sábado, 22 de agosto de 2009

Lições de destruição no passado


É sempre interessante recorrer à história para aprendermos a não repetirmos antigos erros. Mas a humanidade parece não aprender, quase nunca, com seus próprios descalabros históricos.

Falando de esgotamento de recursos naturais, a história está repleta de casos em que isto aconteceu, em diversas partes do mundo e por diversas causas. É sempre bom relembrar algumas destas tragédias, que muitas vezes chegaram a dizimar povos inteiros, para repensarmos o que estamos, atualmente, fazendo com o planeta.

Pegando rapidamente o exemplo dos Sumérios, uma notável civilização que teve seu auge em torno de 4.000 a.C., criadores das primeiras cidades e da língua escrita, dentre outras invenções. Uma delas tratou-se de um sofisticado sistema de irrigação para suas lavouras de trigo, mas que no entanto acabou por exaurir as reservas de água da região, devido à saturação dos lençóis freáticos e à evaporação excessiva, a qual elevou a salinidade da terra, deixando-a imprópria a novos plantios, segundo estudo do arqueólogo Robert McC. Adams, que descreveu o sítio da antiga civilização suméria. Este fator obviamente forçou a um grande declínio de tal civilização.

Fato semelhante ocorreu com a civilização Maia, que prosperou a partir de 250 d.C. onde hoje é a Guatemala, ...

Caros amigos,
Para continuar a ler este e outros textos, gostaria que vocês conhecessem este livro.
Ele possui todos os TEXTOS deste blog REVISADOS E AMPLIADOS , bem como TEXTOS INÉDITOS também!
O livro "REFLEXÕES ECOLÓGICAS EM UM MUNDO INSUSTENTÁVEL" vocês podem adquirir clicando na imagem acima, no site CLUBE DE LEITORES.

Os leitores que quiserem guardar este conteúdo em sua biblioteca ou mesmo dá-lo de presente a amigos, eu ficarei bastante honrado!

A luta do BLOG TREES FOREVER por um mundo mais sustentável e por governos mais sérios e atuantes na área ambiental vocês já conhecem. Esta luta é de todos nós e eu agradeço muito por estes quase dois anos de convivência aqui neste ambiente virtual!

Se possível, por favor ajudem-nos a divulgar este livro, enviando o site abaixo a seus amigos, conhecidos, colegas de trabalho, familiares, etc.:

http://clubedeautores.com.br/book/9850--REFLEXOES_ECOLOGICAS

Um forte abraço a todos e muito obrigado!!

Gabriel Bertran

sábado, 15 de agosto de 2009

Mudanças Climáticas desconsideradas

É incrível o que acontece atualmente, mas muita gente parece viver em "outro planeta", mesmo estando aqui nesta Terra inundade de informações e evidências, que nos mostram, claramente, que as mudanças climáticas estão aí.

Pegando algumas evidências das últimas semanas (sem considerar outros meses ou anos) dá pra ver claramente que algo não anda bem. No Vale do Itajaí, em Santa Catarina, as chuvas atípicas de julho voltaram a deixar a região em estado de alerta devido a deslizamentos e inundações. Claro que em 6 meses desde a última enchente não iam consertar os estragos ambientais de décadas, mas vê-se que algo continua muito errado por lá. Em Goiânia (GO) tivemos a maior temperatura média para o mês de julho desde 1937. Na Ásia tivemos tornados acomanhados de chuvas fortíssimas nas últimas semanas que produziram estragos incomensuráveis, com dezenas de milhares de desabrigados na Índia, na China, em Taiwan, etc.

E mesmo assim, a maior parte dos países signatários da Convenção do Clima, que estiveram reunidos esta semana em Bonn, na Alemanha, nos preparativos para a para a COP 15 do final do ano, relutam em reduzir suas emissões aos níveis recomendados pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima), que giram em torno dos 40%. É incrível como fazem um jogo de "empurra-empurra", como se a questão climática não fosse emergencial! A União Européia, por exemplo, propõe reduzir 20% suas emissões e, dependendo do que os Estados Unidos propuserem, podem chegar a 30%! Alguns países não querem reduzir NADA, como é o caso do Brasil e da China, que alegam serem "países em desenvolvimento"... É lamentável, pois a China já é o maior poluidor global e o Brasil está oscila em torno do quinto lugar, devido às queimadas na Amazônia! Com discursos populistas, vêm afirmar que irão perder empregos e divisas; quando poluição não é sinônimo de desenvolvimento, de forma alguma.

Isso se deve ao fato dos custos ambientais não serem computados em cálculos macro-econômicos, como o do PIB (Produto Interno Bruto) dos países, por exemplo. Não se mensura o número de vidas e de patrimônio perdido em tragédias ambientais (alguns economistas equivocadamente até consideram tragédias como "oportunidades de crescimento econômico"), nem mesmo o custo aos sistemas de saúde com o tratamento das pessoas afetadas pela poluição atmosférica ou da água. Sem contar os serviços ambientais gratuitos que as florestas nos prestam com sua biodiversidade. Estes são apenas alguns exemplos do que se perde com a degradação ambiental, o que com certeza é muito mais do que os empregos perdidos com a redução da poluição, porque estes podem ser compensados com novas funções que o setor ambiental está criando e continuará a criar. É uma nova economia, uma "eco-economia" que o mundo não consegue enxergar!

Existe uma proposta a ser discutida e aprovada na Conferência do Clima que ocorrerá em Copenhage, no final do ano, que é da certificação REDD (Redução de Emissões por Degradação e Desmatamento). Esta certificação complementa a do atual Protocolo de Kyoto, por incentivar a preservação das florestas nativas intactas, como forma de reduzir as emissões. No Brasil, por exemplo, a maior parte das emissões são causadas na mudança do uso do solo florestal, desmatando e queimando a vegetal nativa e depois revolvendo o solo para plantar. Nas três operações há liberação de carbono. Agora os serviços ambientais que a biodiversidade nos presta, ainda que difíceis de serem mensurados, são tão ou mais importantes do que a manutenção do carbono na floresta. Isto o REDD assegura, que estes serviços continuarão a serem prestados. Mas, por incrível que pareça, o (des)governo brasileiro se coloca contra esta norma REDD! Seria a solução para preservar a Amazônia, com o aporte de recursos estrangeiros em sua preservação! Mas, injustificadamente, os representantes do lulo-petismo no exterior apresentam seus discursos populistas, com medo da Amazônia ser invadida, etc. e tal, para, mais uma vez, não assinar acordos internacionais que preservem nossos recursos naturais! Ou seja, mais uma vez, tudo na contra-mão do que deveria ser!

Isso sem contar o não-investimento em energias alternativas (só incentiva-se grandes hidrelétricas que desmatam e inundam áreas imensas de florestas), a abertura de estradas em áreas ainda preservadas, o desmantelamento do Código Florestam em nome de ruralistas inescrupulosos que já destruíram quase tudo o que podiam e o que não podiam, etc.

O tempo está se esgotando. Talvez não consigamos reverter o aquecimento global e suas conseqüências. Mas ao menos estabilizar o clima talvez fosse possível com algumas medidas que não significam tanto sacrifício quanto nossos dirigentes afirmam serem necessários. Mesmo assim, nada de novo é feito. Apenas reuniões que acabam decidindo que fiquemos do mesmo jeito. Só que o mundo já não é mais o mesmo. Será que iremos acompanhar estas mudanças?

sábado, 8 de agosto de 2009

Repúdio à Censura

Caros amigos,
Hoje falo aqui, com muito pesar, sobre uma notícia que ocorreu há cerca de uma semana (já está defasada, portanto), mas que não deve ser esquecida, dada sua importância.
Como vocês já devem saber, o jornal O Estado de São Paulo foi censurado pela família de José Sarney, através de recurso judicial dado por um desembargador amigo desta família de coronéis nordestinos. Não vou me ater aos detalhes da notícia, a qual vocês podem ler no link abaixo:

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,justica-obriga-grupo-estado-a-retirar-gravacoes-de-sarney,411711,0.htm

O que quero ressaltar neste espaço é que a liberdade de imprensa não pertence aos jornais, ela pertence a todos nós, que temos o direito de saber o que ocorre por toda parte.

O mais interessante é que, no meio da maior das roubalheiras que já se viu "neççe paíz" (como diz nosso presiMENTE), o único punido é um meio de comunicação sério como o Estadão! Ou seja, pune-se quem fala a verdade. Tenta-se calar a nossa voz. Tenta-se tirar da população o seu direto à informação! E tudo isso em um período de nossa história que se diz democrático. É uma sombra do regime de exceção que o país viveu entre 1964 e 1985 - justamente quando, ao final deste período ditatorial, este mesmo José Sarney tornou-se presidente, por um acidente do destino - provavelmente ele nunca quis deixar de exercer o "pudê", pois até hoje está em evidência e não quer saber de sair do vergonhoso cargo que ocupa.

Parece que a aliança entre os "bolivarianos" da América Latina e os "coronéis" do Nordeste brasileiro se consolidou no governo lulla (vale lembrar que lulla já afirmou que a Venezuela tem "muita democracia" - e todas as semanas vemos fechamento de veículos de imprensa por lá - imagine se aquele país não fosse uma "democracia"). As piores e mais retrógradas forças dirigentes, as quais só pensam em obter vantagens para si mesmos, continuam no comando do Brasil. O lulla adula tanto os ditadores estrangeiros quanto os corruptos brasileiros. Todos que, quando ele era candidato, fazia questão de xingar com as palavras mais baixas! Quantas vezes lulla chamou sarney e collor de ladrões, sendo que hoje os defende como "pessoas incomuns"? É uma inversão total de valores.

Alguns perguntarão o que este blog, voltado ao meio-ambiente, tem a ver com isso, com essa politicagem toda? Bem da verdade, tudo o que ocorre prejudica sim o nosso meio-ambiente. Até porque a manutenção de tudo como está retroalimenta esse sistema de destruição da Amazônia, que é intimamente ligado a políticos corruptos (que drenam milhões em recursos que poderiam ser aplicados em preservação, para o bolso delles). Bem sabemos que grande parte deles têm fazenda da gado na área da Amazônia Legal (inclusive o filho do presidente lulla). Por aí vemos que não há o menor interesse na preservação. A aliança delles com os ruralistas é visível. E em todas as reuniões internacionais sobre mudanças climáticas de que o Brasil participa, nunca existe boa vontade em reduzirmos nosso desmatamento e nossas emissões. Tudo em nome de um pseudo-desenvolvimento, que é altamente destrutivo.

E até nesta área existem censura: os números do INPE referentes ao desmatamento são sistematicamente manipulados pela propaganda oficial do (des)governo, com o claro intuito de mostrar que está tudo bem e que estamos reduzindo o desmatamento! Mas na prática quase nada se fez de concreto. O que for feito de bom nós iremos apoiar (apesar deste blog NÃO apoiar o governo atual, já criticamos a oposição também, como no caso das Marginais em São Paulo). Mas queremos ver resultados práticos, não mera propaganda enganosa.

Estamos de luto pela censura neste país. É um episódio triste, que se se repetir, poderá levar-nos a uma situação institucional realmente perigosa. Se hoje eles já fazem o que querem, imagine sem liberdade de informação! Que fique o alerta registrado.