixa único", tendo suas funções desviadas e deixando-a á mercê da corrupção ou do mera função de cobrir outras despesas governamentais.<br /><br />De qualquer forma, quem preserva as florestas deve ser recompensado por isso. Deve haver pagamento por "serviços ambientais". Ainda não existe um grande mercado para os bens e serviços ambientais que sirva para determinar o seu valor. Por exemplo, não existe mercado para os serviços intangíveis que a floresta produz (beleza cênica, conservação da biodiversidade, regulação da produção de água, etc). Então como determinar seu valor? Criar soluções alternativas que permitam incorporar o seu valor nas análises econômicas. Algumas iniciativas começam a ser feitas, como programa "Produtores de Água", do governo de São Paulo, que vai remunerar produtores rurais que conservem a mata ciliar, as florestas nas nascentes, etc. É um começo e isso deve ser expandido. Premiar ao invés de punir. Este é o melhor caminho, por engajar toda a sociedade.<br /><br />Na contramão de tudo isso, os deputados, apoiados pelos ruralistas e por alguns <a href="http://treesforever.blogspot.com/2009/04/canal-de-tv-faz-campanha-contra.html">veículos de mídia</a>, tentam desmantelar o Código Florestal, inclusive diminuindo exigências de preservação de mata ciliar (em volta dos rios). Parecem não enxergar todas as tragédias que já aconteceram e continuam acontecendo justamente pela falta que essas matas fazem aos rios. Não dá para entender este país. Deveríamos dar o exemplo. Não interessa se os "países desenvolvidos" desmataram todas as suas reservas. Hoje eles tentam recuperar. E nós queremos acabar com o que temos ainda preservado. Em troca do que?ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-61517909519654666412010-03-28T11:37:00.004-03:002010-03-28T21:24:24.311-03:00O reflorestamento necessário<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj-PEWt7Y-9LVwLFRhra7tIP6KCAAuhwnUN3s-GUbyjTTPGuFk1OIBoMfYWZbu35kfIkjRL3QsaQT-K_nGJxx-oeApAHOf5alAGG4tVm1VGQn4jJSm2JsalcHu2c6BCltEU2cV12pC7HM/s1600/degradado.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj-PEWt7Y-9LVwLFRhra7tIP6KCAAuhwnUN3s-GUbyjTTPGuFk1OIBoMfYWZbu35kfIkjRL3QsaQT-K_nGJxx-oeApAHOf5alAGG4tVm1VGQn4jJSm2JsalcHu2c6BCltEU2cV12pC7HM/s320/degradado.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453844622974266322" /></a><br /><br /><br />A importância das florestas na manutenção do Planeta Terra é inegável. Não estou falando nem do seqüestro de carbono que elas realizam diariamente - importância recentemente questionada devido ao fracasso da COP-15, em 2009, e aos esforços da maioria dos países em manter a poluição nos níveis atuais, devido a um medo injustificado de "não se desenvolverem mais" (como se para se desenvolverem precisassem apenas poluir - mas esta discussão fica para outro artigo).<br /><br />O que quero ressaltar aqui, dentre muitas outras vantagens, é que as florestas, de uma maneira geral, realizam diversos "serviços", muitas vezes imperceptíveis, mas importantíssimos à segurança e manutenção da vida na Terra. Para citar alguns exemplos : controlam a erosão e a perda dos solos (principalmente em encostas); evitam a desertificação; mantém os níveis dos cursos d´água (não deixando que os rios nem sequem e também não extrapolem seus níveis, o que causa inundações); controlam pragar urbanas e na agricultura (através da manutenção da biodiversidade e do equilíbrio ecológico); melhoram o microclima (evitando aquecimentos e tempestades extremas, como é comum acontecer na área mais impermeabilizada da Grande São Paulo, por exemplo) e até mesmo protegem populações contra ventos fortes, criando barreiras naturais contra eles. Além destas, muitas outras vantagens podem ser enumeradas aqui. Como podemos reparar, a purificação do ar, através da retirada dos gases tóxicos, nem mesmo fora mencionada (apesar de ser uma destas vantagens).<br /><br />Já vê-se diversos efeitos desta superexploração na mais diferentes regiões do Planeta. Recentemente tempestades de areia praticamente apagaram Pequim da visão de seus habitantes. Tal areia é proveniente de desertos bastante distantes desta grande metrópole chinesa. O fato é que tais desertos vêm aumentando ao longo das décadas, devido à destruição de praticamente todas as florestas nativas chinesas, seja para expansão agrícola ou industrial. A ausência dos ecossistemas tem aumentado as regiões arenosas consistentemente. Da mesma forma as Filipinas arrasou com suas florestas nativas e hoje sofre com inundações sem solução. E não precisamos ir longe, para ver que a tragédia catarinense de 2008, com as chuvas acima do normal, foi agravada devido à ocupação desordenada de encostas e beiras de rios, outrora ocupados pela mata-atlântica nativa, a qual continha a terra. Da mesma forma a alta taxa de impermeabilização e ausência de verde na Grande São Paulo causou mais de 40 dias de inundações somente nesta ano de 2010 (sem contar os outros anos). E os exemplos não parariam por aí...<br /><br />Infelizmente a humanidade quase nunca considerou tais vantagens na hora de explorar as florestas. Apenas o valor econômico imediato da madeira e do uso posterior do solo fora considerado ao longo dos séculos. E deu-se uma exploração desmedida dos recursos florestais, em muitos lugares levando-os à exaustão. A verdade é que o ganho com a exploração de madeira é efêmero, imediatista. Pode-se ganhar muito em pouco tempo, mas a mentalidade de "terra arrasada" não deixa nada a ser feito depois. Uma exploração sustentada, através de selos certificadores como FSC ou CERFLOR, para citar alguns exemplos, é o início. Através destes, garante-se que as árvores foram manejadas de forma a manter a floresta em pé e evitar extinção em massa de espécimes (sem contar, também, a questão social que envolvem). Mas ainda há muito a ser feito. No Brasil é uma ínfima porcentagem das florestas que são exploradas corretamente.<br /><br />Além disso, apenas 3% das florestas mundiais são plantadas, perfazendo menos de 10% da produção madeireira (dados de 2000), mostrando que ainda consumimos - e muito - madeiras exploradas ilegalmente, de florestas nativas; seja na construção civil, nos móveis ou até em forma de combustível (lenha). O reflorestamento, principalmente no Brasil, serve à indústria de papel e celulose e também à mobiliária (placas de madeira). No entanto, tal reflorestamento baseia-se em espécies não-nativas (como pinus e eucalipto) e é necessário averiguar a quantidade de florestas nativas que estão sendo substituídas pelas invasoras. Claro, esta atividade atenua a pressão sobre florestas nativas. Só que não podemos nos basear somente nelas.<br /><br />A floresta, como um sistema equilibrado de fauna, flora, água, ar e outros elementos, deve servir de exemplo para diversas atividades humanas. Não podemos ter predominância de uma só espécie. Como nas florestas, o plantio consorciado de diversas espécies (nativas e não-nativas) leva a um equilíbrio maior. Pode-se não ter a produtividade de amplas áreas cultivadas apenas com eucaliptos, onde tem-se uniforimidade de toras, facilitando a exploração rápida. Estas áreas são "desertos verdes", pois nem insetos vivem nelas. Por que, então, na consorciar o próprio eucalipto com espécies brasileiras? É perfeitamente possível e teria-se até outros tipos de madeiras, bem como permitiria a vida de animais dentre elas. Isto é apenas uma idéia, para termos a eficácia florestal implantada, trazendo seus serviços ambientais. Extrapolando um pouco, a agrofloresta seria, ainda uma ampliação das atividades de tais locais, produzindo-se alimentos orgânicos de forma consorciada com as árvores.<br /><br />Enfim, até mesmo o reflorestamento visando a não-exploração é extremamente vantajoso para a população em geral. Como já mencionado, controlar a vazão dos rios e prevenir deslizamentos de enconstas é importantíssimo. Em diversos países têm-se casos de reflorestamento muito bem sucedidos. A região da Nova Inglaterra, sudeste dos Estados Unidos, onde a colonização americana teve início, bastante montanhosa, foi reflorestada já durante o século XIX, à medida que a agricultura era expandida para o oeste do país. O leste europeu, outrora degradado pelo regime comunista soviético, passa por processo de reflorestamento até pelo abandono das terras agrícolas após a abertura política de 1990, quando a população saiu em busca de novas oportunidades em outros locais. A Coréia do Sul, empobrecida e arrasada pela guerra dos anos 50, o que a levou a fazer uso de quase todos os seus recursos florestais, passou por amplo programa de reflorestamento - principalmente das encostas - nas últimas 5 décadas (isso aliado a amplo programa educacional e de desenvolvimento industrial de alta tecnologia). Tal programa já têm seus efeitos positivos: enquanto a pobre e comunista Coréia do Norte ainda sofre com inundações pela ausência de florestas, o país do sul vê este problema como algo longínquo. Outros programas semelhantes ocorrem na Turquia (país também montanhoso e que destruiu suas florestas de carvalhos ao longo de séculos) e até na China, onde uma "grande muralha verde" de 4.480 Km é plantada para conter o avanço dos desertos.<br /><br />Tais reflorestamentos nunca irão recompor a variedade de espécies originalmente existentes em suas áreas. Mas trazem, de qualquer forma, muitos serviços gratuitos, deixando o ambiente muito melhor do que se estiverem com a "terra nua". O Brasil não tem esta mentalidade. Em diversos estados de nossa federação vê-se áreas abandonadas, desprovidas de agricultura e de florestas. Talvez isso venha da mentalidade brasileira de que "mato é atraso". Arrasa-se a terra e abandona. Um exemplo claro desta atitude é a região do Vale do Paraíba, localizada entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Tal região já foi a de maior expansão agrícola, desde o período colonial até o início do século XX, devido ao café, que já foi o maior produto de exportação brasileiro. Plantou-se café sem limites, em todos os morros e vales da região, arrasando com a biodiversidade local. Após a crise de 1929 e também com o esgotamento da terra, tudo foi abandonado e até hoje o Vale do Paraíba, embora tenha tido grande desenvolvimento industrial na segunda metade do século XX, manteve seus morros secos, cheios de erosões e com não mais do que capim crescendo neles. Uma tristeza, verdadeira terra arrasada. O plantio de florestas deveria ser incentivado em regiões como esta, aumentando a biodiversidade, melhorando os indicadores ecológicos e a paisagem de uma maneira geral. Mas nada se faz... E a Amazônia está indo para o mesmo caminho. Em grande parte do Pará já não há mais florestas, apenas terra arrasada. O que se ganha com isso?<br /><br />Um amplo programa de reflorestamento no mundo todo poderia ser coordenado por entidades como Banco Mundial ou FAO. Incentivaria-se globalmente e atuaria-se localmente, com estados, prefeituras, empresas, etc. Atuaria-se tanto visando a produção quanto a preservação. O mundo ficaria mais verde e mais sustentável. Os "créditos de carbono" poderiam ser um incentivo. Mas não o único. As florestas sustentam muito mais que isto. E todos ganham com elas.<br /><br />FONTE DE PESQUISA (dados): Brown, Lester R. - "Éco-Économie" (Editora Seuil)ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-79064598842735939052010-03-10T09:40:00.003-03:002010-03-10T09:51:01.835-03:00A incorporação da sustentabilidade no dia-a-diaAlguns classificam como um modismo, outros a usam como marketing, muitos questionam sua real aplicação e seus efeitos; mas a verdade é que a palavra “sustentabilidade” precisa ser considerada em nossas vidas pessoais e profissionais, no contexto do mundo atual, em que é mais que provado o fato da ação humana transformar, de forma significativa, o funcionamento da vida na Terra.<br /><br />Por mais que os efeitos da ação humana nas mudanças climáticas estejam sendo questionados e o IPCC (Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas) esteja desmoralizado até pelo fracasso da COP-15 em 2009, a verdade é que todos corremos grandes riscos se não fizermos nada para ao menos parar ou reverter o processo de aquecimento global causado pela ação humana. O contexto não é apenas global, mas muitas vezes localizado, como é o caso dos mais de 48 dias de chuvas intensas, causando inundações e muita destruição em São Paulo neste início de ano. O microclima da metrópole, influenciado não só pelas condições atmosféricas, mas também pela ampla área impermeabilizada por concreto e asfalto, a ausência de áreas verdes, as construções irregulares em encostas, a diminuição das áreas dos cursos d´água e diversos outros fatores que, aliados à poluição, aumentam, e muito, a intensidade das chuvas; além de dificultarem seu escoamento. Este é apenas um dos inúmeros exemplos localizados que acontecem mundo afora, mas que afetam diretamente a vida de milhões de pessoas. Os prejuízos são incalculáveis a muitas famílias e empresas, o que nos leva a concluir que preservar o meio-ambiente também faz bem ao bolso!<br /><br />A falta de planejamento muitas vezes nos causa tantos transtornos atuais. O desenvolvimento a qualquer custo, tão em voga nos anos 60 e 70, hoje já não se aplica, pois percebe-se nitidamente o rápido esgotamento de diversos recursos naturais. Precisaríamos de 3 a 4 “Planetas Terra” se todos os habitantes do globo tivessem o mesmo nível de vida (insustentável) de um norte americano. Esta é, afinal de contas, a aspiração de muitos. Com toda razão, temos que progredir materialmente. Como conciliar isto com a sustentabilidade?<br />Acontece que muitas pessoas têm a visão de que ser sustentável significa sacrifícios imensos à vida de cada um e ao trabalho. Privação de conforto, etc. E não é o caso. Muitas vezes pequenas atitudes fazem a diferença, além de até melhorar a vida do cidadão e do planeta de um modo geral. Além de tudo, quando incorporadas ao dia-a-dia, elas passam a ser “automáticas”, passando-se até de forma quase despercebida. Exemplos que não custam muito não faltam, tais como a separação do lixo para reciclagem, a economia de energia (desligamento e troca de lâmpadas por mais econômicas), a manutenção de áreas verdes permeáveis nas propriedades rurais e urbanas e mais uma infinidade de pequenas atitudes que qualquer família ou empresa pode tomar. Isso sem contar todos os processos que podem ser melhorados dentro de uma empresa e que muitas vezes geram economia a ela. A geração renovável de parte da energia numa indústria, só para citar um exemplo (a partir de resíduos, solar ou eólica, dependendo da disponibilidade) ou mesmo a venda desses resíduos para recicladoras desafogam o caixa no final das contas. Além de reduzirem seu impacto global, geram recursos ou, no mínimo, economia financeira. A contrapartida do Estado, com políticas que fomentem a sustentabilidade em setores como energia, transportes, indústria, agricultura, etc. é fundamental. Tais atividades benéficas devem ser incentivadas. E nós devemos cobrar nossos governantes.<br /><br />Estes são sinais de uma nova economia que está se descortinando. Um novo capitalismo que devemos aplicar como fator de transformação, em busca de uma “eco economia”. Uma economia que pense de forma cíclica, e não linear como sempre pensou-se até bem pouco tempo atrás. Ao invés de pensarmos no processo produtivo começando na matéria prima e terminando no lixo, temos que pensar no destino deste resíduo não como o final do processo, mas colocando-o num ciclo infinito. Isto não é nenhuma novidade, pois a natureza sempre agiu desta maneira. E nós todos, como sendo parte dela, por que não pensarmos desta forma, em tudo? Tudo se transforma, nada se perde. Tudo o que queimamos, processamos ou mesmo jogamos fora continua aqui, nesta esfera onde habitamos. Por que, então, não gerenciarmos todos estes recursos de uma forma mais racional, para que nossas gerações possam habitar este lugar de forma mais saudável, ainda por muito tempo?ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-52322410407874236782010-01-29T17:44:00.006-02:002010-01-29T19:54:30.725-02:00Folia de Reis no Janeiro mais chuvoso da história<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcfWGq1mYmYwdcVtaLibv2NL1SNwQTq5elb20RZ2EQAYSPFyP6oRRG1wmfx-Jzs8ByKrTD4JdXCVKj7vas9IjIOqDhKTSp3apOtWqCuuK03da7CGLIDdklgL3-_65vbQWcbVXdarAhgNQ/s1600-h/Chuva-RM-16.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcfWGq1mYmYwdcVtaLibv2NL1SNwQTq5elb20RZ2EQAYSPFyP6oRRG1wmfx-Jzs8ByKrTD4JdXCVKj7vas9IjIOqDhKTSp3apOtWqCuuK03da7CGLIDdklgL3-_65vbQWcbVXdarAhgNQ/s320/Chuva-RM-16.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5432255264737454562" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqgpgjdC_8oVzeWGKXPeZRcbkxUIA6vCc5Z8dZgUROI3T7iQP_5RLSF4e1XSoec0FBQhdDa9BK8j-bY4j2dvTI-kxY7WTPu05sziiQMYqySBR9LlCvHIOsgFRAPAAkaYIMFCBTElYCuDM/s1600-h/Angra+dos+Reis+02+jan.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqgpgjdC_8oVzeWGKXPeZRcbkxUIA6vCc5Z8dZgUROI3T7iQP_5RLSF4e1XSoec0FBQhdDa9BK8j-bY4j2dvTI-kxY7WTPu05sziiQMYqySBR9LlCvHIOsgFRAPAAkaYIMFCBTElYCuDM/s320/Angra+dos+Reis+02+jan.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5432255259765020290" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:georgia;">O título deste texto remete ao festejo católico, de origem portuguesa e incorporado ao folclore brasileiro, conhecido como "Folia de Reis" e comemorado no início de janeiro. Mas não me refiro aqui à visita dos três "reis magos" ao menino Jesus recém-nascido, acontecimento que inspirou a festa popular, ainda realizada em algumas cidades brasileiras.</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">A "folia de reis" a que nos referimos é a folia perpetrada por séculos pelos supostos "reis do Brasil" - os que nos governam, aliados a empresários e movimentos sociais inescrupulosos - os quais em conluio sempre enganaram o povo e devastaram a natureza em nome deste. Tal folia, aliada às mudanças climáticas começa a mostrar suas conseqüências. Só não vê quem não quer.</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Coincidentemente ao título da tal festa popular, a cidade de Angra dos Reis - uma das mais antigas do Brasil - supostamente descoberta pelo navegador português André Gonçalves no "Dia de Reis", 06 de Janeiro de 1502 (daí surgiu o seu nome) - foi castigada no reveillon de 2009 para 2010 por uma terrível chuva acima da média, a qual fez diversas encostas deslizarem, matando e desabrigando dezenas de famílias e até mesmo turistas, como foi o caso da Pousada Sankai, na Ilha Grande (conforme a segunda foto acima). Várias estradas foram interrompidas por deslizamentos de terra, dificultando ainda mais o acesso a diversoso lugares. Agora o que se questiona é por que permitiu-se que este volume de construções irregulares - tanto de ricos quanto de pobres, diga-se de passagem - ocupasse as mais diversas áreas montanhosas, as quais deveriam conter apenas a floresta atlântica original, que é o único meio de preservar a integridade das montanhas. Corta-se a base da montanha, desestabiliza-se a parte de cima, que em muitos casos também é utilizada para construir imóveis. O volume de chuvas está acima do normal nos últimos tempos, com isso a terra fica saturada de água, não encontrando sustentação.. e está aí a receita simples para tantos desabamentos.</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Aí é que está a "folia". E o pior: não é um problema isolado, restrito apenas a Angra dos Reis e ao estado do Rio de Janeiro. Acostumou-se ao "jeitinho brasileiro", em que as populações invadem terras supostamente "sem dono", muitas vezes incentivadas por falsos corretores imobiliários, que vendem o que não é deles, aliados a líderes religiosos que manipulam a população pobre e ignorante. Tudo isso às vistas das autoridades, que deveriam zelar por estas áreas mas se omitem (muitas vezes em troca propinas) e a receita se completa. Muitos candidatos a cargos públicos aproveitam-se de tal precariedade para falarem em "nome do povo" em troca de votos (mas na hora de uma tragédia como esta nunca aparecem).</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">A falta de qualquer critério técnico para corte e aterro de encostas, construções precárias, em terrenos ruins, aí tudo vem abaixo. Mortes e prejuízos são computados, e a culpa é de quem? Eu diria que de todos estes agentes envolvidos. O governo pela omissão, o povo pela falta de consciência, os exploradores do povo, que enriquecem às custas desta miséria.. todos são culpados. É uma verdadeira "folia". De "reis" e "súditos". E tal folia ocorre nos subúrbios das grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. E sempre da mesma forma. Sempre sobre áreas de preservação ambiental. Além do que, usa-se o mesmo tipo de "esquema" para construir tanto favelas paupérrimas quanto mansões cinematográficas de empresários e atores de novela. Diversos deles têm casas na "paradisíaca" Angra dos Reis. Inclusive o "rei" governador do Rio de Janeiro, que demorou mais de cinco dias para sequer comentar o ocorrido no reveillon. Mas a maioria destas escandalosas mansões estão tão ilegais quanto o mais simplório barraco. Compra-se ilhas sem que nenhuma autoridade ambiental reclame.</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Angra dos Reis tem uma posição geográfica complicadíssima - diga-se de passagem - e corre outros riscos, além destes desabamentos. Uma usina nuclear está instalada ali (em nome do "desenvolvimento"), obra que também trouxe imensas hordas populacionais desde os anos 70. Tal usina repousa sobre num terreno denominado "itaorna", que no conhecimento indígena significa "pedra podre". Mas a sabedoria indígena em nada foi considerada pelos militares desenvolvimentistas (e o desgoverno lulla atual segue a mesma linha, pois quer construir mais usinas destas não só ali, como em outros locais). A questão é que, no caso de um acidente nuclear, a população das imediações praticamente não tem rotas de fuga adequadas. A BR-101 (Rodovia Rio Santos) não passa de um "caminho" de pista única, que mal consegue dar vazão ao fluxo de turistas no verão e que, construída às pressas nos anos 70 e sem considerar o relevo da Serra do Mar, possui centenas de pontos de deslizamento de terra, que impedem freqüentemente seu trânsito, como inclusive ocorreu neste janeiro de 2010. Por isso, falta de planejamento e obras que desconsideram a natureza não é um problema de hoje. É um problema estrutural brasileiro.</span><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:georgia;" >São Luiz do Paraitinga, SP</span><br /><span style="font-family:georgia;">No mesmo princípio deste janeiro, a mesma chuva vitimou uma das mais belas cidades do estado de São Paulo, que não fica muito longe do litoral fluminense: a histórica São Luiz do Paraitinga, localizada no Vale do Paraíba. Como vemos na primeira foto, a outrora mais preservada arquitetura colonial do interior de São Paulo foi dizimada pelas águas. Mais de 70 casarões - incluindo duas belíssimas igrejas - sucumbiram à força da tempestade. Centenas de desabrigados e um patrimônio cultural incalculável foram os saldos desta tragédia. </span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">É sabido que o Vale do Paraíba, que foi uma das primeiras regiões cafeeiras do Brasil, já no século XIX, teve praticamente todas as suas florestas suprimidas. Sendo uma região montanhosa também, isso fez com que um volume de água acima da média trazido pelas chuvas escorresse muito rapidamente para a várzea do Rio Paraitinga (também quase todo assoreado e sem mata ciliar), onde a cidade se encontra. O processo - muito bem descrito pelo </span><strong style="font-family: georgia;">Professor Aziz Nacib Ab’Sáber</strong><span style="font-family:georgia;"> (que inclusive é nativo de São Luiz) no suplemento </span><em style="font-family: georgia;"><strong>Aliás</strong></em><span style="font-family:georgia;">, do </span><em style="font-family: georgia;">Estadão</em><span style="font-family:georgia;"> de 9 de janeiro - demonstra o quanto a preservação da mata nativa faz falta para todos nós. Isso tudo vem nos demonstrar na prática o quanto a reserva legal é fundamental tanto para propriedades rurais quanto para áreas urbanas! E ainda existe um movimento dos ruralistas, liderado até por </span><a style="font-family: georgia;" href="http://treesforever.blogspot.com/2009/04/canal-de-tv-faz-campanha-contra.html">canais de TV</a><span style="font-family:georgia;">, para afrouxar essas leis! Enquanto isso muita gente morre e fica desabrigada em função da degradação ambiental. Até quando?</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Ainda falando nos tais "reis", nosso rei-maior, o lulla, nem dignou-se a comparecer nem a Angra dos Reis ou São Luiz do Paraitinga, no início de janeiro. Nem sequer mandou alguma missão oficial federal, como tem feito no Haiti, que não sofreu tragédia menor - bem sabemos - com os terremotos (inclusive cogita-se de nosso próprio presidente ir ao Haiti posar de "salvador do povo" por lá). Por aí mostra-se o imenso descaso desde atual (des)governo federal com nosso próprio país, com nosso próprio patrimônio ambiental, cultural e humano. E isto parece que ninguém repara.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:georgia;" >São Paulo, SP</span><br /><span style="font-family:georgia;">Não podemos nos esquecer que este janeiro tem sido o mais chuvoso de todos os tempos na região metropolitana de São Paulo. Até o dia de hoje (29/01/2010) já são contados 38 dias de chuvas quase ininterruptas sobre a capital paulista e região. Há bairros que, durante este período, sequer tiveram as águas de suas ruas esvaziadas. Assemelham-se a rios perenes, como é visto na região do Jardim Pantanal, extremo leste de São Paulo e área inundável da várzea do Rio Tietê. As próprias avenidas Marginais do Rio Tietê há anos não viam enchentes. Coincidência ou não, desde que as </span><a style="font-family: georgia;" href="http://treesforever.blogspot.com/2009/06/destruicao-na-marginal-do-tiete.html">obras de ampliação das pistas</a><span style="font-family:georgia;"> começaram, já houve mais de 3 alagamentos fortíssimos do ano passado para cá. </span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">São Paulo sofre as conseqüências visíveis do aquecimento global, com aumento de chuvas acima da média, e também com a degradação total do ecossistema do sítio onde a cidade está assentada. São diversos cursos d´água aterrados, impermeabilizados, desviados, enfim, tudo o que não se pode fazer com os rios. Excesso de lixo, devido à falta de educação da população, entupindo bueiros, tubulações, galerias e cursos d´água. Construções sem limites, por toda parte, inclusive em encostas e beiras de represas e rios. Com isso já são 25.000 desabrigados em todo o estado de SP, mais de 65 mortos até agora. E prejuízos a toda a população, que tenta trabalhar e não consegue se deslocar a tempo, muitos nem podem dormir, por não saberem a que horas as águas vão cobrir ou levar tudo.</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Tudo isso nos mostra que prevenir as tragédias é muito mais barato que consertá-la. As vidas perdidas ninguém vai trazer de volta às famílias. Já as cidades destruídas, não se sabe quanto custará para resconstruí-las. Mas a questão nem e quanto, mas COMO reconstruir. Estamos construindo errado e em lugares errados. Se isso continuar, o problema só vai se agravar. Mas nossos políticos, sempre preocupados com a "farra" de seus ganhos com tudo isso, não colocam a preservação ambiental como prioridade. No Brasil o que dá voto são estradas, usinas, aterramento de rios, regularização de favelas... tudo o que não precisamos. Com tudo isso as águas continuarão cobrindo tudo... e inviabilizando a vida humana.</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Novamente perguntamos: </span><a style="font-family: georgia;" href="http://treesforever.blogspot.com/2009/11/terra-esta-se-tornando-inabitavel.html">estará a vida humana na terra sendo inviabilizada</a><span style="font-family:georgia;">?</span></span>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-82716875547300458902009-12-29T11:46:00.004-02:002009-12-29T12:00:06.945-02:00Final de ano pífio para o Meio-Ambiente<h2 style="font-weight: bold; font-family: georgia;" class="date-header"><span style="font-weight: normal;font-size:100%;" >Vamos</span><span style="font-size:100%;"> </span><span style="font-weight: normal;font-size:100%;" >termi</span><span style="font-weight: normal;font-size:100%;" >nando mais um ano, mais uma vez de forma pífia para o meio-ambiente.</span></h2><span style="font-family: georgia;font-size:100%;" >Apenas recapitulando rapidamente, a Conferência do Clima em Copenhage (COP-15) não teve quase nenhum resultado, grande parte dos países rejeitou qualquer acordo e o evento terminou sem nenhum documento final e nem mesmo foto oficial.<br /><br />O Mercado de Carbono, que era um dos poucos que o planeta fez para tentar reduzir as emissões de CO2, está ameaçado e desmoralizado. Nem mesmo aprovou-se o tão esperado REDD, o mecanismo de redução por desmatamento evitado, super necessário ao mundo atual.<br /><br />Não é preciso dizer que os resultados das emissões estão aí para todos verem: desordens climáticas por toda parte. Quando mais precisamos de algum esforço, ele não é feito. E o evento que seria "histórico", não passou de mera encenação.<br /><br />Tirando a gravíssima gafe da candidata terrorista dilma (que disse que "O meio-ambiente atrapalha o desenvolvimento sustentável" ou algo assim - vá se entender), nosso presiMENTE até fez discursos que dão a impressão do Brasil querer fazer alguma coisa. Detalhe que elle se posa agora como ambientalista, tendo sido sempre contra a preservação ambiental.<br /><br />Mas ao chegarem aqui, os membros deste (des)governo aprovaram uma "lei de mundanças climáticas" que é meramente decorativa. Esta lei estimulará desastres ambientais, como as grandes usinas hidrelétricas e também "vetará" a redução do consumo de petróleo (abrindo uma reserva de mercado para o famigerado "pré-sal"). Mal sabem elles que o planeta, por si só, está reduzindo e reduzirá cada vez mais o consumo de combustíveis fósseis. E brevemente a "maior descoberta de petróleo da história" não servirá para nada além de encher os bolsos (e cuecas) dos comparsas do PT e do PMDB.<br /><br />Enquanto isso, sabe-se que só com o potencial eólico do Brasil poderíamos produzir energia equivalente a 10 Itaipus. Isso sem contar com as energias solar e biomassa, dentre outras formas. Mas o investimento em Belo Monte e Jirau está a pleno vapor. Tudo em nome do "desenvolvimentismo", ao sabor da ditadura militar dos anos 70. A dilma quer um estado forte e totalitário. As tentativas de censura aumentam cada vez mais. O legislativo e o judiciário estão comprados pelo PT. E, finalmente, o Hugo Chaves entrou para bagunçar o Mercosul...<br /><br />O que mais falta? Desejar um Feliz 2010 a todos e o meio-ambiente que se cuide!!<br /><br />Abraços!!<br /><br />Gabriel Bertran</span><br /><br /><br /><h2 class="date-header">____________________________<br /></h2><h2 class="date-header">quarta-feira, 9 de dezembro de 2009</h2> <a name="3695915976852853475"></a> <h3 class="post-title entry-title"> <a href="http://treesforever.blogspot.com/2009/12/lancamento-livro-deste-blog.html">LANÇAMENTO: LIVRO DESTE BLOG !</a> </h3> <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 233px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf701vzdbMEFdeQQYBwMcUweTYpNErLnTOIz8VbrinhwK1U_GArZJ0pZ2Rj9T6PXLIRdTOchwVIq_R8JycLtTwCwmbmdxqsr-UeDg1mlsD6tc-fiB3DICfokJUFiArcwVVsNlJ-JEnls/s320/Reflexoes.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5413078992019271506" border="0" /></a><span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: arial;">Caros amigos,</span><br /><span style="font-family: arial;">Gostaria de divulgar a vocês que o conteúdo deste blog foi publicado no livro "REFLEXÕES ECOLÓGICAS EM UM MUNDO INSUSTENTÁVEL", conforme foto acima</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">Os textos foram todos REVISADOS, AMPLIADOS e ainda inserimos TEXTOS INÉDITOS na publicação!</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">O livro está disponível para compra no site <a href="http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS">CLUBE DE AUTORES</a>.</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">Os leitores que quiserem guardar este conteúdo em sua biblioteca ou mesmo dá-lo de presente a amigos, eu ficarei bastante honrado!</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">A luta do TREES FOREVER por um mundo mais sustentável e por governos mais sérios e atuantes na área ambiental vocês já conhecem. Esta luta é de todos nós e eu agradeço muito por estes quase dois anos de convivência aqui neste ambiente virtual!</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">Se possível, por favor ajudem-nos a divulgar este livro, enviando o site abaixo a seus amigos, conhecidos, colegas de trabalho, familiares, etc.:</span><br /><br /><a style="font-family: arial;" href="http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS">http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS</a><br /><br /><span style="font-family: arial;">Um forte abraço a todos e muito obrigado!!</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">Gabriel Bertran</span></span>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3128780077059759157.post-36959159768528534752009-12-09T01:50:00.005-02:002009-12-14T18:00:45.508-02:00LANÇAMENTO: LIVRO DESTE BLOG !<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 233px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf701vzdbMEFdeQQYBwMcUweTYpNErLnTOIz8VbrinhwK1U_GArZJ0pZ2Rj9T6PXLIRdTOchwVIq_R8JycLtTwCwmbmdxqsr-UeDg1mlsD6tc-fiB3DICfokJUFiArcwVVsNlJ-JEnls/s320/Reflexoes.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5413078992019271506" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:arial;">Caros amigos,</span><br /><span style="font-family:arial;">Gostaria de divulgar a vocês que o conteúdo deste blog foi publicado no livro "REFLEXÕES ECOLÓGICAS EM UM MUNDO INSUSTENTÁVEL", conforme foto acima</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Os textos foram todos REVISADOS, AMPLIADOS e ainda inserimos TEXTOS INÉDITOS na publicação!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">O livro está disponível para compra no site <a href="http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS">CLUBE DE AUTORES</a>.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Os leitores que quiserem guardar este conteúdo em sua biblioteca ou mesmo dá-lo de presente a amigos, eu ficarei bastante honrado!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">A luta do TREES FOREVER por um mundo mais sustentável e por governos mais sérios e atuantes na área ambiental vocês já conhecem. Esta luta é de todos nós e eu agradeço muito por estes quase dois anos de convivência aqui neste ambiente virtual!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Se possível, por favor ajudem-nos a divulgar este livro, enviando o site abaixo a seus amigos, conhecidos, colegas de trabalho, familiares, etc.:</span><br /><br /><a style="font-family: arial;" href="http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS">http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS</a><br /><br /><span style="font-family:arial;">Um forte abraço a todos e muito obrigado!!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Gabriel Bertran</span></span>ARQ. GABRIEL ENGRACIAhttp://www.blogger.com/profile/13561971242113857450noreply@blogger.com2